Bens estão avaliados em R$ 8 milhões e a dívida chega a R$ 20 milhões; quem tiver interesse pode fazer lances na modalidade online até a próxima quarta-feira

Romário ao lado de Porsche avaliado em R$ 338 mil | Foto: Reprodução

Justiça do Rio de Janeiro determinou que bens do senador Romário (PL-RJ), que estão avaliados em R$ 8 milhões, sejam leiloados. O valor arrecadado com o leilão irá quitar dívida do parlamentar com uma empresa em que ele rompeu contrato há vinte anos.

Na lista de bens, estão a casa de condomínio da Barra da Tijuca, com lance mínimo de R$ 6,5 milhões, uma lancha, avaliada em R$ 812 mil, e dois carros de luxo, sendo um Porsche, de R$ 338 mil, e um Audi, de R$ 397 mil. A casa em questão tem 896 metros quadrados e seu terreno tem 1.575 metros quadrados. Além disso, conta com piscina e campo de futebol.

Quem tiver interesse em adquirir pode apresentar os lances de forma online até a próxima quarta-feira, 7. Caso os valores solicitados não sejam atingidos, será aberta uma nova rodada de lances que também irá durar uma semana.

Todos os referidos bem se encontravam no nome de Zoraidi Faria, que é irmã do parlamentar. No entanto, após avaliação de documentos colhidos, foi constatado que Zoraidi não tinha lastro financeiro para bancar as aquisições.

A casa, por exemplo, estava registrada no nome da irmã. Em 2018, ao O Globo, o senador negou ser dono do imóvel e afirmou que este não poderia ser leiloado, uma vez que se tratava de um bem de família, em que sua irmã era moradora. No entanto, a Justiça determinou Romário como real proprietário.

Casa de condomínio na Barra da Tijuca | Foto: Reprodução

A decisão judicial sela outra etapa do reconhecimento da dívida que tem seu pagamento postergado há mais de uma década.  A dívida de Romário com a empresa é de cerca de R$ 20 milhões. Seu alto valor é decorrente de perdas e danos pela rescisão do contrato e por multas sequenciais por descumprir ordens de pagamento.

Em 2018, reportagem do O Globo revelou a ocultação de patrimônio em nome de terceiros que era realizada pelo senador, prática que faz com que se torne mais difícil buscar os bens e, consequentemente, penhorá-los.

Informações de O Globo