Avenida pode ser liberada sábado em Belo Horizonte, diz Defesa Civil
09 julho 2014 às 18h40
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O viaduto desabou sobre a via, uma das mais movimentadas da capital mineira, no último dia 3, matando duas pessoas e ferindo pelo menos 23
Autoridades municipais estudam liberar o trânsito na Avenida Dom Pedro I, em Belo Horizonte, no próximo sábado (12/7), mas ainda não sabem ao certo quando será autorizada a demolição da alça do Viaduto dos Guararapes que resta de pé. O viaduto desabou sobre a via, uma das mais movimentadas da capital mineira, no último dia 3, matando duas pessoas e ferindo pelo menos 23.
Segundo o coordenador da Defesa Civil Municipal, coronel Alexandre Lucas, a via já está sendo concretada e recuperada, mas será preciso esperar que o asfalto seque. O buraco aberto para retida do Fiat Uno atingido pela estrutura já está sendo concretado.
“Isso tem que ser feito com muito cuidado, muito planejamento. [A liberação da pista] tem de ser feita com pressa, mas com segurança”, afirmou Lucas. Os trabalhos de demolição e remoção dos escombros da parte do viaduto que desmoronou foram concluídos nesta terça (8/7).
Lucas informou que os outros viadutos que integram o complexo de obras necessárias à implementação do sistema BRT (do inglês Transporte Rápido por Ônibus) estão passando por novas vistorias técnicas. Ele descartou a hipótese de danos estruturais na outra alça do Viaduto Batalha dos Guararapes. “Qualquer movimentação que o viaduto tenha sofrido está dentro de uma norma de segurança e é uma questão de milímetros. Ele foi todo escorado, além da necessidade que o projeto de segurança recomendava. Podemos ficar tranquilos. O outro viaduto está em segurança.”, acrescentou Lucas.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil, a estrutura restante do viaduto só começará a ser demolida após a conclusão das perícias necessárias ao esclarecimento das causas do acidente e a elaboração de um plano de trabalho que minimize os riscos e inconvenientes para os prédios vizinhos.
“Como o viaduto fica muito perto dos prédios, a demolição da área embargada vai exigir um planejamento especial para que, durante os trabalhos, a queda de objetos não danifique as provas. E também para minimizar os impactos dentro das residências próximas, já que há risco de pedras [atingirem as casas], e o barulho e a poeira vão ficar maiores”, acrescentou Lucas. Ele informou que representantes da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) e da Construtora Cowan, responsável pela obra, reúnem-se nesta tarde e espera que o planejamento fique pronto rapidamente.
“Estamos aventando a possibilidade de distribuir protetores auriculares para a vizinhança e, se for necessário, de retirada dos moradores do bloco vizinho por uma questão de saúde. Se for preciso, levaremos essas pessoas para um hotel”, acrescentou o coronel.