Após ataque da Ucrânia a cidade russa, Putin convoca reservistas e declara estado de emergência
08 agosto 2024 às 15h10
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou estado de emergência no país após soldados ucranianos invadirem e ocuparem parcialmente a cidade de Kurski, no sul da Rússia. Putin busca readaptar os planos de guerra de forma emergencial. O governo também restringiu parte do espaço aéreo.
O presidente também convocou mais reservistas para a região da fronteira com a Ucrânia.
Na última quarta-feira, 7, militares da Ucrânia cruzaram a fronteira e travaram fortes batalhas em Kursk. Soldados do país conseguiram ocupar uma cidade, mas o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que conseguiu recuperar o território.
Informações apontam que mil soldados ucranianos cruzaram a fronteira durante a madrugada de 6 de agosto. Eles utilizaram tanques e veículos blindados, cobertos no ar por drones e artilharia, de acordo com autoridades russas. Esse foi o maior ataque ucraniano ao território russo desde o início do conflito.
Os militares atravessaram campos e florestas da fronteira ao norte da cidade de Sudzha, último ponto operacional do transbordo do gás natural russo para a Europa via Ucrânia.
Putin classificou a invasão como uma “grande provocação”. A Casa Branca afirmou que não sabia que a Ucrânia iria fazer um ataque contra território russo e que buscaria mais detalhes de Kiev.
O chefe do Estado Maior da Rússia, Valery Gerasimov, disse a Putin que a ofensiva ucraniana havia sido interrompida na área da fronteira. O Ministério da Defesa russo afirmou que o Exército e o Serviço Federal de Segurança (FSB) barraram o avanço ucraniano e estavam lutando contra unidades ucranianas na região de Kursk.
“Unidades do grupo de forças do Norte, juntamente com o FSB da Rússia, continuam a destruir formações armadas das Forças Armadas da Ucrânia nos distritos de Sudzhensky e Korenevsky da região de Kursk, diretamente adjacentes à fronteira russo-ucraniana”, informou o ministério.
A Ucrânia teria perdido 82 veículos blindados, incluindo oito tanques no ataque, segundo informado pelo Ministério da Defesa da Rússia.
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