Após advogada, outros três presos envolvidos no caso do Imas serão ouvidos no Gaeco

22 fevereiro 2019 às 14h23

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Defesa de Sebastião Peixoto informa que ainda não é a vez de seu cliente depor

Os promotores que atuam na Operação Fatura Final, desenvolvida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de Goiás, devem ouvir, nesta sexta-fira, 22, mais três presos envolvidos no caso. O ex-presidente do Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas), Sebastião Peixoto, no entanto, ainda não será ouvido.
Na tarde de quinta, 21, a advogada Luíza Ribeiro Fernandes foi ouvida no Gaeco e liberada após depoimento. Na segunda-feira, 25, os outros dois réus devem depor no MP. Os advogados do ex-presidente reiteraram inocência de Peixoto e continuaram defendendo que ele responda em liberdade.
“Sebastião Peixoto não tinha conhecimento, à época dos fatos, de qualquer tipo de irregularidade no contrato objeto da investigação do GAECO. Tão logo teve, tomou medidas imediatas, tais como o afastamento de Carlos Bahia, seu amigo e médico geriatra, que sempre o acompanhou nos tratamentos com carinho e esmero”, argumenta a defesa.
Segundo os advogados, a acusação esconde informações. “De acordo com a Controladoria Geral do Município, foram constatadas irregularidades no contrato, salvo de R$ 8 mil, os quais eram devidos. Ante o afastamento e a suspensão dos pagamentos, Carlos pedia, encarecidamente, que pagasse o valor que foi reconhecidamente lícito. Sebastião, homem justo e honesto, lutou para que esse valor fosse pago, entretanto, não obteve êxito. Esse é o enredo que a acusação transmuda ao transcrever os áudios”, afirma.
“(Ele é) um idoso de 75 anos, acometido de problemas graves de saúde, poderia simplesmente ter sido afastado da Presidência, proibido contato com os investigados e, apesar de já ter sido tomadas as cautelas devidas, poderia ter sido determinada a proibição de qualquer pagamento à empresa investigada. Entretanto, optou-se pela medida mais drástica no processo penal, a submissão ao cárcere. Isso não se faz!”, completam.
O presidente afastado é acusado de comandar organização criminosa que atuava no Imas e resultou em sua prisão e de mais cinco pessoas, entre elas Carlos Bahia, ex-diretor do instituto. Eles estão detidos desde quinta-feira, 21, com a deflagração da Operação fatura Final.