Após 10 anos de abandono, Prefeitura de Goiânia promete retomar obras da Casa de Vidro
24 novembro 2017 às 17h19
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Paço informou nesta sexta (24) que licitação para a construção do centro cultural será realizada em dezembro e o início das obras deve ocorrer nos primeiros meses de 2018
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Abandonado há quase 10 anos, o projeto do complexo cultural apelidado de “Casa de Vidro” será retomado pela Prefeitura de Goiânia, ainda neste ano. Segundo o Paço, a licitação para a construção do espaço será realizada em dezembro e o início das obras deve ocorrer nos primeiros meses de 2018.
Localizado na Avenida Jamel Cecílio com Av. E e Rua 52, no Jardim Goiás, o espaço será destinado a atividades culturais e artísticas, terá três pavimentos e mais de dois mil m² de área construída.
Conforme mostrou o Jornal Opção em julho deste ano, o local acabou virando ao longo dos anos abrigo para moradores de rua e estacionamento para vizinhos e trabalhadores da região.
Segundo o secretario municipal de infraestrutura, Fernando Cozzetti, o novo projeto foi realizado levando-se em conta o que já havia sido construído. “Trata-se de uma edificação cuja execução das fundações e parte da estrutura do subsolo e térreo já haviam sido iniciadas”, afirma.
Histórico
O projeto da Casa de Vidro foi anunciado no fim da última gestão de Iris à frente da prefeitura, em 2008. Previa-se para a obra uma cúpula de vidro, com formato elipsoide com mais de 13 metros de altura; e um salão multiuso acoplado, que seria revestido com lâminas de alumínio inspiradas nas escamas do fruto do buriti. A obra nunca saiu do papel.
O complexo cultural (como foi chamado à época) foi orçado em quase R$ 4 milhões e os recursos para a construção viriam de emenda parlamentar proposta pela então deputada federal Dona Íris (PMDB) — derrotada à reeleição em 2014 e, hoje, primeira-dama da capital.
A emenda foi feita junto ao Ministério do Turismo em 2008. Contudo, o primeiro repasse foi realizado apenas em 2011, visto que Iris deixou a prefeitura para disputar (e perder) o governo de Goiás em 2010. A obra só foi autorizada no final daquele ano, pelo então prefeito Paulo Garcia (PT).
Uma reportagem do Jornal Opção naquele ano mostrou que a construção começou, mas parou quando a empreiteira contratada por licitação decidiu deixar o projeto. A empresa, segundo consta, afirmou ter “dificuldades” para execução do complexo.