Aparelhos de academia podem conter milhões de germes; confira os mais contaminados
02 agosto 2024 às 16h49
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Praticar atividade física regularmente é essencial para a prevenção de doenças e a melhoria da qualidade de vida. As academias são aliadas valiosas para um estilo de vida mais saudável. Contudo, um estudo recente da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) revelou que esses locais podem ter um alto potencial de contaminação.
A pesquisa constatou que quase todos os equipamentos de membros superiores e inferiores analisados apresentaram contaminação em pelo menos um dos três testes realizados: inspeção visual, método de fluorescência e teste de resíduos de proteína.
Capaz de detectar suor e outras secreções, a inspeção visual reprovou 96% dos aparelhos em academias públicas e 33% nas academias privadas. Utilizando um produto fluorescente para simular a presença de germes na superfície, os aparelhos com os piores resultados foram:
- Leg press
- Halter 8kg
- Voador
- Banco para tríceps
- Barra de agachamento livre
- Barra livre
- Cadeira extensora
- Cadeira flexora
- Desenvolvimento shoulder press
- Graviton
- Hack
- Halter 4kg
- Remada Hammer
- Supino articulado
Teste de resíduos de proteína
Este teste avalia a presença de proteínas na superfície dos equipamentos. Os aparelhos mais contaminados foram:
- Barra de agachamento
- Halter 8kg
- Hack
- Leg press
- Banco para remada
- Barra de supino
- Barra livre
- Cadeira flexora
- Desenvolvimento shoulder press
- Halter 4kg
- Halter 5kg
- Voador
- Banco para tríceps
- Cadeira extensora
- Graviton
- Supino articulado
“A sujeira visível já é preocupante, mas a invisível, detectada pelos testes de fluorescência e proteína, acende um alerta ainda maior. Esses microrganismos podem sobreviver nas superfícies e aumentar o risco de transmissão de doenças”, afirma à Folha de São Paulo o professor coordenador do estudo, o enfermeiro André Alvim.
Os achados, publicados na revista Journal of Human Environment and Health Promotion, indicam práticas de limpeza e desinfecção inadequadas nas academias analisadas. Ambientes frequentados por jovens, adultos e idosos, especialmente aqueles com sistemas imunológicos comprometidos, podem representar um risco à saúde.
“A limpeza ainda é negligenciada. Esperávamos que, após a pandemia, isso melhorasse, mas não foi o caso”, diz Alvim. O contato direto e indireto com superfícies contaminadas pode facilitar a propagação de germes. “Isso favorece a proliferação de gripe, Covid, diarreia e micoses”, afirma.
Responsabilidade das academias
A pesquisa, conduzida em duas academias de Juiz de Fora (MG) — uma pública e uma privada — entre outubro e dezembro de 2023, revelou a necessidade de revisão dos protocolos de limpeza.
Alvim enfatiza a responsabilidade das academias em fornecer produtos adequados para higienização e orientar os usuários sobre a limpeza correta dos equipamentos após o uso.
Além disso, os usuários têm um papel crucial na manutenção da higiene, sendo recomendável o uso de toalhas individuais.
“A nossa pesquisa mostrou que, se os protocolos de limpeza fossem seguidos rigorosamente, os dados que obtivemos seriam bem diferentes”, disse.
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