A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) contou que os e-mails enviados pela Precisa, representante do laboratório indiano Bharat Biotech no Brasil, teriam sido interpretados internamente como um erro burocrático, revela matéria do jornal O Globo.

Em um ofício enviado ao Ministério da Saúde, a Anvisa revelou que, durante o processo de compra da vacina indiana Covaxin, recebeu e-mails diretamente da empresa Precisa, com o pedido de viabilização e aprovação do imunizante. Esse ato levanta mais suspeitas de irregularidades sobre a importação da vacina.

O comunicado feito pelo presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, alega que é comum a Anvisa ter contato com as farmacêuticas, mas que no caso das vacinas da Covid essa comunicação deveria ser feita pelo ministério que era o responsável pela importação da vacina, evitando assim tumultos.

A Covaxin foi a vacina mais cara comprada pelo Brasil e todo o seu processo de compra tem levantado inúmeras suspeitas. O governo teria adquirido 20 milhões de doses por R$ 1,6 bilhão mesmo com inúmeras alegações de que o imunizante não tinha comprovação de eficácia. A Anvisa não liberou seu uso até hoje.