Secretária ressalta que respeita a Assembleia Legislativa de Goiás e diz estranhar comentários de que não abre diálogo com parlamentares do Estado

Secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão, assegura que prioriza sempre apresentar projetos inicialmente aos deputados. “Respeito a Assembleia Legislativa” | Foto: Alexandre Parrode
A secretária da Fazenda de Goiás, Ana Carla Abrão, falou na manhã desta quarta-feira (2/9) de comentários do deputado federal Jovair Arantes (PTB) de que os deputados estaduais estariam insatisfeitos com a falta de diálogo entre o Parlamento e a secretária.
Durante lançamento do programa Inova Goiás, na manhã desta quarta-feira (2/9), Ana Carla disse não entender observação. “Duvido que outro secretário da Fazenda recebeu deputados na mesma intensidade que eu”, disse.
A chefe da Fazenda estadual disse que sua agenda está disponível para quem quiser ver e que nos últimos oito meses tem recebido diversos constantemente em seu gabinete. Ana Carla garante que é uma pessoa de diálogo, que respeita a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) e a vê como a Casa onde os debates têm que ser feito.
Ana Carla frisou as discussões relacionadas à Lei de Diretrizes Orçamentárias, os resultados quadrimestrais e semestrais que apresenta para os deputados, o projeto do Coíndice e a Lei de Responsabilidade Fiscal. “O primeiro debate foi feito na Assembleia Legislativa. Para mim, o diálogo com os deputado sempre foi e sempre será parte do processo de todo trabalho que faço dentro do governo”, garantiu.
Por isso, a secretária sustenta estranhar observação feita pelo deputado federal, e ainda frisou que está pronta para recebê-lo. “Tenho conversado com vários deputados federais sobre projetos importantes na Câmara e no Senado.”
Questão foi levantada por Jovair após seu filho, o deputado estadual Henrique Arantes (PTB), usar a tribuna no último dia 25 para culpar a secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão, pela crise financeira pela qual passa o Estado.
Conforme o petebista, a economista é “incompetente” e é a responsável pelas medidas impopulares que foram aplicadas no começo do ano, como o parcelamento dos salários dos servidores. “O Estado não para de arrecadar. Se tem dificuldade para pagar as despesas só pode ser por incompetência da secretária. Ela não é boa de serviço”, criticou.
Lei de Responsabilidade Fiscal
A secretária da Fazenda ainda frisou as discussões em torno da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) de Goiás, que propõe uma série de revisões à legislação nacional — sem deixar de respeitá-la –, aos moldes do que já é praticado em outros Estados, como o Rio Grande do Sul.
As discussões com os deputados, segundo Ana Carla, ainda estão em uma estágio inicial. Mas a ideia é fazer quantas audiências públicas e reuniões que forem necessárias, principalmente para esclarecer o que a lei diz e o que ela não diz. “Não existe nenhuma pressa. É uma lei estruturante, um marco regulatório que precisa ser amadurecido.”
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