Alta da Selic para 4,25% ao ano pode impor dificuldades ao setor produtivo em Goiás
16 junho 2021 às 19h07
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Decisão, anunciada no início da noite desta quarta-feira, 16, preocupa a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg). Na avaliação da entidade, o aumento tem efeito cascata em todo sistema financeiro
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu pela terceira vez consecutiva aumentar a taxa básica de juros da economia em 0,75 ponto porcentual, elevando a Selic para 4,25% ao ano. Esse é o maior nível do indicador desde o final de 2019. A decisão, anunciada no início da noite desta quarta-feira, 16, foi recebida com preocupação pelo setor industrial em Goiás.
Na avaliação da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), o aumento da taxa básica de juros, que tem efeito cascata em todo sistema financeiro, podendo dificultar ainda mais o acesso ao crédito, limitando investimentos e trazendo ainda mais dificuldades para a retomada consistente da atividade produtiva.
De acordo com dados da FGV Social, o poder aquisitivo do brasileiro teve redução de 10,89% no primeiro trimestre de 2021, comparado com mesmo período do ano passado. A alta da inflação é apontada como principal fator para o reajuste da Selic. Em maio, o indicador no País ficou em 0,83%, resultado mais expressivo para o mês desde 1996. O incremento elevou a taxa anualizada da inflação para 8,06%, muito acima do teto da meta definida pelo governo, de 5,25%.