Alego recebe audiência pública para debater riscos do uso massivo de agrotóxicos
21 novembro 2024 às 12h11
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A Comissão Pastoral da Terra (CPT), em parceria com a “Campanha em Defesa do Cerrado” e com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), realiza mobilização para discutir os impactos do uso de agrotóxicos nas comunidades rurais do estado. No dia 26 de novembro acontece uma roda de conversa na Missão Territorial do Acampamento Leonir Orback, em Santa Helena de Goiás, e no dia seguinte, uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para discutir o tema.
A roda de conversa em Santa Helena vai das 09h às 13h, enquanto a audiência pública tem início no mesmo horário, às 09h, e termina uma hora antes, ao meio dia. As discussões na Alego podem ser acompanhadas ao vivo de forma virtual pelo canal youtube da Casa de Leis. Presencialmente, este evento acontece no auditório Francisco Gedda, no prédio da Alego.
A “Jornada Contra os Agrotóxicos e em Defesa da Vida em Goiás”, como foi nomeada a mobilização, conta com a participação de: Fernanda Savicki, da Fundação Oswaldo Cruz; Jakeline Pivato, da Campanha Nacional Contra os Agrotóxicos e em Defesa da Vida; e Andreya Gonçalves Costa, professora do Laboratório de Mutação Genética da UFG (LABMUT/UFG).
O Laboratório da UFG, que também atua em conjunto com a CPT e o MST, divulgará, na ocasião, levantamento inédito com pesquisa genética sobre os impactos na saúde de trabalhadores rurais provocados pelo contato com os agrotóxicos. Também apoia a iniciativa a Fundação Heinrich Böll (HBS).
“A pesquisa analisou geneticamente amostras de sangue e fluido bucal de moradores da comunidade, identificando os danos genéticos associados à exposição a substâncias agrotóxicas”, destaca a CPT em comunicado.
Para a Comissão, a mobilização é uma forma de “ampliar o grito de socorro de comunidades que são cotidianamente expostas a várias formas de contaminação por agrotóxicos utilizados nos grandes monocultivos presentes em todas as regiões do estado”.
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