Alckmin destaca que reduzir jornada de trabalho é tendência mundial
12 novembro 2024 às 19h14
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O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que também ocupa o cargo de ministro da Indústria e Comércio, afirmou nesta terça-feira, 12, que a redução da jornada de trabalho é uma “tendência mundial” e que o tema deve ser amplamente discutido pela sociedade e pelo Congresso Nacional.
Alckmin abordou a questão durante uma entrevista no Azerbaijão, onde representa o Brasil na Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP 29. “Isso não foi ainda discutido, mas acho que é uma tendência no mundo inteiro. À medida em que a tecnologia avança, você pode fazer mais com menos pessoas, você ter uma jornada menor. Esse é um debate que cabe à sociedade e ao parlamento a sua discussão”, disse Alckmin.
A questão da redução da jornada de trabalho ganhou repercussão nas redes sociais. A deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP) tem liderado um movimento para propor a redução da jornada máxima de 44 horas para 36 horas semanais na Câmara dos Deputados.
A proposta, que ainda não foi protocolada, visa eliminar a escala de trabalho 6×1, estabelecendo três dias de folga semanais proporcionando uma melhor qualidade de vida para os trabalhadores, além de adaptar a legislação ao modelo de trabalho em transformação.
Atualmente, a Constituição Brasileira limita a jornada de trabalho a 8 horas diárias, com possibilidade de até 2 horas extras, e 44 horas semanais. A proposta de alterar a escala de trabalho 6×1 recebeu apoio do ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, que é deputado federal licenciado.
Em suas redes sociais, Pimenta declarou apoio à iniciativa, afirmando que propostas que visam melhorar as condições de trabalho são essenciais. O Ministério do Trabalho também se pronunciou, afirmando acompanhar o debate e destacando que a redução da jornada pode ser “saudável e viável” dentro de acordos coletivos entre empresas e trabalhadores.
O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), candidato à presidência da Câmara, também comentou a proposta, ressaltando a importância de ouvir todas as partes envolvidas.
“É um tema que nós temos e vamos discutir, mas não ouvindo apenas um lado. Temos que ouvir também quem emprega, temos que ouvir os dois lados. Para que, a partir daí, nós não venhamos a ter o avanço de uma pauta que possa amanhã ser danosa ao país”, afirmou.
“Não estou dizendo que sou a favor ou contra. Estou aqui dizendo que o Parlamento tem que, na sua maturidade, discutir esses temas. E discutir respeitando quem pensa contrário”, acrescentou.
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