Quatro advogados entraram com um pedido de extensão de habeas corpus para impedir a prisão do cantor Gusttavo Lima, decretada nesta segunda-feira, 23, pela Justiça de Pernambuco. Além de estar envolvido na mesma investigação que levou Deolane Bezerra e sua mãe, Solange Bezerra, à penitenciária, o artista teria ajudado dois suspeitos a deixar o Brasil.

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O pedido foi protocolado às 20h42 no gabinete do desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, o mesmo que mandou soltar a advogada e influencer Deolane Bezerra e outros 16 presos da Operação Integration. 

Os advogados tentam entender a decisão que já havia beneficiado Darwin Henrique da Silva, dono da plataforma “Caminho da Sorte” e do seu filho Darwin Henrique da Silva Filho, dono do site de apostas “Esportes da Sorte”.

O grupo de defensores justificou que o pedido é “para que [Gusttavo Lima] continue cumprindo com sua agenda de cantor, com diversos contratos celebrados” e que “não lhe seja fixada qualquer medida cautelar alternativa à prisão”.

Isso incluiria, por exemplo, o cancelamento da suspensão do passaporte do cantor, que está em Miami, além da anulação de um eventual pedido de inclusão na lista de procurados da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), o que poderia acarretar numa eventual extradição dos Estados Unidos.

O pedido da banca de advogados ainda explora as divergências entre Polícia Civil (PC) e Ministério Público de Pernambuco (MP-PE). Isso porque, ao determinar a prisão do cantor, a juíza Andréa Calado da Cruz atendeu à polícia e rejeitou os argumentos do MP-PE.