Abin paralela: operação da PF contra Carlos Bolsonaro teve buscas em Goiás

29 janeiro 2024 às 16h09

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A operação da Polícia Federal (PF), que realizou buscas e apreensões nesta segunda-feira, 29, em endereços de Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e vereador pelo Rio de Janeiro, também cumpriu mandados em Formosa, município goiano no Entorno do DF.
A operação, que investiga uma espécie de Agência Brasileira de Investigação (Abin) paralela, ocorreu também na Bahia, além de Angra dos Reis (RJ), onde está um imóvel de Carlos Bolsonaro.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi o responsável por autorizar as operações de busca e apreensão realizadas nesta segunda-feira.
No domingo, 28, o ex-presidente participou de uma transmissão pelas redes sociais em Angra dos Reis, acompanhado de seus filhos Carlos, Eduardo e Flávio. Durante o evento, Bolsonaro elogiou Ramagem, referindo-se a ele como “um cara fantástico” e descreveu a questão da “Abin paralela” como uma “narrativa”.
As buscas são desdobramentos da Operação Vigilância Aproximada, que tem como foco a investigação do uso político da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Nessa nova fase, a Polícia Federal busca aprofundar as investigações no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas de maneira ilegal dentro da Abin, através de ações clandestinas.
Conforme informado pela PF, essas ações envolviam técnicas de investigação típicas das polícias judiciárias, sem qualquer controle judicial ou do Ministério Público.
Os investigados podem ser responsabilizados, conforme suas participações, por crimes como invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados por lei.
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