Conforme entendimento do tribunal, eleitores tocantinenses terão que ir às urnas em dois diferentes pleitos neste ano. Falta de verba ainda é uma questão

O Tribunal Superior Eleitoral publicou no início desta semana um acórdão com a cassação do governador do Tocantins, Marcelo Miranda (MDB), e da vice-governadora, Cláudia Lelis (PV), e determinou a realização de eleições diretas em até 40 dias para a escolha do governador que comandará o Estado até o fim deste ano.

Até a realização do novo pleito, o governo ficará sob administração do presidente da Assembleia Legislativa, Mauro Carlesse (PHS). O deputado ainda não foi oficialmente notificado e, dessa maneira, o Estado amanheceu nesta terça-feira (27/3) sem comando.

Assessores de Marcelo Miranda informaram que não haverá cerimônia de transmissão do cargo. Segundo informou a imprensa local, secretários e gestores do primeiro escalão exonerados na noite de segunda (26), conforme consta em Diário Oficial, reservaram a manhã desta terça-feira para esvaziar gavetas e se despedir dos servidores.

Controvérsia

Apesar da definição do tribunal por eleições diretas, a situação no Tocantins ainda pode sofrer nova reviravolta, uma vez que foi verificado que nem o Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO) nem o TSE possuem verba para arcar com dois pleitos em tão pouco tempo.

O assunto deve ser debatido nesta terça-feira em reunião marcada por Luiz Fux com os demais ministros.