Após fim das convenções, confira candidatos ao governo e para o Senado no Tocantins
06 agosto 2018 às 14h17
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PHS, PSB, Rede e PSL homologaram pré-candidaturas de governadores
Em meio ao clima da “Operação Jogo Limpo” comandada pela Polícia Civil, cujos mandados de prisão foram expedidos em desfavor de três vereadores de Palmas, entre os quais José do Lago Folha Filho (PSD) – que pretendia lançar candidatura a deputado estadual nas eleições de outubro – foram realizadas as convenções partidárias, no sábado, 04 e domingo, 05, no Tocantins.
Ainda foragido, o parlamentar não participou da convenção da sigla e, por consequência, está fora do páreo. Talvez tenha sido melhor. Folha está filiado ao partido de Irajá Abreu, que se coligou com PT e REDE. Caso fosse indicado na convenção, Folha certamente estaria numa “sinuca de bico”, uma vez que o candidato de sua preferência para o governo estadual seria Carlos Amastha (PSB).
Ao ensejo, o ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha e Oswaldo Stival Junior (PSDB), foram confirmados no domingo, 5, como candidatos a governador e vice do Tocantins. Agora aliado aos membros da “velha política”, da qual sempre foi o principal crítico, Amastha se apresentou aos convencionais num palanque ladeado pelos senadores Vicentinho Alves (PR) e Ataídes Oliveira (PSDB). Uma pequena ala do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) também lhe prestou solidariedade. No palanque, o ex-prefeito de Palmas justificou as alianças. “Nunca falei mal de pessoas, falei de atitudes”. Ao que parece, o agora candidato oficial se “esqueceu de lembrar” que disse – reiteradas vezes – que a maioria dos políticos do Estado eram “vagabundos”. Alguns nomes conhecidos da política, como os vereadores Felipe Fernandes (PSDC) e Lúcio Campelo (PR), resolveram não seguir a opção dos seus partidos, exatamente em razão do declarado antagonismo a Carlos Amastha.
Já o Partido dos Trabalhadores do Tocantins (PT) definiu no domingo, 5, durante a Convenção Estadual o apoio à candidatura de Marlon Reis (REDE) e a indicação de Paulo Mourão (PT) para uma das vagas de disputa ao senado. A outra vaga na chapa para senador será ocupada por Irajá Abreu (PSD).
O presidente estadual da sigla, deputado estadual Zé Roberto, pré-candidato a reeleição, destacou a adesão da militância petista à coligação, o que vai garantir o objetivo do PT no Estado, que é eleger um senador, deputados federais e aumentar a bancada estadual na Assembleia Legislativa. Já Irajá Abreu agradeceu a recepção da militância do PT-TO e destacou que a chapa é formada com um caráter municipalista que vai ser vitoriosa.
Ainda no sábado, 04, não houve surpresas na convenção que confirmou a candidatura de reeleição ao Palácio Araguaia de Mauro Carlesse e Wanderlei Barbosa ambos do PHS. Já o ex-governador Siqueira Campos (PSDB) e o deputado federal César Halum (PRB) foram confirmados nas vagas para o Senado, com Eduardo Gomes (SD) e Darci Garcia da Rocha (Patriota) nas respectivas suplências. Após a indicação do partido o governador conversou com a imprensa e enfatizou: “nós vamos continuar fazendo o trabalho que já estamos fazendo, mas agora com uma proposta de quatro anos, vamos dar melhor serviço à população e construir um Estado com equilíbrio, pagando as contas em dia, adquire confiança e credibilidade”.
Por fim, o PSL do presidenciável Jair Bolsonaro homologou “chapa pura” para concorrer no pleito de outubro, indicando o ex-secretário estadual de Segurança Pública e promotor aposentado César Simoni, para governador, além do médico Paulo Henrique de Lima e Silva como candidato a vice. Para o senado federal, disputarão o ex-deputado Antônio Jorge e o policial federal Farlei Meyer. Em discurso, Simoni disse que entrou na política para sair da zona de conforto e acrescentou: “Nós trazemos para o povo tocantinense a opção de escolher o caminho do bem. Garanto que não roubarei um centavo do erário e não deixarei roubar”, reforçou. O candidato elegeu o combate à corrupção como uma das principais bandeiras de campanha. No que concerne à falta de alianças na chapa majoritária, Simoni foi enfático: “Eu tenho a coligação que eu preciso: o povo, Bolsonaro e Deus”. Já em relação às outras três candidaturas, o candidato se posicionou alfinetando-as: “Parece que terão outros três candidatos, três frentes para roubar dinheiro público. Frentes formadas para rapinar o resto que sobrou, porque já está no fundo do tacho”, disparou.
Por fim, a maior surpresa do final de semana foi a escolha do PDT, do presidenciável Ciro Gomes, acerca da candidata a vice-presidente. A senadora tocantinense Kátia Abreu foi indicada e aceitou o encargo. Segundo o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, a escolha deveu-se à representatividade da senadora no Centro-Oeste e ao seu perfil combativo. “Ela é uma mulher de honra e que foi firme contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff”, disse Lupi, acrescentando que a opção pela senadora se deve à interlocução dela junto ao setor ruralista, uma vez foi presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) por muitos anos.