Amastha confessa o desejo de voltar ao comando da capital
01 maio 2022 às 00h00

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Ex-prefeito confessa decepção com a prefeita Cínthia Ribeiro, que o sucedeu, e revela a disposição de voltar a concorrer ao Paço Municipal em 2024
O empresário e ex-prefeito de Palmas Carlos Amastha, que preside o diretório estadual do Partido Socialista Brasileiro (PSB) no Tocantins, trabalha intensamente para resgatar o prestígio dos socialistas no Estado. O partido elegeu em 2020 apenas um prefeito, Franciel Brito, de Babaçulândia, registrando uma queda vertiginosa em comparação com 2016, quando o partido fez 16 prefeitos, tendo Amastha sido reeleito. Em Palmas o partido vem mantendo o prestígio, com a eleição de dois vereadores, desde 2012.
Amastha avalia que o partido pode mais. Nas próximas eleições, pretende eleger senador, dois deputados federais e pelo menos quatro deputados estaduais. O dirigente avalia que o seu bom desempenho nas eleições de 2018 para o governo do Estado, em que foi para o segundo turno com Mauro Carlesse, o coloca na condição de puxador de voto ao lado do treinador de futebol e empresário Vanderlei Luxemburgo, pré-candidato ao Senado. O ex-prefeito é pré-candidato a deputado federal.
Amastha deixa a entender que a disposição para voltar a administrar Palmas tem a ver com a decepção com a prefeita Cínthia Ribeiro (PSDB), sua vice em 2016, tendo assumido a gestão em 2018, quando da sua renúncia para ser candidato ao governo do Estado. “A pior traição da minha vida e a pior decepção da minha vida tem nome e sobrenome, Cínthia Caetano. Aquilo lá foi um desastre. O pior erro que eu cometi na vida”, desabafa.
O prefeito considera traição o rompimento com o modelo de gestão que ele implantou em Palmas e que aponta que foi responsável por avanços significativos em várias áreas, como educação, saúde, infraestrutura e limpeza urbana. “As pessoas em Palmas, a classe média alta, preferia ir à UPA do que à Unimed. Vá a uma UPA agora, passe nos postos de saúde. O meu orgulho era ver os ricos disputando vagas em nossas escolas e creches”, explica o ex-gestor, questionando como alguém teve a capacidade de destruir o modelo de gestão que vinha colhendo bons resultados.
O ex-prefeito faz questão de destacar dois exemplos que, segundo ele, comprovam a qualidade do trabalho desenvolvido em sua gestão. O ex-secretário de Saúde Nésio Fernandes, que foi dispensado pela prefeitura Cínthia e hoje se destaca com um dos principais secretários do Espirito Santo; e o ex-secretário de Educação Danilo de Melo, também dispensado pela prefeita e que foi bem aproveitado pelo governo da Bahia.
Em ambos os casos, Amastha conta que foi responsável pela indicação, por se tratar de gestores competentes. “Essa ruptura foi muito ruim, muito ruim para Palmas, estamos pagando o preço do meu erro”, confessa.