Visita de Marcelo Miranda a Porto Nacional, onde anunciou investimentos | Foto: Elizeu Oliveira
Visita de Marcelo Miranda a Porto Nacional, onde anunciou investimentos | Foto: Elizeu Oliveira

“As empresas que estão chegando ao Estado vão fazer parte de uma cadeia produtiva e vão contar com o apoio do governo, em especial no setor de infraestrutura”, avalia o governador Marcelo Miranda (PMDB). A política de atração de investimentos conta com incentivos fiscais que o governo está implementando. Um dos investimentos para facilitar a vinda de indústrias e grandes empresas para o Tocantins são os investimentos que, segundo o governador, estão sendo feitos na recuperação das rodovias tocantinenses.

Com destaque na produção de soja e o incentivo do governo, o Tocantins tem atraído empresas que investem no setor, gerando emprego e renda. Entre elas, está a Granol Indústria, Comércio e Exportação S/A, que opera desde 2012 em Porto Nacional, com a produção de biodiesel, e agora está expandindo as obras da planta fabril de 4 mil m² para quase 40 mil m². A ampliação vai possibilitar o esmagamento de soja direto na fábrica.

No Estado, de acordo com os dados do 7º levantamento da Com­pa­nhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra de soja 2014/2015 será de 2,3 milhões de toneladas de grãos. Desse volume, a Granol terá capacidade de esmagamento de mais de 300 mil toneladas por ano.

Desde a sua implantação em Porto Nacional, de acordo com o diretor Industrial da Granol, Juan Diego Ferres, em instalações, equipamentos e armazenamento, já foram investidos aproximadamente R$ 650 milhões, gerando renda para população tocantinense. “Já empregávamos na produção de biodiesel cerca de 100 funcionários e agora estamos fazendo a contratação de 400 a mais, dos quais 180 já estão alocados em outras unidades industriais nossas”, informou.

A previsão é que o empreendimento entre em operação no próximo mês. Juan Ferres falou da relação da empresa com a produção de soja. “É um empreendimento com características que não existem em nenhum similar no Estado do Tocantins, o que também vai favorecer a ampliação da produção de soja. Esse ano, a produção é maior que no ano anterior, e no próximo ano, com certeza, será maior”, ressaltou.

Projeções

Na avaliação do prefeito do município de Porto Nacional, Otoniel Andrade (PSDB), a cadeia produtiva de soja no Estado se completará com a instalação da empresa. “Essa esmagadora vai começar a funcionar a partir do mês de junho, esmagando 2,5 mil toneladas de soja por dia, das quais, 170 mil toneladas já estão armazenadas. O empresário pode investir no Tocantins, aqui temos a melhor logística do Brasil”, apontou.

Ponte rodoferroviária

O Governo do Estado anunciou, recentemente, em Porto Nacional, que vai construir uma ponte rodoferroviária sobre o rio Tocantins, nas proximidades do município, tendo inclusive autorizado a criação de uma Comissão Especial de licitação para viabilizar o projeto.

“Nosso governo está empenhado em dar a essa região uma infraestrutura que otimize o seu desenvolvimento, porque isso representa a atração de novos investimentos e o fortalecimento do nosso agronegócio”, disse ele, acrescentando: “quero e vamos retomar o crescimento e a indústria no Tocantins. Essa ponte se tornará uma realidade. É uma necessidade”.

Considerando o agronegócio como fonte de riquezas e desenvolvimento para o Estado, Mar­celo Miranda citou a região do Matopiba – composta por áreas agrícolas dos Estados do Mara­nhão, Tocantins, Piauí e Bahia. “Temos profissionais competentes para discutir os assuntos relacionados a essa região. Precisa­mos avançar, sobretudo na fronteira agrícola, gerando emprego, divisas. E isso também requer o apoio do governo federal, de empresários, dos estados que integram a região, dos municípios. Essa é uma discussão que atinge e convida a todos nós ao debate”, avaliou o governador.

Importante passo para o desenvolvimento industrial local, o Tocantins agora terá um terminal de cargas disponibilizado no Aeroporto de Palmas. A operacionalização da plataforma foi discutida na semana que passou, na sede da Federação das Indústrias do Tocantins (Fieto), entre Governo do Estado, Infraero, Fieto e demais órgãos parceiros.

A articulação para o funcionamento do terminal já era uma das diretrizes do Governo do Estado, desde o início desta gestão. Na reunião, foram nivelados entendimentos junto aos órgãos parceiros e interessados na normatização da operação. Agora, a expectativa é que essa seja uma das principais plataformas de logística da Região Norte.

O funcionamento do terminal de cargas também deve baratear as exportações, conforme afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo do Estado, Eudoro Pedrosa. “Ao invés dos produtos terem que ir para grandes capitais para serem exportados, o que encarecia e burocratizava o processo, agora poderão ser exportados a partir do próprio Tocantins. Isso é um avanço significativo para o desenvolvimento do comércio do nosso Estado”, disse.

Com o terminal já em condições de funcionamento, a expectativa do vice-presidente da Fieto, Luciano Carvalho, é que uma série de benefícios seja agregada ao Tocantins. “Entendemos que esse terminal começando a operar, trará uma série de benefícios para facilitar a importação e a exportação pelo Tocantins, desafogar a burocracia, acelerar os processos e fazer girar a economia do Estado”, ressaltou.