Apreensão de armas entre janeiro e junho já é maior que todo 2022

23 junho 2023 às 10h21

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No período de janeiro a junho de 2023, a Polícia Federal realizou a apreensão de 3.259 armas ilegais em todo o país, um número maior do que o total de apreensões feitas durante todo o ano de 2022, que foi de 2.031. O dados foram apresentados pelo ministro da Justiça, Flávio Dino. Por outro lado, em comparação ao ano passado, houve uma queda nos números de concessão de registros e autorizações para porte de armas de fogo.
Neste primeiro semestre, foram concedidos 46.363 registros, em comparação com os 247.839 registros concedidos nos dois semestres de 2022. Quanto aos portes de armas, até o momento deste ano foram emitidos 6.620, em contraste com os 15.013 emitidos de janeiro a dezembro do ano passado.
“Havia uma mitificação de que a restrição de armas causaria um crescimento de crimes. Nós tivemos uma restrição de armamentismo e não tivemos crescimento de crimes e homicídios. Estamos falando de armamento ilegal, armas de quadrilhas e organizações criminosas”, disse o ministro Dino.
Violência em escolas
A Justiça continua com a operação Escola Segura, uma parceria entre o Ministério da Justiça, a Polícia Federal e 27 delegacias especializadas em crimes cibernéticos. Desde 5 de abril, 368 jovens foram presos ou apreendidos, no caso de adolescentes, por ameaçar ou arquitetar ataques a escolas pelas redes sociais, seja em grupos ou individualmente.
“Ontem tivemos reunião com o Google para estendermos nossa pactuação sobre novas regras que devem ser pactuadas para ampliarmos os filtros de conteúdos”, afirmou o ministro. Também está no radar do governo propor uma nova legislação ou fazer alterações em leis atuais sobre o tema. Segundo Dino, o assunto ainda está sendo debatido.