O canabidiol (CBD) é uma das substâncias químicas encontradas na planta Cannabis sativa, conhecida popularmente como “maconha”. Porém, ela não causa efeitos psicoativos e é estudada como medicamento por conta de seus efeitos terapêuticos. Por exemplo, o elemento pode reduzir os sintomas de epilepsia e de doenças degenerativas, como Alzheimer e Parkinson. Só que pesquisadores americanos da Universidade de Rutgers, em Nova Jérsei, também estudam a substância como um possível tratamento para mulheres na pós-menopausa, no qual os ovários não produzem mais estrogênio.

“Este estudo pré-clínico é o primeiro a sugerir o potencial terapêutico do canabidiol para aliviar os sintomas da deficiência de estrogênio”, afirmou Diana Roopchand, autora do estudo e professora do Departamento de Ciência Alimentar da Escola de Ciências Ambientais e Biológicas da Universidade (SEBS, sigla em inglês).

Ainda em fase inicial, durante 18 semanas, camundongos com deficiência de estrogênio foram alimentados com uma dieta de pequenas bolas de manteiga de amendoim com canabidiol, sem o medicamento. Os animais que receberam CBD não desenvolveram sintomas parecidos de mulheres na pós-menopausa, como inflamação, disfunção metabólica, menor densidade óssea e níveis baixos de bactérias intestinais benéficas. Por outro lado, os mamíferos conseguiram eliminar com mais facilidade a glicose da corrente sanguínea, queimavam mais energia, além de reduzirem as inflamações e também aumentaram a densidade dos ossos.

Atualmente, uma das poucas opções de tratamento para o estágio pós-menopausa, que aconteceu depois de um ano da menstruação final, por volta dos 51 anos, é a terapia de reposição hormonal (TRH). O tratamento ainda pode causar riscos, se for feito com excesso em mulheres acima dos 60 anos. Por exemplo, pode causar doenças cardíacas, coágulos sanguíneos e até câncer.