Presidentes de subseções da Ordem no Estado são categóricos ao apontar sua preferência para presidente da instituição

Flávio Buonaduce: candidato que tem forte apoio dos presidentes das subseções da Ordem em Goiás
Flávio Buonaduce: candidato que tem forte apoio dos presidentes das subseções da Ordem em Goiás

Marcos Nunes Carreiro

Com o aproximar das eleições na Ordem dos Ad­vo­gados do Brasil (OAB), seccional Goiás, não é surpresa ouvir que Flávio Buo­naduce tem recebido cada vez mais apoio por parte da categoria. Em relação ao pleito, é comum que o debate se centralize em Goiânia, uma vez que é a capital do Estado e o local com a maioria absoluta em número de advogados.

Contudo, não apenas os profissionais goianienses irão votar no próximo dia 27. Na última semana, por exemplo, o presidente da subseção de Aparecida de Goiânia, Walter de Araújo, um veterano na advocacia goiana, também declarou seu apoio a Buonaduce.

Ele não poupou elogios ao candidato do grupo OAB Forte ao citar, na data, todas as atividades já desempenhadas por ele junto à Ordem: “Flávio tem visão para saber como agir e vontade para colocar a ação em prática, além de já ter demonstrado ser um grande gestor”. No discurso, Walter se referiu ao período em que Buonaduce foi o diretor da Escola Superior de Advocacia, a ESA.

Mas o apoio dado a Buonaduce vai além da região metropolitana de Goiânia. Dessa forma, o Jornal Opção buscou ouvir os presidentes de algumas das subseções (nome pelo qual são conhecidas as regionais estaduais da Ordem) goianas, representantes das diferentes regiões do Estado.

A reportagem ouviu os presidentes das seguintes subseções: For­mo­sa, no Entorno do Distrito Federal; Quirinópolis, representante do sul goiano; Caldas Novas e Catalão, no sudeste; e Cidade de Goiás no noroeste. E todos os presidentes foram categóricos ao informar seu apoio pelo candidato do grupo OAB Forte, Flávio Buonaduce.

Presidente da subseção de Caldas Novas, Laudo Natel: “Com Buonaduce, o advogado goiano terá uma gestão arrojada e sempre em busca pelos melhores resultados”
Presidente da subseção de Caldas Novas, Laudo Natel: “Com Buonaduce, o advogado goiano terá uma gestão arrojada e sempre em busca pelos melhores resultados”

Caldas Novas

O presidente da subseção de Caldas Novas é Laudo Natel Mateus. A regional, que envolve os municípios de Água Limpa, Corumbaíba, Marzagão e Rio Quente, também apoia Flávio Buonaduce à presidência da Ordem em Goiás.

Os motivos que levam Laudo a apoiar o candidato do grupo OAB Forte começam, segundo ele, na própria confiança que o grupo transmite, “demonstrando a força que os advogados goianos têm com uma gestão arrojada e sempre em busca pelos melhores resultados para a advocacia”.

Além disso, ele afirma que não obstante o grupo estar à frente da Ordem em Goiás há tantos anos, fica claro que há uma oxigenação constante dentro do grupo, sendo Buonaduce seu representante. “Temos erros? Sim. Mas tudo o que a OAB Goiás representa atualmente é em decorrência do trabalho árduo desse grupo, que permite a todos crescer e alcançar a maior representatividade possível”, relata.

Em termos de prerrogativa, Laudo afirma enxergar que a luta no interior do Estado é boa, mas pode ser melhor. “Tanto que um dos fatores que me convencem a apoiar Buonaduce é a melhoria desses serviços e a regionalização das prerrogativas. Isso dentro de uma realidade em que seja possível executar as mudanças”, ressalta.

Outro grande problema, sobretudo para as subseções, são os repasses de duodécimo, que não têm um critério objetivo atualmente. Contudo, Laudo diz acreditar que o grupo OAB Forte tem o compromisso de estabelecer esses critérios objetivos para que as subseções possam se manter dignamente.

Segundo Laudo, os advogados do interior também cobram os mesmos benefícios que os profissionais da capital têm. Ele diz que esse pedido foi ouvido pelo Obser­vatório da Advocacia, órgão criado por Buonaduce.

“E temos certeza de que teremos um grande respaldo em cima disso”. Sobre essa fala, Laudo se refere às estruturas dispensadas aos advogados da capital e às quais os profissionais do interior também cobram ter, como: o Centro de Esporte e Lazer (Cel), farmácia, auditório e Escola Superior de Advocacia (ESA), institutos que estão sempre ao fácil alcance.

O fator juventude
Os jovens são o maior apoio de Buonaduce e eles representam praticamente um terço do número total de inscritos na subseção de Caldas Novas. Na visão de Laudo Natel, isso ocorre devido ao grande número de alunos de 9º e 10º períodos de Direito e que já são aprovados no exame da Ordem. “Sou professor universitário e tenho observado isso. E isso faz com que boa parte desses jovens queira que a OAB tenha a força e a representatividade que a própria Constituição garante em seu artigo 133”, diz.

O artigo referido por Laudo diz: “O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei”. “Ou seja, o profissional sai da faculdade como bacharel e vê que pode fazer mais. Porém, ele sabe que precisa de espaço para poder contribuir e esse espaço sempre foi oferecido pelo grupo OAB Forte”, argumenta.

Presidente da subseção de Formosa, Marco Aurélio Azevedo: “O Estado tem déficit grande de juízes e essa falta é sentida nas cidades do interior”
Presidente da subseção de Formosa, Marco Aurélio Azevedo: “O Estado tem déficit grande de juízes e essa falta é sentida nas cidades do interior”

Formosa

No Entorno do Distrito Federal, a subseção de Formosa envolve os municípios de Alto Paraíso de Goiás, Cabeceiras, Cavalcante e Flores de Goiás, além é claro de Formosa. A regional tem como presidente Marco Aurélio Basso de Matos Azevedo.

Advogado de longa data, Marco Aurélio diz apoiar Buona­duce, porque, além de ter experiência na Ordem, o considera como alguém que conhece de perto a realidade da categoria no interior do Estado pelo fato de ter desempenhado, por vários anos, o papel de palestrante da Escola Superior de Advocacia (ESA).

Marco Aurélio não foi o primeiro a falar sobre a “realidade da ad­vocacia no interior”. Sendo assim, é necessário perguntar: qual é, de fato, a situação da categoria fora da capital? A esta pergunta, o presidente responde da seguinte maneira:

“O Estado de Goiás tem um déficit grande de juízes. São pelo menos 100 magistrados a menos. E essa falta é sentida nos locais mais distantes do Estado, porque o juiz se promove e vai para os grandes centros. Logo, as cidades do interior ficam desprovidos de magistrados, fora os serventuários. E tudo isso faz com que exista morosidade no trâmite dos processos. Então, essa é a dificuldade maior das cidades mais distantes da capital”.

Marco Aurélio tem razão. De acordo com dados da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego), o déficit de juízes chega a 112, sendo o interior do Estado o mais atingido. Em cerca de 50 varas e juizados de mais de 20 comarcas diferentes, a situação chega a ser crítica, apontam os advogados.

A razão: são locais em que não há um magistrado para atender às demandas. Quando há, é devido ao atendimento prestado por um juiz titular em outra comarca. “E acredito que não há ninguém mais preparado de Buonaduce para encarar essa luta”, aponta Marco Aurélio.

Presidente da subseção da cidade de Goiás, Haroldo Machado Filho: “A chapa do grupo OAB Forte é a única que se apresenta renovada”
Presidente da subseção da cidade de Goiás, Haroldo Machado Filho: “A chapa do grupo OAB Forte é a única que se apresenta renovada”

Cidade de Goiás

Quando Eli Alves Forte estava à frente da Ordem em Goiás, Haroldo José Rosa Machado Filho, atual presidente da subseção de Goiás, apoiava a oposição. Contu­do, já na eleição seguinte, passou a caminhar junto com o grupo que passou a ser chamado de OAB Forte. O motivo: “En­tendi que o projeto era consistente, viável e coletivo, não voltado para um pensamento individual. Continuo acreditando nisso e, por esse motivo, apoio Flávio Buonaduce”.

Além de elogiar a capacidade e a experiência de Buonaduce, o presidente da subseção de Goiás ressalta que ele é o único com conhecimento suficiente sobre a Ordem para estar à frente da instituição. Especificamente sobre as subseções, Haroldo Machado diz que não apoia o representante do grupo OAB Forte por esperar benefícios para a subseção a qual preside, pois entende que a visão de Buonaduce é de conjunto e não voltado para individualidades.

“Ele tem uma visão de conjunto, então não espero nada especificamente para a Cidade de Goiás. Agora, o que se espera que o presidente da OAB faça para todas as subseções? Um exemplo claro é o auxílio quando faltam juízes e na defesa às prerrogativas, além do preparo dos advogados por meio da ESA [Escola Superior de Advocacia] e o apoio aos profissionais em início de carreira. Isso deve ser feito para que não haja desistências da profissão. E o Buonaduce também tem essa visão”, afirma.

Mas qual a realidade das subseções? Para Haroldo, é possível analisar a questão sob dois aspectos. A primeira diz respeito às sedes. “É importante, mas não é essencial. O que é primordial mesmo é o apoio da seccional tanto em relação às delegacias, que são as salas da Ordem junto aos Fóruns, quanto sobre os serventuários, que são pagos pela seccional. Fora isso, há os repasses que devem ser feitos para que nós consigamos manter nossos equipamentos funcionando”, relata.

A subseção de Goiás engloba, além da cidade de Goiás, os municípios de Buriti de Goiás, Faina, Itapirapuã, Matrinchã e Mossâ­medes. Atualmente, há mais de 150 inscritos na região, sendo cerca de 40% de jovens advogados.

Presidente da subseção de Quirinópolis, Abelardo José de Moura: “Advogados do interior têm mais dificuldades para trabalhar, pois as cidades contam com menos recursos tecnológicos”
Presidente da subseção de Quirinópolis, Abelardo José de Moura: “Advogados do interior têm mais dificuldades para trabalhar, pois as cidades contam com menos recursos tecnológicos”

Quirinópolis

“Flávio Buonaduce é uma pessoa equilibrada e que conhece a Ordem, pois passou por muitos cargos. Logo, ele tem condições de fazer um trabalho realmente voltado para o advogado. Além disso, ele tem um carinho muito grande pela categoria no interior”. A fala é de Abelardo José de Moura, presidente da subseção de Quirinó­polis, cidade no sul goiano e que também responde pelas cidades de Cachoeira Alta e Inaciolândia.

Para Abelardo, Buonaduce é o nome que pode ajudar a corrigir algumas questões históricas na luta pela melhora do desempenho da categoria no interior do Estado, sobretudo as que dizem respeito à estrutura física e tecnológica, uma vez que as cidades longe da capital costumam possuir bem menos estrutura.

“As cidades do interior não têm a mesma capacidade de recursos tecnológicos da capital. Logo, isso faz com que os advogados tenham mais dificuldade para trabalhar. Isso, claro, em relação às atuais condições da capital, que tem mais recursos”, argumenta o presidente da subseção da Ordem.

Para ele, Buonaduce tem o costume de dar toda a atenção para a categoria no interior. “Ele demonstrou isso quando foi conselheiro estadual da Ordem e também quando foi diretor da ESA [Escola Superior de Advocacia]”.

Catalão

Presidente da subseção de Catalão, Randall de Melo Gomes: “É preciso que as subseções sejam olhadas com mais zelo e propriedade, como o grupo OAB Forte sempre fez”
Presidente da subseção de Catalão, Randall de Melo Gomes: “É preciso que as subseções sejam olhadas com mais zelo e propriedade, como o grupo OAB Forte sempre fez”

Uma das maiores subseções da Ordem em Goiás, Catalão também apoia a candidatura de Flávio Bu­onaduce. São mais de 350 inscritos na subseção, que é uma das maiores de Goiás e responde pelos municípios de Anhanguera, Catalão, Cumari, Davinópolis, Goiandira, Nova Aurora, Ouvidor, Santo Antônio do Rio Verde e Três Ranchos. Por que o presidente apoia Buonaduce?

Randall de Melo Gomes responde: “Porque é o candidato mais preparado para governar essa importante instituição brasileira. Já foi diretor da ESA [Escola Superior de Advo­cacia], diretor da Ordem, conselheiro e soube aprender com cada um desses cargos os caminhos que um presidente precisa seguir. Além disso, ele tem conhecimento do dia-a-dia da advocacia”.

É certo que as subseções sofrem com alguns aspectos e Randall não esconde isso. Ele diz que as regionais são muito importantes para a Ordem, pois sustentam, no interior, toda a estrutura que envolve mais de 50% dos advogados do Estado e ressalta: “Por isso, é preciso que as subseções sejam olhadas com mais zelo e propriedade, como o grupo OAB Forte sempre fez”.

Randall relata que Buonaduce é a pessoa certa para fazer isso, inclusive porque fez a proposta de estender ao interior a ouvidoria institucional. “Essa ferramenta permite que os presidentes de subseções e os advogados do interior sejam ouvidos, podendo ter suas sugestões atendidas. Buonaduce criou o Ob­ser­vatório da Advoca­cia, cuja inauguração a­con­teceu em Catalão. E isso de­monstra que ele está em contato di­reto co­nosco pa­ra atender às necessidades da ca­tegoria”.