O candidato a prefeito de Trindade, Dr. George Morais, enfrenta um risco real e iminente de inelegibilidade, caso seja condenado em um processo relacionado a irregularidades na compra de merenda escolar. O caso aconteceu entre 2001 e 2004, quando o atual candidato do PDT ocupava o cargo para o qual concorre nesta eleição de 2024.

O processo de número 0258843-16.2005.8.09.0149 foi instaurado pelo Ministério Público de Goiás e apura ilegalidades em aquisições de produtos alimentícios, envolvendo as empresas Santa Maria Comércio de Laticínios e Limpeza LTDA e Comercial Fortes, além de outros três réus: Vanda das Dores Siqueira Batista, Vilmar Batista Ferreira e Jonas Alves Fortes.

A votação sobre a inelegibilidade de George estava marcada para acontecer recentemente, mas foi adiada para o dia 7 de outubro de 2024, após o candidato conseguir uma suspensão temporária da decisão. Contudo, o juiz relator do processo, Ricardo Luiz Nicoli, já emitiu parecer contrário a George, e há um voto favorável à sua condenação.

Na tentativa de desviar as atenções e confundir os eleitores de Trindade, George partiu para o ataque contra o adversário direto, o prefeito Marden Júnior. Ele tem tentado disseminar na cidade por meio de vídeos que o prefeito estaria na mesma situação que ele, o que não é verdade.

Uma decisão de primeira instância já foi desfavorável a George. Em setença, o juiz Liciomar Fernandes da Silva determina a suspensão dos direitos políticos por cinco anos e pagamento de multa equivalente ao valor de dois subsídios de prefeito da época. Além disso, ele foi proibido de contratar com o poder público ou receber benefícios por cinco anos.

Nome sujo

Além do processo relacionado à merenda escolar, George Morais acumula um histórico extenso de problemas com a Justiça. Seu nome está vinculado a dezenas de processos em pesquisa feita no sistema da Justiça.

George já foi condenado por irregularidades em contratos de saúde com a Oscipstrin, envolvimento na Operação Sanguessuga, falta de prestação de contas do Fundo de Previdência dos servidores e até pela distribuição de vale-cerveja durante o carnaval de 2008.

Foi julgado inelegível em processo do TCU que apontou prejuízo de mais de R$ 1,8 milhão aos cofres públicos, com dinheiro repassado pelo Ministério do Meio Ambiente e que deveria ter sido usado na construção do aterro sanitário de Trindade.