Pablo Marçal gera polêmicas durante debate entre candidatos à Prefeitura de São Paulo
09 agosto 2024 às 10h17
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O candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, o goiano Pablo Marçal, chamou a atenção no debate com seus adversários na noite desta quinta-feira, 8. O ex-coach adotou um tom agressivo e chegou a chamar os concorrentes de “adolescente”, “para-choque de comunista” e “comedor de açúcar”. Além do empresário, participaram do debate na TV Band o prefeito Ricardo Nunes (MDB), o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), o apresentador José Luiz Datena (PSDB) e a deputada federal Tabata Amaral (PSB).
O principal alvo dos ataques de todos os candidatos foi o atual prefeito Ricardo Nunes. Marçal afirmou que o chefe do Executivo paulistano é um vereador jogado na cadeira de prefeito, sem competência para resolver problemas básicos da população.
Ao ser questionado por Tabata sobre condenação na Justiça por participação em quadrilha, o ex-coach chama a candidata de “para-choque de comunista”, “jornalistazinha militante” e “adolescente” que precisa amadurecer. A deputada trouxe a condenação à tona e questionou como o empresário pretende resolver a questão dos idosos que caem em golpes frequentemente.
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Falando sobre o candidato Guilherme Boulos, o empresário goiano chegou a sugerir que o psolista é usuário de drogas, sem apresentar nenhuma prova. No lançamento oficial de sua candidatura, Marçal afirmou que iria revelar dois usuários de cocaína entre os candidatos durante o debate de ontem, 8. Após chamar Boulos de “comedor de açúcar”, o psolista disse que Marçal “ainda vai voltar para a cadeira” devido a suas mentiras.
“Ele mente e acredita na mentira, fala com convicção, não fica nem vermelho”, afirmou Boulos antes de dizer que Marçal parecia um psicopata. O psolista chegou a afirmar que o empresário é um bolsonarista rejeitado, que buscou o apoio do ex-presidente mas foi negado.
Desempenho dos candidatos
O atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, foi o principal alvo de ataques durante o debate. Tabata Amaral questionou a ocorrência de violência doméstica da esposa de Nunes contra ele, em 2011. Boulos trouxe à tona a questão dos contratos sem licitação aprovados pela Prefeitura, que beneficiaram conhecidos do prefeito. Datena mencionou investigação do Ministério Público que associa empresas de ônibus da capital à facção criminosa PCC.
O atual prefeito da maior cidade do país negou todas as acusações, prometeu processar Datena, e disse que estava decepcionado com a postura dos candidatos, já que esperava um “debate de nível”.
“Fico um pouco indignado, a gente espera um debate de alto nível vocês estão vendo aí é só ataque. Não precisa manchar a honra das pessoas. Como você não tem proposta, fica querendo criar história”, disse Ricardo Nunes.
Tabata Amaral, que foi perdendo fôlego nas pesquisas de intenção de voto ao longo dos meses, não foi alvo dos candidatos. Apesar de direcionar perguntas duras a alguns participantes do debate, ela não recebeu investidas mais duras, exceto de Marçal. “São Paulo não está precisando de carro voador, de candidato que diz que dá murro em tubarão que é o 0071 goiano que está aqui em São Paulo, que dá solução que não existe. O que São Paulo precisa é de gente série, honesta, competente”, afirmou Amaral em resposta a Marçal.