A CPMI do 8 de janeiro acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar a origem e o paradeiro de “pedras preciosas” que foram entregues ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no final de outubro do ano passado na cidade de Teófilo Otoni, em Minas Gerais.

Uma troca de emails entre funcionários da ajudância de ordens da Presidência aponta que o ex-capitão teria recebido um envelope e uma caixa com pedras preciosas para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.

Nos documentos, o ex-assessor Cleiton Henrique Holzschuk relata que, a pedido do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, “as pedras não devem ser cadastradas e devem ser entregues em mão para ele [Cid]”.“Foi guardado no cofre grande, 01 (um) envelope contendo pedras preciosas para o PR [presidente] e 01 (uma) caixa de pedras preciosas para a PD [primeira-dama], recebidas em Teófilo Otoni em 26/10/22”, relatou Holzschuk.

Parlamentares, no entanto, questionam se o ex-chefe do Executivo cometeu o crime de peculato. Eles afirmam que as pedras preciosas não constam na relação de 1.055 itens recebidos oficialmente por ele nos quatro anos de mandato.