Coronel do Exército mandou soltar bolsonaristas que invadiram QG em 08/01, diz jornal
28 julho 2023 às 10h48
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Um relatório do Exército mostra que 13 bolsonaristas presos por invasão em área do Quartel-General, em Brasília, após os atos terroristas do 8 de Janeiro, foram liberados por ordem de um tenente-coronel. A informação é do jornalista Alan Rios do site Metrópoles. De acordo com a apuração, os nove homens e quatro mulheres invadiram o QG por volta de 0h30, por uma entrada na cerca próxima à Divisão de Educação Física, que é um dos primeiros pontos de acesso do Setor Militar Urbano (SMU) de quem vem da Esplanada dos Ministérios. Um soldado que estava de prontidão no local os rendeu. Logo em seguida, a Companhia de Guarda foi chamada e os simpatizantes do ex-mandatário foram revistados e presos.
Após a ação, eles seriam recolhidos devido à invasão a uma organização militar, com o agravante dos itens apreendidos. No entanto, a ordem do tenente-coronel do Exército Moacir Mendonça Lima, comandante da Base de Administração e Apoio do Comando Militar do Planalto (CMP), contrariou todo o procedimento padrão. Os apoiadores do ex-capitão foram liberados e o militar de alta patente permitiu que o grupo pudesse se esconder na Praça dos Cristais, onde os bolsonaristas estavam concentrados.
Vale destacar que, no dia seguinte, mais de mil golpistas foram presos no acampamento. Entretanto, a lista com o nome de todos os detidos no dia 9 conta com apenas dois dos 13 invasores: Bruno Edson Gabriel Marinho, natural do Rio de Janeiro, e Guilherme Cazelli Conde, de Mato Grosso. Ambos são monitorados com tornozeleira eletrônica.
O Exército alegou que a invasão ocorreu por “desorientação”: “Durante a apuração sumária da ocorrência, constatou-se que o acesso ao local havia ocorrido por desorientação dos envolvidos, não tendo sido identificada a caracterização de dolo de invadir e/ou permanecer no local de forma irregular, o que motivou a liberação do grupo e o registro da ocorrência apenas para controle da informação”, afirmou.