Bolsonaro em Copacabana: Elon Musk, ataques ao STF e anistia a presos de 8/1 dominam os discursos na manifestação
21 abril 2024 às 15h11
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Os manifestantes começaram a chegar entre os postos 4 e 5 pouco depois das 8h. Às 11h26, Bolsonaro começou seu discurso em um dos caminhões por cerca de 35 minutos. Ainda não há estimativa de público.
Mais uma vez, as críticas se voltaram ao atual presidente Lula e ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A defesa do megabilionário Elon Musk e o pedido de anistia aos presos pelos atos 8 de janeiro também entraram na pauta.
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“Temos um mito da liberdade, Elon Musk'”, declarou Bolsonaro. O bilionário tem usado sua rede social X (antigo Twitter) para atacar Moraes por suspender da plataforma contas de apoiadores de Bolsonaro, chegando a ameaçar descumprir ordens judiciais assinadas pelo magistrado.
O protesto foi organizado por Bolsonaro enquanto enfrenta investigações nas quais é acusado de envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado para se manter no poder.
Bolsonaro também voltou a alegar que houve fraude nas urnas em 2022, mas não apresentou provas. “Queremos é que o Brasil volte à sua normalidade, que possamos disputar eleições sem qualquer suspeição. Afinal de contas, a alma da democracia é uma eleição limpa onde ninguém pode sequer pensar em duvidar dela. Temos problemas hoje em dia. Façamos a coisa certa. Não estou duvidando das eleições, página virada”, disse.
Em suas redes sociais, o ex-presidente explicou que a manifestação seria uma continuação do ato realizado em São Paulo dia 25 de fevereiro, contra o que considera a “maior fake news da história do Brasil, que está resumido hoje na minuta de golpe”, palavras repetidas neste domingo.
Também discursaram o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto; a ex-primeira-dama, Michelle; os pastores Silas Malafaia e Marco Feliciano; a cubana nacionalizada brasileira Zoe Martínez; e os deputados federais Nikolas Ferreira e Gustavo Gayer.
Também estavam no trio elétrico, os filhos de Bolsonaro Flávio (senador), Eduardo (deputado federal) e Carlos (vereador); o deputado federal e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem; o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) e o general Walter Braga Netto, entre outros.
A campanha contra Alexandre de Moraes começou em janeiro. Por peio de sua conta no X, Musk questionou Moraes sobre por que ele estaria “exigindo tanta censura no Brasil”.
No início de abril, o empresário atacou as decisões de Moraes e ameaçou descumprir as ordens assinadas pelo ministro, reativando perfis de usuários bloqueados por decisão da Justiça. “Nós estamos levantando as restrições. Esse juiz aplicou penas massivas, ameaçou prender nossos funcionários e cortar os acessos ao X no Brasil”, publicou.
Após as ameaças e ataques, Moraes ordenou a abertura de um novo inquérito para investigar a conduta do empresário e incluiu Musk entre os investigados no inquérito já existente sobre as milícias digitais.
Moraes também determinou que a rede X cumpra todas as ordens da Justiça brasileira, sob pena de multa de R$ 100 mil para cada perfil reativado sem autorização judicial. O ministro identificou indícios de obstrução da justiça e incitação ao crime nas ações de Musk.
No dia 12 de abril, o governo suspendeu novas campanhas de publicidade na rede social de Musk. No dia 13, Diego Lima Gualda, representante do X no Brasil, renunciou ao cargo, segundo documento da Junta Comercial de São Paulo.
Entre os investigados pelo STF que tiveram seus perfis bloqueados estão o empresário Luciano Hang, o blogueiro Allan dos Santos, ex-deputado cassado Daniel Silveira, o youtuber Monark e o blogueiro Oswaldo Eustáquio.
A defesa da rede social no Brasil informou a Moraes que vai continuar a cumprir as ordens judiciais emitidas pelo STF. Entretanto, a Polícia Federal (PF) afirmou ao Supremo que a plataforma tem permitido que investigados continuem fazendo transmissões ao vivo na rede e que usuários brasileiros interajam com os perfis suspensos, apesar de ter mantido bloqueadas as contas determinadas pela Justiça.
Anistia para presos do 8/1
A Anistia aos presos por atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 voltou à tona, após ter sido defendida na manifestação de fevereiro. Naquele dia, Bolsonaro defendeu passar uma “borracha no passado” e anistiar os presos que teriam participado ou financiado os atos golpistas que culminaram no ataque ao Congresso Nacional, Palácio do Planalto e ao Supremo Tribunal Federal.
Após o ataque, o STF tem julgado os mais de 1,4 mil envolvidos que foram presos no dia 8. Até agora, são 196 pessoas condenadas por crimes como associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Neste domingo, em Copacabana, também discursaram o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto; a ex-primeira-dama, Michelle; os pastores Silas Malafaia e Marco Feliciano; a cubana nacionalizada brasileira Zoe Martínez; e os deputados federais Nikolas Ferreira e Gustavo Gayer.
Também estavam no trio elétrico os filhos de Bolsonaro Flávio (senador), Eduardo (deputado federal) e Carlos (vereador); o deputado federal e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem; o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) e o general Walter Braga Netto, entre outros.