Um grupo de estelionatários foi alvo de uma operação deflagrada pela Polícia Civil (PC) nesta segunda-feira, 8, suspeito de movimentar mais de R$ 27 milhões com golpes praticados em todo país. O número de vítimas, segundo o delegado Luiz Carlos Cruz, é incalculável. 

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Os golpes, realizados por cerca de três anos, eram praticados por meio de vendas de rifas no valor de R$ 5 para sorteios. Os prêmios, que eram divulgados por cantores, influencers e até apresentadores como Amado Batista, Scheila Carvalho e a até a jornalista Fabíola Rabo de Arraia, porém, eram fraudados.

“Eles montavam empresas e contratavam celebridades para divulgar sorteios de alto valor, de R$ 300 mil, R$ 400 mil e R$ 700 mil. Eles vendiam cerca de R$ 4 a 5 milhões por mês. Aí eles contratavam um ganhador de fachada para pegar o prêmio para eles. Ainda não conseguimos identificar o cachê recebido pelos artistas, que varia de acordo com cada nome”, explicou o delegado.

A operação contra o grupo, investigado estelionato, lavagem de capitais e organização criminosa, mobilizou mais de 70 policiais. Ao todo, são cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e nove mandados de prisão em Goiás e no Mato Grosso. A Polícia Civil também cumpre o sequestro de valores de mais de R$ 27 milhões, inclusive de criptoativos, confisco de bens e bloqueio de nove imóveis avaliados em R$ 6 milhões. 

Ao Jornal Opção, a empresa AB Promoções, que gerencia a carreia do cantor Amado Batista, informou que o artista “não tem qualquer vínculo ou acordo comercial com qualquer empresa que faz divulgação de ‘rifas'”. De acordo com a nota, “o artista já fez divulgação de sorteio de títulos de capitalização de empresa credenciada e autorizada no ano de 2023, mas que a empresa não foi objeto da operação ou investigação”.

A reportagem também tentou contato com as defesas de Scheila Carvalho e Fabíola, mas não conseguiu localizá-las. O espaço permanece aberto.