O cantor sertanejo Wagner Oliveira, de 42 anos, foi preso preventivamente nesta sexta-feira, 15, suspeito de provocar um prejuízo de R$ 1 milhão após enganar amorosamente 26 mulheres. A prisão foi realizada pela Polícia Civil brasiliense. 

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O “don juan” sertanejo investia todas as fichas em mulheres estabilizadas financeiramente, mas que estavam fragilizadas emocionalmente. O golpista também apostava em mães solteiras, entre 30 e 45 anos, que desejavam conhecer homens em sites de relacionamento.

O estelionatário amoroso usava diversos perfis em redes sociais e chegava a trocar o primeiro nome usando pseudônimos para não levantar suspeitas e evitar que as vítimas se encontrassem. Após conversas no site, o cantor passava a se relacionar com as mulheres por meio do WhatsApp.

Entre os golpes estão:

  • Uma vítima fez um empréstimo bancário e repassou para o sertanejo, sofrendo um prejuízo de R$ 9.280 (com os juros).
  • Outra vítima disse que o golpista utilizou seus dados, sem a sua autorização, para pegar um empréstimo no valor de R$ 12 mil.
  • A mesma mulher disse que, após pressão psicológica, aceitou financiar um veículo Fiat Siena, em 36 parcelas de R$ 816, mas nunca recebeu o valor.
  • Outra vítima disse que emprestou o valor de R$ 21,5 mil para o estelionatário amoroso, e também ficou no prejuízo.
  • Outra mulher disse que ele a convenceu a passar o cartão de crédito em uma loja a fim de que ele sacasse o valor de R$ 7 mil, ficando no prejuízo.
  • A mesma vítima disse que ele financiou um veículo Fiat Cronos utilizando os seus dados e sem a sua autorização, e deixou um prejuízo de mais de R$ 130 mil (com os juros do financiamento).
  • Houve diversos outros prejuízos para as vítimas em virtude de compras de produtos, dentre os quais da Hinode, que ele divulga em suas redes sociais.

Promessas vazias 

Ao conseguir marcar encontros presenciais, o cantor golpista se envolvia com as mulheres e demonstrava ser um homem romântico e com um objetivo claro: casar e constituir família. Iludidas, as mulheres se tornavam “presas fáceis”. Ele fazia com que as vítimas lhe emprestassem dinheiro, realizassem financiamentos e adquirissem bens para uso exclusivo dele.

Já com a confiança estabelecida e falando até em ter filhos, Wagner ludibriava as vítimas. A desculpa dada pelo cantor era sempre a mesma: devolveria o dinheiro nos próximos dias após receber um suposto acerto trabalhista, ou o dinheiro referente à venda de algum imóvel.

De acordo com as mulheres, o cantor golpista, após ser cobrado pela quitação da dívida, tornava-se agressivo, demonstrando um comportamento completamente diferente do adotado anteriormente, e então, bloqueava todas as vítimas de suas redes sociais.