Novo vereador de Goiânia pode ser cassado após nomeação

20 outubro 2022 às 11h20

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Os vereadores Santana Gomes e Bruno Diniz, ambos do PRTB, tiveram os mandatos de vereadores de Goiânia cassados no dia 7 de abril, em decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO). O processo movido pelo PT, PSL e por Fabrício Rosa, que foi candidato pelo Psol, traz o argumento de que houve fraude na chapa por meio de candidaturas femininas laranjas do PRTB.
O resultado da decisão foi a determinação do TRE-GO para a Câmara Municipal diplomar Paulo Magalhães (União Brasil) e Márcio Carvalho dos Santos (Cidadania), conhecido como Professor Márcio, na próxima sexta-feira, 21, como vereadores da capital goiana. No entanto, pode haver nova dança das cadeiras. Acontece que o candidato derrotado a vereador em 2020 Fabrício Rosa, hoje filiado ao PT, moveu ações contra o Cidadania para impedir a nomeação de Márcio. Motivo é o suposto descumprimento da cota de gêneros da legenda. Direção estadual da sigla nega a prática da infração eleitoral.
Nesta quarta-feira, 19, ele foi a Brasília e visitou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandwski para conversar sobre o tema. Na visão dele, o Cidadania descumpriu a norma da Justiça Eleitoral.
O presidente estadual da legenda, Gilvane Felipe, explica que a 15 dias para o primeiro turno das eleições de 2020 uma candidata desistiu do pleito, mas ressalta que ela fez campanha normalmente. “No registro, o Cidadania cumpriu a determinação vigente, com 33% das candidaturas mulheres. Ninguém pode obrigar a pessoa ir até o final da campanha. Porém, ela teve materiais de campanha distribuídos, como santinhos, adesivos e até apareceu nas propagandas veiculadas no rádio e TV”, afirmou ao Jornal Opção.
O advogado da sigla, Wandir Allan, pontuou que houve cinco processos pedindo a cassação da chapa do Cidadania por suposto descumprimento da cota de gênero, mas, que segundo ele, todos foram indeferidos pelo ministro Lewandwski.
O Jornal Opção entrou em contato com Fabrício Rosa para saber mais detalhes desses processos, mas, até a publicação desta ele não havia respondido aos questionamentos. O espaço segue aberto para novas manifestações.