Evangélica, a vereadora goianiense Aava Santiago (PSDB) já iniciou as atividades na equipe responsável pela transição para o governo federal que vai assumir o País, a partir de 1º de janeiro. Ela é a única parlamentar nomeada no grupo que desenvolve políticas específicas para as mulheres. Aava não será remunerada por esse trabalho e continua normalmente suas funções como vereadora na Capital goiana.

Segundo a parlamentar, o maior desafio dos gestores dessa área na equipe de transição é reverter o corte drástico de recursos para ações voltadas às mulheres, dentro do orçamento da União em 2023.

Ao Jornal Opção, ela explicou que o grupo levantou mais de cem decretos, a maioria sob sigilo, que podem ser revogados. Além disso, ela disse que devem analisar os recursos e propor projetos de políticas públicas, através do Ministério da Mulher. “Nós somos oito mulheres. É muito trabalho. Estamos cada vez mais perplexas com o tamanho do desmonte promovido pelo governo do presidente Jair Bolsonaro”.

Aava afirmou que o relatório final deve ser entregue até o dia 30 de novembro. Apesar disso, ela garante que não vai abandonar as atividades no Poder Legislativo goianiense. “Mesmo com o tempo corrido, continuo com as minhas funções parlamentares normalmente. A minha assessoria tem nos ajudado nessa empreitada. As nossas reuniões são feitas todos os dias, manhã e à tarde, maioria delas virtualmente”.

Mesmo desempenhando papel importante na transição e tendo a possibilidade de uma eventual composição no governo Lula, Aava pontua compromisso com o mandato como parlamentar. “Tenho compromisso muito grande com meu mandato. Em pouco menos de dois anos consegui entregar muito mais do que a média desse parlamento, entretanto nesse momento é repensar os caminhos e o resto a gente vê depois”.