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Cláudio Luiz Silva de Oliveira, tenente-coronel da Polícia Militar, foi condenado a 36 anos de prisão, na sexta-feira, 21, pela morte da juíza Patrícia Acioli

“Na verdade, fico esperando que papai entre por aquela porta e me mande tirar os pés de cima do sofá, mas ele não entra. Depois nasce o dia e eu ainda tenho uma vida inteira pra viver...”

[caption id="attachment_423" align="alignleft" width="300"] Procurador da República Mário Lúcio Avelar: por enquanto, sem apoio dos prefeitos do PSB tocantinense | Foto: Folha de S. Paulo[/caption]
Ainda que consiga se filiar ao PSB, o procurador da República Mário Lúcio Avelar teria outro desafio para viabilizar sua candidatura ao governo do Estado: a adesão dos prefeitos. Hoje, ele não teria apoio de nenhum dos 16 prefeitos do partido. O prefeito de Cachoeirinha, Erisvaldo Resplandes, aponta o possível motivo da não adesão dos prefeitos: a não consulta aos gestores municipais sobre esta postulação que está sendo imposta pela cúpula nacional. Ademais, acrescenta que os prefeitos estão aguardando os recursos do Palácio Araguaia e não vão querer desperdiçar ajuda por causa de campanha eleitoral.
[caption id="attachment_421" align="aligncenter" width="620"] Plano está engavetado na Assembleia Legislativa | Foto: Divulgação[/caption]
O governo volta a enfrentar greve. Desta vez são os professores que decidiram deflagrar paralisação a partir desta segunda-feira, 24. A lista de reivindicação não é pequena. Os educadores cobram do governo revisão do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS), que está pronto desde janeiro para ser votado na Assembleia Legislativa e foi engavetado. Cobram ainda correção salarial de acordo com os índices de reajustes do Fundeb, pagamento do reajuste da data-base, regularização do repasse dos recursos das escolas que vem sofrendo atraso, eleição direta de diretores das escolas, dentre outras reivindicações.
O governo Siqueira Campos tem manifestações típicas de fim de ciclo de poder. Tem secretário que prefere ficar no cargo a ser candidato sem chances eleitorais e outros que desejam deixar o governo porque não querem se comprometer com medidas intempestivas que estão sendo tomadas, mas não conseguem ser liberados.
O presidente da Federação das Indústrias do Tocantins (Fieto) Roberto Pires aponta o aumento dos gastos públicos como o principal problema do descontrole financeiro do Estado. “O Tocantins de 2002 a 2010 cresceu 74% enquanto a capacidade de investimento caiu nos últimos anos de forma assustadora. No ano passado o Tocantins investiu apenas 3% em infraestrutura”, comenta o empresário que avalia que assim não tem economia que suporte tantos gastos com custeio da máquina.
A lista de ex-prefeitos que desejam disputar uma cadeira da Assembleia Legislativa não para de crescer. Encabeçam a lista: Rocha Miranda (PMDB) ex-prefeito de Araguatins; José Salomão Jacobina (PT), ex-prefeito de Dianópolis; Enoque Souza Alves (PMDB), ex-prefeito de Palmeirópolis; Nilton Franco (PMDB), ex-prefeito de Pium; Valderez Castelo Branco (PP), ex-prefeita de Araguaína; Valuar Barros (DEM), ex-prefeito de Araguaína; Agimiro Costa (PSDB), ex-prefeito de Babaçulândia; Wagner Gentil (PSD), ex-prefeito de Arraias. Esses são os que já estão em pré-campanha. Há mais.
Paraíso do Tocantins, cidade do veterano Moisés Avelino (PMDB), ex-governador e atual prefeito, na última eleição além de renovar a Câmara de Vereadores em 100% ainda elegeu a maioria de jovens. Pelo menos cinco vereadores — Luiz Antonio (PT), Gleidson Dedinho (PRTB), Vanderson Machado (PSC), Nando Milhomen (PV), atual presidente, e Vanessa Alencar (PV), ex-presidente, formam a bancada popular que se notabiliza pela pouca idade.
Eles passaram pela Assembleia Legislativa e gostaram. Gostaram tanto que vão tentar voltar. Integram a lista dos ex-deputados pré-candidatos nestas eleições: Palmeri Bezerra (PSB), Valuar Barros (DEM), que também é ex-prefeito de Araguaína; Paulo Roberto (PR), ex-prefeito de Taguatinga; e José Salomão Jacobina (PT), também ex-prefeito de Dianópolis.
O professor Adail Gama, pré-candidato a governador pelo PSDC, virou arroz de festa em eventos políticos na capital sempre com o discurso decorado, raivoso contra tudo e contra todos e nenhuma proposta factível. Um sério candidato a ser o “chato” da temporada.
A indicação do novo conselheiro para o Tribunal de Contas em lugar de Hebert Brito em vez de ser uma solução para o governo pode representar um problema a mais. A opção do governador Siqueira Campos (PSDB), o procurador de contas do TCE Oziel Pereira, responde a processo por suposto desvio de recursos do Igeprev (antigo Ipetins). A indicação de Oziel resolve um problema do governo relativo a contestação da indicação anterior que teria ferido o direto de proporcionalidade. O direito da indicação era dos procurados de contas e o Executivo que a fez. A indicação ajuda ainda Oziel a se defender das acusações de desvio, mas é ruim politicamente para governo.
18 de março, que já foi feriado estadual e data comemorativa do marco pela separação do Norte de Goiás (Dia da Autonomia, numa referência a criação da Comarca do Norte em 1809, por decreto do príncipe Regente Dom João VI), caiu em desuso, deixou de ser feriado, este ano voltou a pautar o debate no Tocantins. Não mais sobre o passado, mas agora como apelo pelo futuro do novo Estado. Nesta data foi criado o Comitê de Estudos de Reorganização do Tocantins, denominado de Movimento Certo, uma ação de cidadania que pretende convocar a sociedade para debater o futuro do Estado. O surgimento do movimento vem da constatação que o Estado está se desviando dos princípios que o criaram. “Este não é o Tocantins que sonhamos”, disse o ex-deputado por Goiás Totó Cavalcante, em pronunciamento na abertura da solenidade de instalação do comitê, realizada na terça-feira, 18, no auditório da Assembleia Legislativa.
O prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PP), revela que presenciou em Brasília a falta de planejamento do governo do Estado. Conta o prefeito que durante evento de liberação de recursos para Palmas pelo governo federal, em que a capital do Tocantins foi contemplada com mais de R$ 1 bilhão, nenhum outro município foi beneficiado simplesmente por falta de projetos. “Sobra dinheiro em Brasília e o Tocantins, que é um Estado carente, não consegue captar porque não tem projetos”, critica o gestor.
O ex-senador e presidente do PMDB, Leomar Quintanilha, não descarta a possibilidade de disputar uma cadeira na Câmara Federal. Sem mandato desde 2006, quando disputou o governo do Estado pelo PCdoB e obteve menos de 10 mil votos, Leomar voltou à planície e agora prepara retomada da carreira.