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A Parada do Orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) do Rio de Janeiro, prevista para desfilar na orla de Copacabana, zona sul da capital, a partir das 15h de hoje (16) contará com serviços de saúde e sociais, além de projetos sustentáveis. Quem estiver na orla poderá fazer testes para saber se tem hepatite B ou aids, e tomar vacinas para se prevenir contra hepatites B e C. Um ônibus da Defensoria Pública vai emitir certificações e segunda via de documentos. Participantes e simpatizantes do movimento LGBT também vão poder experimentar sabores de receitas de gastronomia sustentável e conhecer projetos socioambientais promovidos pela Secretaria de Estado do Ambiente. Serão oferecidas comidas e bebidas feitas com cascas, talos e raízes, como sucos de casca de maracujá com gengibre, suco de casca de abacaxi com talos de hortelã. Haverá, no local, oficinas de bolsas para preservativos, utilizando CDs descartados, de pulseiras de lacres de latinhas de alumínio, garrafas PET, retalhos e fitas. O percurso da caminhada será pela Avenida Atlântica, pista da área de lazer, do Posto 5 ao Posto 2. A operação de trânsito contará com agentes da Guarda Municipal, que vão orientar e controlar o tráfego. A prefeitura montou esquema especial de trânsito e transportes, que será mantido até o fim do evento, com a liberação das vias prevista para as 22h. O Centro de Operações Rio vai monitorar toda a área do evento, com câmeras, para possíveis ajustes na programação dos semáforos, com o objetivo de garantir a fluidez do trânsito.

A miss Honduras Mundo 2014, Maria José Alvarado, e sua irmã Sofia Trinidad, estão desaparecidas desde a última quinta-feira (13/11). A informação foi divulgada neste domingo (16) pelo organizador de concursos de beleza Eduardo Zablah, que afirma que as moças sumiram depois de uma festa de aniversário na cidade de Santa Bárbara, em Honduras. A polícia foi informada do desaparecimento no último sábado (15), por um comunicado divulgado por Zablah. Maria José foi eleita miss Honduras em abril deste ano, aos 19 anos. O concurso Miss Mundo 2014 está marcado para dezembro, em Londres.

Na Austrália, presidente reeleita pôs panos quentes sobre denúncias de corrupção em seu governo e exaltou "lado positivo" da Operação Lava-Jato

O deputado estadual goiano Francisco Gedda (PTN), permanece internado no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). O parlamentar, que sofreu um acidente em casa, passou por uma cirurgia de emergência na noite do último sábado (16). Com o quadro de saúde estável, ele deve ter alta na próxima segunda-feira (17/11).
Gedda, 63 anos, sofreu lesões após cair de uma escada em sua casa, na última sexta-feira (14). Na queda, o deputado bateu a cabeça no chão e sofreu um traumatismo craniano. O parlamentar não reeleito foi levado às pressas para o hospital da capital.

[caption id="attachment_20645" align="aligncenter" width="620"] Foto: Artchive[/caption]
Eberth Vêncio
Especial para o Jornal Opção
Não me queiram mal, não me desentendam, não vão pensar que eu pirei. É que, realmente, hoje estou feliz. E com felicidade se brinca. Sinto-me tão alegre que poderia até lhes escrever um texto fofo e otimista, desses que falam do amor vencendo no final. Afinal, o que seria do mundo se não houvesse o contrapeso de uma rima à altura da dor?
Acreditem: tirei o dia para me dedicar às irrelevâncias. O despertador tocou, eu até que ouvi, confesso, mas fiz questão de perder a hora, e perdi. Já perdi tantas coisas nessa vida. Por exemplo, essa noite um sonho fugiu de mim. É o tipo de situação que sempre me deixa enfurecido. Hoje, não. Vinguei-me. Empatei as perdas dando tempo ao tempo, fazendo-me de desatento com o galopar das horas. Então me atrasei para compromisso algum. Estava decidido: o dia era meu; o dia e todas as insignificâncias que eu desejasse dele.
Quando finalmente escolhi abrir os olhos, eis que me deparo com uma lagartixa grudada no teto, a devorar uma borboleta. Não acudi o inseto que esperneava aflito. Cruzei os braços atrás da cabeça e curti o sacrifício como se fosse um deus mimado, sem o mínimo remorso, a saborear o extermínio de um animal por outro animal, tudo em nome da cadeia alimentar, do direito do mais forte em comer o mais fraco, e coisa e tal. Levantei-me. Fui para o banheiro pensando em triturar bolachas de maisena e jogá-las dentro da enorme xícara dos Beatles, lotada com leite e café, que uma sobrinha me trouxe de Liverpool. Queria tanto conhecer o Cavern Club. Precisava tanto saber por que deixei de comer aquela gosma matinal da minha infância.
Ali no chuveiro cometi uma extravagância. Apesar das campanhas institucionais alertando para a falta de água por conta da longa estiagem, eu assumo que gastei mais que os sessenta litros regulamentares propostos para um banho solitário sem punheta. E, de repente, havia mais animais se metendo na minha vida: eu estanquei paralítico sob o relaxante tufo d’água do chuveiro, lucubrando por que as formigas fugiam de mim pelas gretas dos azulejos. O que será que carregavam nas mandíbulas e que fora surrupiado daquele cubículo particular: cadáveres de espermatozóides decompostos?
Sou viciado em música, em ficar sozinho, em achar que Deus tá de sacanagem, a velha mania de perseguição que imaturo carrego, desde a época que descobri como a morte é exímia em desmanchar prazeres. Então, liguei o rádio e coei o café usando as tradicionais quatro colheres-de-sopa de pó. Enquanto ingeria aquele delicioso grude feito com bolacha e média, cismei de disputar cantoria com um bem-te-vi pousado no muro. Eu assoviava de cá. Ele assoviava de lá. Pensei “não paro com isso nem fodendo: vamos ver só se este passarinho aguenta”, e continuei a soprar até que a ave perdesse a paciência e batesse as asas. Como não sabia voar fora dos pensamentos, calei-me.
Nu como o rei, decidi urinar na grama, as pernas abertas, o corpo inclinado pra frente, as duas mãos espalmadas contra o muro. O quintal e a urina pertenciam-me, fazia deles o que bem entendesse. Persegui com o jato vesical uma centopeia que escapou indignada entre as folhas. Eu sei ser mau com as filigranas. Notei que aquele hábito de mijar sempre no mesmo canto do jardim já deixava a grama deveras amarelada de tanto sal e ureia. Será que — como diz minha filha — eu deveria deixar de ser moleque e abolir aquele hábito horrível? Eu não me dispunha a dilemas. Portanto, fechei o fechecler (putz! há tempos não escrevia esta palavra…) e parti.
O calendário insistia que aquele era um dia útil. Mesmo assim, eu me julgava tão inútil e contente que vazei de casa para fazer certas coisas que habitualmente não faço, como implicar com insetos e me deter numa conversa longa, prolixa e desconexa com o vizinho da casa da direita, aquele velhote decadente, um sujeito que trabalhara no DOI-CODI e que foi um dos mais impiedosos, tarimbados, dedicados e talentosos torturadores a serviço da ditadura militar brasileira, de acordo com a Comissão Nacional da Verdade e com a Dona Odete, vizinha da casa da esquerda, que jamais mente e tem uma filha que é uma beleza. O demente senhor não dizia coisa com coisa. Mesmo assim, só paramos o papo surreal quando a funcionária da casa arrancou o ex-arrancador de unhas da calçada, resmungando que era preciso trocar a sua fralda antes de colocar o feijão pra cozinhar (o miserável achou que ela tinha dito “farda” e sorriu todo cagado). Ora, não há demérito algum em caçoar dos canalhas.
Eu reconheço: dirigia pela pista da esquerda numa velocidade irritante, é verdade, como se não houvesse amanhã, como se não houvesse buzinas, compromissos, contas a pagar, xingamentos a serem gritados. Nenhum comportamento hostil, contudo, mitigaria o meu surpreendente, sumido bom humor. Estacionei num parque, desci do carro e me ocupei — nessa ordem — às seguintes tarefas insignificantes:
Catei lixo por onde andei (uma senhora me ofereceu a ritalina que a filha tomava). Tirei a camisa e me deitei no gramado (alguém discou pro 190). Eu disse “bom dia” para toda criatura que cruzou por mim naquela tarde (um sujeito cismou que eu era gay). Elogiei o policial da esquina (quase fui preso por vadiagem e desacato à autoridade). Declamei um poema do Drummond para operários da prefeitura que furavam uma vala no asfalto (ofereceram-me suas pedras do caminho). Visitei um mestre, um velho professor de medicina aposentado (ele não se lembrou de mim). Telefonei para uma ex-namorada dos tempos da faculdade (“Lamento informar, senhor, mas ela morreu”). Fui ao velório de um estranho (gamei na carpideira com um visgo familiar). Paguei lanche para uma trupe de moradores de rua (ofereceram-me uma vaga sob a marquise). Salvei um suicida no elevado (bateu-me a carteira). Respirei fundo e pulei (fui acordado do sonho por um bem-te-vi que cantava na janela).
Eberth Vêncio é escritor e médico.

Leitores e colaboradores apontam os poemas mais significativos do poeta matro-grossense

Nova editora goiana pretende resgatar autores esquecidos e subestimados pelo mercado editorial
Graça Taguti Especial para o Jornal Opção Imagine-se em um supermercado absolutamente vazio, porém com as prateleiras abarrotadas de produtos de diversas categorias. Nesta cena, apenas você desfila pelos corredores, deixando no ar a reverberação dos seus sapatos de couro. Aquele ruído, dentre tantos outros, que gostamos de ouvir num filme, enquanto devoramos pipocas no cinema. Já pensou nisso? Exercite suas fantasias então. Pense agora num filme sem barulhos, trilhas sonoras e outros fascinantes malabarismos das mixagens de áudio. Você estará assistindo a uma história agonizante, quase morta, que não nos toca, nem emociona de modo algum. Exatamente como comer pastel de feira sem caldo de cana. Feijoada sem Caipirinha. Churrasco sem cerveja. Não dá para encarar. Continuando nosso passeio pelo mundo das reflexões, voltemos ao supermercado abandonado. E se não entrar mais ninguém, além de você, nele? Primeiramente, inúmeros itens perderão seu prazo de validade. No açougue e na peixaria as carnes e frutos do mar apodrecerão. Na seção de frios, a mesma coisa. O estabelecimento, embora seja o único do gênero no seu bairro, fechará as portas. Irá à falência. Situação intrigante. O que estará ocasionando a súbita paralisia do consumo? Afinal, antes de tudo, as pessoas precisam comprar itens de primeira necessidade para sobreviver, sublinhará você em voz alta, com um misto de espanto e indignação. Neste momento, faremos nova visita a outro supermercado simbólico, situado em duas regiões. Em nossa cabeça e corações. Assim, por hipótese, substituiremos os produtos nas prateleiras por sentimentos. Imagine que a cena anterior de que participamos juntos, se repita. Se os sentimentos permanecerem sem ser requisitados por ninguém, ficarão cobertos de poeira, tristeza e esquecimento. Como se fossem espantalhos, afugentando a plena e vigorosa expressão emocional decorrente de seu uso. Sentimento não é livro para figurar em estantes. Nem se assemelha a taças de cristal francês. Tampouco imita porta retratos — para preencher de sorrisos as prateleiras da estante do seu quarto. Sentimento também não é comida congelada para penar em frigoríficos ou mesmo no seu freezer. Sentimento é como uma pessoa. Precisa de exercícios, ar puro, sol a pino. Abraçar árvores, beijar a luz. Senão ganha peso, obesidade mórbida, pressão alta, diabetes e que tais, provenientes do sedentarismo e da inércia. Se o amor, por exemplo, não for detectado nem manifesto, incha dentro da gente e depois explode de solidão. Se a alegria não encontrar janelas para se exibir, uma fresta que seja para acenar aos transeuntes. Como o vizinho doente do apartamento em frente. O gatinho frajola que adora se exibir no parapeito contíguo ao seu apartamento. Enfim, se você estiver impedido de se expressar pelas agruras de um coração de ferro — que assalta seu peito de vez em quando — acabará definhando como uma vela que se apaga. Minguando como lua cinza sem consolo no abandono infinito dos céus. É aquela velha história. Muita gente existe. Entretanto não vive. Locomove-se pelo cotidiano feito um autômato. Indivíduos de lata, vazios. A tal da felicidade virou palavra estrangeira. Língua medieval, sem tradução disponível na contemporaneidade. Sentimento saudável é tudo. Acorda cedo, se espreguiça, cumprimenta os demais com quem compartilha espaços. Tenta conversar com a raiva, que dá um soco no ódio, que vira instinto assassino. Não é à toa que sentimento que insiste em manter a boca fechada, alienado de si mesmo, aprisionado na própria e assustada alma se desintegra. Esvai-se, no meio de tantas experiências importantes pelas quais você costumeiramente passa. Sentimento amordaçado despede-se das suas emoções mais tenras, pela inconsciência do que o comove no intenso fluxo das artérias imiscuídas na sua rotina. O término dessa história já conseguimos deduzir. Sentimento asfixiado vira coágulo, destruição, secura, maldade e vingança. Pelo fato de deixar escapar as cores da vida, acaba sofrendo um enfarto fulminante. Mas fique tranquilo. Isso só acontece com quem já morreu e não sabe. O que não é o nosso caso, felizmente. Graça Taguti é escritora e jornalista. via Revista Bula

“Moenda de Silêncios: Encontros & Desencantos na Metrópole”, de Ronaldo Cagiano e Whisner Fraga, relata os desafios que dois personagens oriundos do interior de Minas Gerais enfrentam na cidade de São Paulo em seus verdes anos

Em sua decisão, a desembargadora Maria de Fátima Freitas Labarrère, de Porto Alegre disse que as prisões não são ilegais

Segundo os procuradores, parte dos desvios de recursos públicos eram repassados a partidos políticos por meio do doleiro Alberto Yousseff

Durante a passeata, ovos foram arremessados de apartamentos

[caption id="attachment_20877" align="alignright" width="620"] Altair Sales: entrevista oportuna | Foto: Edilson Pelikano[/caption]
Klaus Volkmann
Bem oportuna, a entrevista de Altair Sales Barbosa [“O Cerrado está extinto e isso leva ao fim dos rios e dos reservatórios de água”, Jornal Opção 2048]. Só falha em esquecer-se de deixar claro que todos nós temos participação direta na destruição do planeta e não só os grandes bancos e políticos “malvados”. Nós também não estamos nem aí, gostamos de reclamar para aliviar nossa consciência e seguimos atacando quem sugere vivermos de uma forma mais simples em uma relação mais direta e respeitosa com a natureza. Veganismo é uma solução tão simples quanto a bicicleta; é muito mais saudável, pode ser mais gostoso, não escraviza os animais, nos leva a comer mais orgânicos, usa muitíssimo menos terra e muitíssimo menos água. Mas carro é mais confortável. Dá para entender, não é? Já é hora de parar de reclamar: é hora de agir, pararmos de patrocinar coisas ruins e começarmos a patrocinar coisas boas. Ao invés de jogar pedras nos outros, vamos usar estas pedras para fazer as fundações de uma casa de barro. Vou recolhendo as minhas. Mas devo estar errado, pois a maior parte das pessoas não pensa assim.
E-mail: [email protected]
“Faço minha parte para sensibilizar as pessoas sobre o Cerrado”
Eliseu Caetano Infelizmente a consciência de muitos ainda não se voltou para a destruição do meio ambiente, especialmente em relação ao Cerrado. Hoje sei o quanto é importante esse ecossistema. Curso a turma de Controle Ambiental no Senac de Itumbiara e pretendo me especializar nessa área. Quanto mais pessoas se sensibilizarem com essa questão, melhor; eu faço minha parte em falar cada vez mais sobre esse caso. E-mail: [email protected]“Entrevista excelente, embora a realidade seja desesperadora”
Marcos Antonio Eu diria que a entrevista com o professor Altair Sales foi excelente, muito embora a realidade que ela nos passa seja desesperadora quanto à destruição de nosso meio ambiente. Parabéns ao professor e parabéns ao Jornal Opção pela abordagem. E-mail: [email protected]“Biomas extintos pela ganância”
Joao Batista Assis Os biomas naturais estão sendo extintos e tudo por conta de empresários gananciosos. E-mail: [email protected]“A culpa foi de JK”
Geraldo Lins Boa parte da destruição do Cerrado se deve à construção de Brasília — Juscelino Kubitschek e aquela ideia esdrúxula de “levar desenvolvimento para o Brasil Central”. Ora, a única coisa que esse estúpido fez foi levar o governo para longe do povo, e trazer a maldição do progresso para locais paradisíacos. Se não houvesse Brasília, haveria um Centro-Oeste menos ocupado por essas pragas do agronegócio. E-mail: [email protected]“Intersecção rara nos pensadores atuais”
Alexandre Boratto A intersecção entre ciência e filosofia que o professor Altair Sales Barbosa faz é rara nos pensadores atuais. E-mail: [email protected]“Estamos mergulhados em um discurso de valorização do medíocre”
Valdienei Soares O texto “Realidade paralela criada pela universidade alimenta conflito social”, de José Maria e Silva (Jornal Opção 2046) foi muito bom em capturar o espírito de nosso tempo, que já foi caracterizado como a “Era da Mediocridade”. Estamos mergulhados em um discurso de massa, de valorização do medíocre, em nome de uma igualdade fantasiosa que não existe nem no céu nem no inferno. Os esquerdistas tentaram criar o paraíso na terra e só conseguiram criar um sistema político e econômico fracassado, que gerou um terror nunca antes visto na terra, nem sequer na Revolução Francesa, outra obra de intelectuais ressentidos. Os intelectuais de esquerda exercem uma atividade nefasta para o Ocidente, que eles querem destruir, pois o Ocidente triunfou com sua democracia e suas ideias de liberdade, individualismo e eficiência econômica sobre a barbárie despótica de sua sociedade igualitária, que conseguiu apenas socializar a miséria. Ressentidos com seu ideal utópico enviado para a lata de lixo da história, eles ainda não desistiram de destruir nossa sociedade e cultura. Infelizmente conseguiram alcançar o poder no Brasil e só sairão dele depois de arrastar o País para a desgraça política, social e econômica da qual Cuba é o modelo, com seus salários de 20 dólares por mês. Quando vejo a presidente dizer que o PT fará o diabo para manter o poder, é bom nos lembrarmos do que disse Hermann Goering quando seu partido, o Nacional Socialismo (Nazi), alcançou o poder na Alemanha: “daqui só saímos à bala”. Os socialistas não são contra a ditadura, eles são contra a ditadura dos outros. Nietzsche era um gênio como pensador e alguns o consideram o último grande filósofo da tradição ocidental. Sua percepção dos objetivos do socialismo foi perfeita, como se ele estivesse analisando-o após sua derrocada na década de 90. O coletivismo se tornou o objetivo da vez, ainda mais quando se tem um partido populista no poder. Imagine se nosso gosto artístico se pautar pelo gosto das massas, com sua opção pelo “kitsch”. Eis o que Nietzsche disse, com grande acuidade sobre o nefasto embrião de socialismo de sua época: “O socialismo é o visionário irmão mais novo do quase extinto despotismo, do qual quer ser herdeiro; seus esforços, portanto, são reacionários no sentido mais profundo. Pois ele deseja uma plenitude de poder estatal como até hoje somente o despotismo teve, e até mesmo supera o que houve no passado, por aspirar ao aniquilamento formal do indivíduo, o qual ele vê como um luxo injustificado da natureza, que deve aprimorar e transformar num pertinente órgão da comunidade. Devido à afinidade, o socialismo sempre aparece na vizinhança de toda excessiva manifestação de poder, como o velho, típico socialista Platão na corte do tirano da Sicília; ele deseja (e em algumas circunstâncias promove) o cesáreo Estado despótico neste século [séc. XIX], porque, como disse, gostaria de vir a ser seu herdeiro. Mas mesmo essa herança não bastaria para os seus objetivos, ele precisa da mais servil submissão de todos os cidadãos ao Estado absoluto, como nunca houve igual; e, já não podendo contar nem mesmo com a antiga piedade religiosa ante o Estado, tendo, queira ou não, que trabalhar incessantemente para a eliminação deste – pois não pode ter esperança de existir a não ser por curtos períodos, aqui e ali, mediante o terrorismo extremo. Por isso ele se prepara secretamente para governos de terror, e empurra a palavra ‘justiça’ como um prego na cabeça das massas semicultas, para despojá-las totalmente de sua compreensão (depois que esta já sofreu muito com a semi-educação) e criar nelas uma boa consciência para o jogo perverso que deverão jogar. O socialismo pode servir para ensinar, de modo brutal e enérgico, o perigo que há em todo acúmulo de poder estatal, e assim instalar desconfiança do próprio Estado. Quando sua voz áspera se juntar ao grito de guerra que diz o máximo de Estado possível, este soa, inicialmente, mais ruidoso do que nunca: mas logo também se ouve, com força tanto maior, o grito contrário que diz: o mínimo de Estado possível.” [Nietzsche em “Humano, Demasiado Humano”] E-mail: [email protected]“Conselhos populares não são o que se diz deles”
Jonas Carvalho Achei o texto “Conselhos populares surgem como meio de estar no poder mesmo sem a reeleição” (Jornal Opção 2032) tendencioso demais. Primeiramente, porque não há controle midiático. Não é à toa que existem milhares de sites, revistas (vide a “Veja) e TVs de direita que criticam o governo vigente. Em segundo lugar, porque os conselhos populares não criariam ministérios. Em terceiro, porque o governo não tem nenhuma participação nos conselhos. Por último: o governo não seria obrigado a tomar as decisões aprovadas no conselho. E-mail: [email protected]“Tarso Genro não poderia ser nomeado ao STF por Dilma”
Edilberto Dias É totalmente descabida a nota “Supremo Tribunal Federal pode se tornar segundo “ministério” da presidente Dilma Rousseff” (Jornal Opção 2052), a respeito de Tarso Genro (PT). Em que pese o governador do Rio Grande do Sul possuir notório saber jurídico, o mesmo não pode ser nomeado pela presidenta Dilma Rousseff por conta da idade. Tarso tem 67 anos e só podem ser escolhidos ministros com até 65 anos de idade. Edilberto Dias é controlador-geral do município de Goiânia. E-mail: [email protected]“Um Estado enxuto caminha melhor”
Alberto Nery Sobre a reforma administrativa do governo, espero que, com a diminuição do Estado, possamos ter um serviço de melhor qualidade. Um Estado enxuto caminha melhor. A coligação de Marconi Perillo (PSDB) era muito grande e, com certeza, em apenas dez secretarias fica difícil acomodar tantos partidos. Vamos esperar para ver. E-mail: [email protected]“Celg precisa rever suas medidas de segurança”
Otavio Manei A nota “Ronaldo Caiado afirma que instalação de linha de transmissão na região Sudoeste da capital vai prejudicar 20 mil goianienses” (Jornal Opção Online) expõe um excelente argumento do senador eleito pelo DEM, fazendo jus aos direitos básicos do cidadão brasileiro. Pelo exposto em relação a Celg, a mesma deve rever as medidas de segurança e absorver o fato como exemplo, para que, na próxima vez, pensem em primeiro lugar na saúde e no bem-estar das comunidades que serão envolvidas. Por fim, parabéns aos moradores e as todos os que estão na linha de frente do movimento, fazendo valer os princípios básicos da saúde, dignidade da pessoa humana, entre outros. E-mail: [email protected]“O crime está fora de controle no Brasil”
Charles de Aquino Estou em Londres e até aqui eu ouvi falar sobre o caso da morte de um jovem em Inhumas sob suspeita de homofobia. Infelizmente o crime no Brasil está fora de controle. Não só em relação aos homossexuais, mas em geral. Sinto muito por todos esses cidadãos brasileiros que perderam suas vidas de forma cruel e tiveram seus direitos humanos violados pelo um sentimento de ódio. E-mail: [email protected]“Os ignorantes precisam conhecer melhor seu País”
György Lajos Sobre a polêmica envolvendo o comentário de Diogo Mainardi sobre os nordestinos, vi um festival de opiniões preconceituosas. Algo que chega a ser asqueroso. Sou catarinense, moro no Rio Grande do Sul e não tenho nada contra os nordestinos . E digo mais: já visitei a região várias vezes . É um lugar lindo, de gente maravilhosa, espirituosa, hospitaleira e honesta, muito ao contrário de grande parte da mentalidade colonialista e materialista europeia que vive aqui no Sul. Grande parte dela, diga-se, afogada num mar de ignorância de dar dó. No Nordeste, ao contrário do que alguns ignorantes pensam, o nível de desenvolvimento da região é visível, sem contar o desenvolvimento humano e nível de instrução do povo. Os ignorantes e preconceituosos precisam conhecer melhor seu próprio País. E-mail: [email protected]“Fala de Mainardi não é questão de Estado”
João Paulo Silveira Definitivamente, a declaração do jornalista Diogo Mainardi não é uma questão de Estado, sobretudo pela pusilanimidade da reflexão política desse sujeito. E-mail: [email protected] [caption id="attachment_20879" align="alignright" width="300"]
“Cem anos para o jornal recompor suas perdas”
Rogério Lucas Como tem dito o jornalista Euler de França Belém, “O Popular” a cada dia está perdendo seus melhores repórteres. Então, leio a nota “A repórter Maria José Silva (Zezé) deixa a redação de O Popular”. O talento é inato. Mas a experiência é o que consolida os melhores, dá brilho às qualidades de caráter e ressalta a forma do conhecimento acumulado. Maria José Silva (foto) tinha 25 anos de casa. Levarão cem anos para o jornal se recompor. Rogério Lucas é jornalista. E-mail: [email protected]
O G20 apela as demais nações a contribuírem financeiramente e com o envio de profissionais de saúde, remédios e equipamentos médicos

A ex-primeira-dama escreve que PC Farias pode ter enviado cerca de 400 milhões de dólares para o exterior, afirma que Fernando Collor queria movimentar a conta de PC Farias com 60 milhões de dólares de sobras de campanha e revela o nome do suíço Gerard