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Na edição de 7 de agosto, de maneira surpreendente, “O Globo” brindou seus leitores com o editorial “Manipulação do Congresso ultrapassa limites”. Trata-se muito mais de uma defesa da estabilidade institucional do que de uma defesa do governo da presidente Dilma Rousseff. Há acerto e pelo menos um problema. Não se pode dizer que o PSDB é “inconsequente” porque critica o governo da presidente Dilma Rousseff e os malfeitos dos governos do PT. Pelo contrário, a função da oposição é apresentar críticas, de preferência consistentes. O editorial é mais preciso quando anota: “Mesmo o mas ingênuo baixo-clero entende que o presidente da Câmara [dos Deputados], Eduardo Cunha (PMDB-RJ), age de forma assumida como oposição ao governo Dilma na tentativa de demonstrar força para escapar de ser denunciado ao Supremo, condenado e perder o mandato, por envolvimento em traficâncias financeiras desvendadas pela Lava Jato. Daí, trabalhar pela aprovação de ‘pautas-bomba’, destinadas a explodir o Orçamento e, em consequência, queira ou não, desestabilizar de vez a própria economia brasileira”. Ressalte-se que, até pouco tempo, jornais e revistas, apostando na tese do “inimigo do meu inimigo é meu amigo”, percebiam Eduardo Cunha como o suprassumo do político arrojado e eficiente.

O “Pop” informa, na reportagem “Shoppings entendem que não precisam cumprir lei”, que os centros de compras não querem fornecer vagas gratuitas. A matéria é tão caótica que o leitor não é informado para quem as vagas gratuitas seriam destinadas. O título não corresponde com precisão ao teor do texto. Pois os diretores dos shoppings, pelo menos de dois deles, não disseram que não querem cumprir a lei. O que “as direções do Goiânia [Shopping] e Araguaia Shopping dizem” é “que vão aguardar a regulamentação da lei pela Prefeitura” de Goiânia. O trecho entre aspas é da reportagem. Outros shoppings, como o Portal e o Flamboyant, “não se manifestaram”. A qualidade do texto é discutível. No lugar de “shoppings centers”, a grafia correta é “shopping centers”, com plural apenas na segunda palavra. Usa-se aspas de maneira equivocada: procurador-geral do Município, Carlos de Freitas limitou-se a dizer que “ainda não conversou sobre o tema com o prefeito.” O ponto deveria ser posto depois das aspas: “... com o prefeito”. Outro trecho reafirma o samba do crioulo doido: “Ao ser publicada no Diário [Oficial do Município], a lei entra automaticamente no sistema jurídico da Prefeitura, o que a confere eficácia”. É quase inacreditável que nenhum editor tenha reparado na frase confusa. O samba do crioulo doido reaparece na reportagem “Filho de ex-deputado diz não saber como conseguiu dois cargos públicos”. Confira: “Chamou a atenção dos investigadores a contratação, em especial do filho do ex-deputado [Sebastião Costa], o cantor sertanejo Matheus Freire Carvalho Costa, de 24 anos, e de sua mulher, pública Claudiane Freire Carvalho Costa, de 45”. O jornal quis dizer “funcionária pública”, mas não disse. E há problema com uma vírgula mal colocada, depois de “contratação”, o que trunca o texto. O escritor tcheco Kafka diria: “Socorro, os editores sumiram!”

Ex-petista Tayrone di Martino estaria na lista dos possíveis novos tucanos

Anne Applebaum, Simon Sebag Montefiore e Robert Service devem muito às publicações pioneiras do historiador britânico

Aos 62 anos, Bruna Lombardi publicou na internet uma fotografia mostrando sua boa forma física. Os elogios suplantaram as críticas. A maioria disse que está bonita — e, de fato, está linda. Outros, poucos, criticaram o fato de a atriz e poeta exibir fotografia na qual aparece, como dizem agora, “sensualizando”.
Parece que, para parte dos brasileiros, inclusive para intelectuais, o corpo (a nudez) é um problema... a ser escondido. E, se a pessoa não é mais jovem, mostrá-lo sugere quase um crime. O belo corpo de Bruna Lombardi — sempre potencializado por seu belíssimo rosto — na verdade não deveria incomodar. Porque o belo é nobre.

Jarbas Rodrigues Jr., da coluna “Giro”, de “O Popular”, deu o furo da filiação do vice-governador de Goiás, José Eliton, ao PSDB. Mas o texto é caótico. “[Ciro] Nogueira não tem feito obstáculo à filiação de Eliton no PSDB”, anota o jornalista. Machado de Assis revirou-se no túmulo, mas, alertado por Simão Bacamarte, guardou o chicote. O editor da coluna diz que o nome do senador do DEM, que deve se filiar ao PP, é Wilder “Moraes”, com “e”, quando a certidão de nascimento registra “Morais”, com “i”.
O historiador britânico Richard Evans é autor da melhor história geral do nazismo, explicitando suas raízes e chegando à decadência, em 1945. São três volumes massudos. Chega agora às livrarias brasileiras um livro excepcional, do historiador britânico Antony Beevor: “A Segunda Guerra Mundial” (Record, 952 páginas, tradução de Cristina Cavalcanti). Num único volume.
Trata-se de um livro detalhado, com interpretações originais. Ao contrário de outros pesquisadores, Antony Beevor sugere que a Segunda Guerra Mundial não começou em setembro de 1939, com a invasão da Polônia pelas tropas do nazista Adolf Hitler, e sim, um pouco antes, com a guerra entre Japão e China. Porém, mesmo resssaltando este aspecto, o pesquisador faz uma exposição notável da batalha na Europa.
Antony Beevor revela histórias pouco examinadas por outros pesquisadores, como o fato de que militares japoneses canibalizaram soldados dos Estados Unidos e de outros países.
O escritor americano Richard Ford é tão bom quanto John Updike e Philip Roth, embora menos celebrado. Alguns de seus livros, como “Independência”, foram publicados no Brasil, sem muito alarde. Os críticos às vezes o apresentam como um dos herdeiros de William Faulkner. Tem a ver? Não muito. Aqui e ali, mas não no todo, fica-se com a impressão de que o Faulkner que reverbera na prosa de Richard Ford é o da chamada trilogia Snopes — romances apontados como “menores” mas muito interessantes como radiografia da ascensão de um homem. Trata-se de uma espécie de romance de formação, digamos, maligno. A Editora Estação Liberdade lança o romance “Canadá” (456 páginas, tradução de Mauro Pinheiro). É uma tragédia sobre a família do personagem Dell Parsons.
Jornalistas de “O Popular” e do “Diário da Manhã” ainda não entenderam que, com a internet, não se escreve tão-somente para os goianos. Eles escrevem: “O vice-governador José Eliton” e “o governador Marconi Perillo” — e não “o vice-governador de Goiás, José Eliton” e “o governador de Goiás, Marconi Perillo”. A internet pôs a aldeia no universo, portanto os políticos, como outras pessoas, precisam ser nominados com mais precisão.

Leitores contam que algumas pessoas estão ligando para suas casas e praticamente implorando para que assinem “O Popular”.
Pouso do vice-governador no ninho tucano é parte da engrenagem eleitoral que está sendo preparada para sucessão estadual

“O Popular” deveria instituir a página “Correção da correção”. Na edição de quinta-feira, 13, um jornalista escreveu: “Ao contrário do que foi publicado na edição de ontem do ‘Popular’ ontem”. O profissional gosta da palavra “ontem”.

Como o governador Marconi Perillo, do PSDB, ainda é jovem — tem 52 anos —, é muito difícil falar em herdeiros políticos. Porém, como o próprio tucano-chefe está preocupado com sua sucessão, reformatando seu grupo político, o Jornal Opção elaborou uma lista com os nomes de alguns políticos que despontaram ou estão despontando.
A lista:
José Eliton — PP, mas a caminho do PSDB. O vice-governador deve assumir o governo em abril de 2018 e, como consequência, deve disputar a reeleição. Ele desponta no topo da lista.
Thiago Peixoto — O deputado federal-secretário é a grande revelação política e técnica que o PMDB entregou de mão beijada para a base do governador Marconi Perillo. É filiado ao PSD. Tem chance de disputar o governo entre 2018, 2022 e 2026.
Giuseppe Vecci — Ao lado de Thiago Peixoto, Raquel Teixeira e Ana Carla Abrão, o deputado federal é um dos principais quadros técnicos forjados pelo tucanato. É cotado para disputar a Prefeitura de Goiânia e o governo do Estado. Vai se preparar, daqui pra frente, para ocupar um cargo executivo. Do PSDB.
Jayme Rincón — Executivo de primeira linha, tem o pique do governador Marconi Perillo, por isso se identificam tanto. Deve ser candidato a prefeito de Goiânia. Sua imagem de gestor eficiente, de técnico que arranca as ideias do papel e transforma-as em obras, está cristalizada. Mas não é mero técnico. Sabe articular politicamente e com rara habilidade. Do PSDB.
Fábio Sousa — Há quem aposte que se trata de um político de “gueto” e que, por isso, sempre terá dificuldade para se eleger para um cargo executivo. Pode até ser. Mas foi eleito muito bem votado tanto para deputado estadual quanto para deputado federal. Articula com facilidade e é eficiente. Seu trabalho na Câmara dos Deputados é reconhecida pelos colegas. Do PSDB.
Alexandre Baldy — Seu excesso de impetuosidade às vezes o coloca em rota de colisão com o governador Marconi Perillo. Mas o mundo é mesmo dos ousados. Deputado federal, deve ser candidto a prefeito de Anápolis. Adiante, planeja disputar o governo do Estado. Do PSDB.
Virmondes Cruvinel — É uma espécie de garoto de ouro do PSD do ex-deputado Vilmar Rocha. É articulado, tem conteúdo e está se preparando para, numa eventualidade, gerir a Prefeitura de Goiânia. Pode ser candidato a prefeito em 2016 ou ser vice de Jayme Rincón.
Issy Quinan — Trata-se de um garoto de 37 anos, prefeito de Vianópolis. Ainda é desconhecido, mas é articulado e planeja ocupar mais espaço na política regional. É do PP.
Lucas Calil — O jovem deputado estadual do PSL ainda não tem experiência. Mas está buscando ocupar espaço e é atuante na sociedade. Pode surpreender.
Lissauer Vieira — O deputado que representa Rio Verde tem 34 anos, mas é maduro e articulado. Para crescer em termos estaduais, não pode, porém, ficar circunscrito à região Sudoeste. É do PSD.
Waldir Soares — PSDB. Falem mal ou bem, podem dizer que não tem consistência. Mas uma coisa é certa: tem votos. Resta saber se os eleitores que o apoiam para o Parlamento estariam dispostos a bancá-lo para o Executivo.
Diego Sorgatto — O deputado tem apenas um quarto de século de idade. É quase um menino. Mas é hábil politicamente e, por ser muito novo, é possível que, se não se perder nos desvãos da política, terá futuro positivo. É do PSD.
Francisco Vale Júnior — Sua fala é modorrenta, parece padres antigos falando. Mas, quando se escuta o que fala com atenção, percebe-se que se trata de um político articulado. Assim como Fábio Sousa, não pode circunscrever-se a “guetos”, no caso, os carismáticos da Igreja Católica. É fato que já articula mais com outros setores da sociedade. Do PSD.
Henrique Tibúrcio — Secretário do Governo, o ex-presidente da OAB-GO não tem experiência política, mas tem uma capacidade de aprender rápido, é articulado e, sobretudo, tem a simpatia pessoal de Marconi Perillo. É do PSDB.
Heuler Cruvinel — Deputado federal pelo PSD, deve disputar a Prefeitura de Rio Verde. Tem futuro na política estadual? Só o tempo dirá. Mas tem capacidade de articulação.
Rodrigo Zani — O garoto pretende disputar a Prefeitura de Nerópolis. Se ganhar, deve ser candidato a deputado estadual. É uma promessa do PSDB.
Alguns dos citados não devem se firmar na política e passarão, como os passarinhos. Mas alguns certamente terão futuro garantido. Quais, exatamente, ninguém sabe, pois o futuro nem a Deus pertence. E, claro, outros nomes poderão surgir. A vida é sempre rica em surpresas.
Pode um herdeiro do tucano surgir em outro partido que não seja da base governista? É possível. O deputado federal Daniel Vilela (PMDB), por exemplo, é um dos nomes. Observe-se que, ainda que por vias indiretas, Marconi Perillo é uma espécie de herdeiro de Iris Rezende.

Cineasta diz que público está menos receptivo a filmes reflexivos, e lembra de Cristiano Araújo. "Nunca tinha ouvido falar e umas 50 mil pessoas foram ao enterro do cara"

[caption id="attachment_42878" align="aligncenter" width="620"] Sandro Mabel, Lucas Vergílio e Adriana Accorsi: PMDB, SD e PT para vice de Iris | Fotos: reprodução / Facebook[/caption]
Cinco nomes estão praticamente postos para figurar como vice na chapa de Iris Rezende na disputa pela Prefeitura de Goiânia, em 2016. No caso de composição com o PT, o nome preferido é o daquela que o peemedebista chama de “a menina Accorsi”, quer dizer, a deputada estadual Adriana Accorsi, popularíssima na capital.
No caso de chapa pura, o predileto é o ex-deputado federal Sandro Mabel, conhecido nos bastidores do PMDB como o “Homem-Grana” e “o homem de 1 bilhão de reais”. Por mais que diga que quer aprender inglês e aperfeiçoar seus dotes culinários, Mabel quer mesmo é ser candidato a vice de Iris.
Por fora, correm com menos força, mas com a simpatia de Iris Rezende, o vice-prefeito da capital, Agenor Mariano (PMDB), o deputado federal Lucas Vergílio, do Solidariedade, e o Major Araújo. O menos disposto a ser vice é Lucas Vergílio, que está mais interessado em ficar em Brasília.