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[caption id="attachment_43460" align="aligncenter" width="620"] Miguel de Cervantes: o gênio espanhol morreu há 400 anos[/caption]
Um dos autores mais lembrados da Literatura Mundial é Miguel de Cervantes Saavedra (1547-1616) que nos deixou o “El ingenioso Hidalgo Don Quijote de la Mancha”. Na maioria dos países a obra é conhecida com o simples título “Dom Quixote”, leitura obrigatória para todos aqueles que se interessam pela literatura dos grandes clássicos espanhóis e um dos mais significantes livros da literatura mundial.
“Dom Quixote” é obra não só rica em narrações de aventuras fictícias de um cavaleiro medieval; é rica também em personagens. Além das duas figuras principais, o próprio Dom Quixote e o seu escudeiro Sancho Pança, algo ao redor de outras 650 figuras aparecem ao longo do enredo. Não tencionamos discorrer sobre o conteúdo, nem fornecer um resumo, tampouco nos interessam as centenas de personagens. Interessa o autor cuja vida igualmente rica em aventuras, no entanto não fictícias, decorreu, muitas vezes, beirando a tragédia.
Miguel de Cervantes foi o quarto filho, entre sete, de uma família pobre da nobreza de Alcalá de Henares, lugarejo próximo à Madrid, mas na época já um centro universitário. O pai, Rodrigo de Cervantes, médico cirurgião, tornou-se mais conhecido por seus insucessos; sobre a mãe, Leonor de Cortinas, pouco se sabe.
Após estudos preliminares, o jovem Cervantes estudou Teologia nas Universidades de Salamanca e de Madrid. Aprofundou seus estudos com Juan López de Hoyos, um dos grandes humanista e eruditos da época. Em 1569, com 22 anos, indiciado pela justiça espanhola, fugiu para Roma onde foi camareiro do cardeal Giulio Acquaviva. No mesmo ano ingressou na Marinha do rei da Espanha em Nápoles e, em 7 de outubro de 1571, participou da Batalha de Lepanto, no Golfo de Patras, no Mar Jônico (hoje Grécia), sob o comando de Don Juan da Áustria que venceu os turcos. Cervantes foi ferido por três projéteis: dois no peito e um na mão esquerda que ficou deformada para o resto de sua vida, razão pela qual recebeu o apelido de “El Manco do Lepanto”.
Em 1575, ainda na Marinha Espanhola, Cervantes foi aprisionado por piratas turcos da Argélia e levado como escravo para Argel (na época parte do Império Otomano) onde permaneceu cinco anos em mãos e a serviço de Hassan Pacha, rei de Argel, que o tinha comprado.
Após quatro tentativas de fuga, Cervantes foi libertado e levado à Espanha graças a uma fiança paga pela Ordem da Santíssima Trindade para a Redenção dos Cativos, fundada em fins so século 12, em Cerfroid, nas imediações de Paris. Entre 1580 e 1582 novamente na Marinha Espanhola, participou em ações militares contra Portugal e os Açores.
A primeira obra publicada por Cervantes foi “Los Tratos de Argel”, uma peça teatral, que não teve sucesso na qual abordou suas vivências durante o cativeiro naquela cidade. Endividado, dedicou-se a literatura na esperança de resolver seus problemas pecuniários.
Em 1584 surgiu seu primeiro romance “La primera parte de la Galatea”que, já em 1588, foi traduzido para o alemão. No mesmo ano casou com Catalina de Salazar y Palacios, bem mais jovem do que ele, com a qual não teve filhos. Ao mesmo tempo Cervantes teve um relacionamento com Ana Franco de Rojas, uma artista teatral, com a qual teve uma filha ilegítima, Isabel de Saavedra. O casamento com Catalina durou apenas dois anos. Separou-se dela em 1590.
No mesmo ano, seguindo sua sua vida aventuresca, Miguel de Cervantes candidatou-se ao cargo de governador da Província de Soconusco que corresponde hoje, mais ou menos, à Província de Chiapas, no México, que ficara vacante. Seu pedido foi revogado por Felipe II e, em consequência, Cervantes permaneceu na Marinha como “Comissário de Abastecimento”. Em virtude de uso ilícito de verbas públicas, Cervantes foi condenado à prisão em Sevilha em 1597/98. Aparentemente houve outro período de prisão, não totalmente confirmado, em 1602.
Cervantes começou a redigir o seu “El ingenioso Hidalgo Don Quijote de la Mancha” durante a prisão em Sevilha. A primeira parte foi publicada em 1605; a segunda, dez anos depois, em 1615. Um cronista da época, comentou-o: “É um livro que as crianças folheiam; os jovens o leem; os adultos o entendem e os idosos o elogiam”.
Nesse entremeio Cervantes publicou “Novelas ejemplares” que, na época, em seguida, também foi traduzido para o alemão e ao francês. Em 1617 Cervantes publicou seu romance “Los trabajos de Persiles y Sigismundo”.
Otto Maria Carpeaux deixou-nos um pequeno mas excelente texto com o título “Cervantes e o Dom Quixote”, publicado numa edição do “Dom Quixote” do Círculo do Livro (sem data) de São Paulo. Carpeaux explica por que a obra é tão importante: “Antes, só havia romances em versos, de grande interesse histórico, mas hoje tão ilegíveis como os romances de cavalaria cuja fama o próprio Cervantes erradicou. O Dom Quixote é propriamente o primeiro romance, em prosa, que continua lido até hoje. Sua influência é evidente em obras tão diferentes como Tom Jones de Fielding, Almas Mortas de Gógol, de Dickens, de Balzac e de Flaubert, no Idiota de Dostoiévski, até no Ulysses de Joyce. É o romance dos romances”.
Miguel de Cervantes tornou-se famoso com o seu “Dom Quixote” mas é quase totalmente desconhecido que Cervantes, além do “Dom Quixote”, é autor de mais de 40 outras obras. Certo é que o “Dom Quixote” trouxe-lhe fama e algum dinheiro que, infelizmente, acabou perdendo. Cervantes morreu pobre em 23 de abril de 1616 em Madrid. Morreu tão pobre que a Ordem das Monjas Descalças da Santíssima Trindade, a parte feminina da mesma ordem que o resgatara do cativeiro em Argel, apiedou-se em enterrá-lo em seu mosteiro em Madrid. Um cronista da época assim o definiu: “Viejo, soldado, gentilhombre y pobre”.
Desde a morte de Cervantes já passaram 398 anos e, até hoje, os restos mortais nunca foram encontrados. Em quatro séculos o Mosteiro das Monjas Descalças passou por inúmeras reformas com a consequência de que seu sepulcro perdeu-se na penumbra da História mas o seu “Dom Quixote” continua vivo.
Em 2013 a municipalidade de Madrid bem como o governo regional liberaram uma verba para a procura dos restos mortais do grande clássico espanhol nas áreas internas e externas do mosteiro. Geólogos, cientistas e historiadores espanhóis puseram-se ao trabalho. Em fins de 2014, após escavarem nos subterrâneos do Mosteiro das Monjas Descalças encontraram restos de madeira de vários sarcófagos um dos quais trazia as iniciais “M.C”.
O jornal espanhol “El País” mencionou que os cientistas creem que “muito provavelmente” se trata dos restos mortais de Miguel de Cervantes. De momento, o DNA de resquícios de ossos encontrados junto ao sarcófago com as iniciais “M.C.” estão sendo analisadas em um instituto em Madrid.
No mesmo dia, 23 de abril de 1616, outro grande autor da Literatura Universal morreu em Stratford-on-Avon: William Shakespeare. A coincidência das datas sempre foi motivo para especulações fantasistas que, em verdade são infundadas. Fato é que já em 1582 a Espanha, na época dos reis católicos Fernando e Isabel, adotara o calendário gregoriano, decretado pelo Papa Gregório XIII; a Inglaterra protestante só o introduziu em 1752. Assim, a verdadeira data da morte de William Shakespeare é 3 de maio de 1616.
Uma das mais conhecidas obras de Shakespeare talvez seja o seu imortal “Romeu e Julieta”. A pobre Julieta que morreu de amores por seu amado Romeu e a briga das duas famílias, os Montecchios e os Capuletos, enfim o enredo da obra com a trágica história de amor, uma vez lida na juventude, grava-se na memória do leitor e o acompanha para o resto da vida.
Depois de 400 anos, apenas recentemente, há cerca de 10 anos, descobriu-se que Julieta não morreu. Continua viva não só para os habitantes de Verona, cidade-palco da mais conhecida história de amor da Literatura Universal, mas para muita gente em outras partes domundo.
Quem o sabe, descobri-o há pouco quando estive em Verona, é o aposentado Gianni Carrabetta que, passeando pelas ruas históricas da Verona antiga, acompanhado por seu cãozinho que curiosamente atende pelo nome de Romeu, casualmente observou uma mulher que afixara um bilhete no muro da casa na qual vivera, e para muitos ainda vive, a inesquecível Julieta.
Gianni que, segundo me disseram, não é curioso mas quer saber tudo, delicadamente pegou o bilhete entre polegar e indicador, abriu-o e leu: “Julieta, desejo de todo o coração um pai para o meu filho que está por nascer”.
Lido o texto, a curiosidade de Gianni cresceu e logo ele soube que bilhetes e cartas coladas naquele muro, com fervorosos pedidos a Julieta, são frequentes. Por várias semanas perambulou pela cidade, sempre acompanhado por seu Romeu, a fim de descobrir quem é que os recolhe e qual é o destino que se lhes dá.
Gianni Carrabetta teve sorte. Na Via Galilei encontrou a sede do “Club di Giulietta” no qual trabalham, voluntariamente, 15 pessoas para responder às cartas e aos bilhetes de pedidos amorosos e fervorosos de pessoas de todo o mundo. São 10 mil cartas que o “Club” recebe via correio e outros tantos bilhetes que são afixados no muro por ano, a maioria dos Estados Unidos, do Japão, da Rússia e da Alemanha e todas recebem resposta redigida em caligrafia manual. O “Club di Giulietta” é tão conhecido que os carteiros entregam as cartas com endereços simples como: “Juliet – Verona”, ou “Giulietta-Verona”, “Juliete-Verona”, “Juliette-Verona” ou mesmo “Romeu e Julieta – Verona”. Todas chegam.
Gianni Carrabetta candidatou-se para ajudar em responder às cartas. Foi aceito. Em sua vida anterior Gianni era executivo numa firma da indústria farmacêutica. Hoje ele é secretário de Julieta e assina todas as respostas com o seu verdadeiro nome: Julieta. Romeu cochila tranquilamente a seus pés e com o olhar de cão fiel, também parece estar convencido de que Julieta ainda vive.
Não é apenas Julieta que recebe cartas. Romeu também as recebe se bem que em menor quantidade. Curioso é que não são apenas representantes do mundo feminino que escrevem a Julieta. Rapazes e homens também se dirigem a ela. Mas nunca um homem pediu a Julieta que o ajudasse “a procurar um pai para meu filho que está por nascer”.
Enquanto relato estes detalhes sobre as zelosas atividades em Verona resultantes do “Romeu e Julieta” lembrei-me do próprio Shakespeare. Absorto em divagações vejo-o perambulando pelas ruas de Stratford-on-Avon envoltas em neblina e, por razões para mim inescrutáveis, vem-me à tona o nome de outro autor, não menos famoso – embora com obras completamente diferentes – que morreu sete décadas antes do inolvidável Shakespeare e que revolucionou o mundo.
Seu nome Niklas Koppernigk (1571-1630). Após estudos preliminares em Thorn, sua cidade natal, na época Prússia, hoje pertencente à Polônia, Koppernigk iniciou seus estudos superiores na Universidade de Cracóvia que não chegou a terminar. Matriculou-se na Universidade de Bolonha onde estudou Direito, Grego e Astronomia; formou-se em Medicina na Universidade de Pádua e em Direito Canônico na Universidade de Ferrara onde obteve o título de “doctor iuris cononici”, doutor em direito canônico.
Koppernigk regressou a sua cidade natal em 1503 onde inicialmente trabalhou como médico, cônego e administrador eclesiástico. Nas horas vagas, ocupava-se com a matemática e astronomia. Durante seus estudos na Itália Koppernigk, seguindo uma prática de estudiosos da época, latinizou seu nome em Niklas Kopernikus que, em português transformou-se em Nicolau Copérnico.
Copérnico publicou varios tratados científicos sobre temas eclesiásticos, astronomia, matemática, trigonometria e um tratado sobre questões monetárias. Sua obra principal “De Revolutionibus Orbium coelestium, Libri VI” (Da Revolução dos Corpos Celestes) só foi publicada em Nuremberga no ano de sua morte, em 1543, embora já ter desenvolvido a teoria heliocêntrica do sistema solar décadas antes. Em 1509 já entregara rascunhos a alguns estudiosos com a observação de que os “cálculos matemáticos ainda terão que ser revistos”.
A publicação tardia de sua obra principal provavelmente tenha sido simples medida de precaução. Copérnico viveu em plena época da Inquisição e a igreja católica defendia a teoria geocêntrica desenvolvida por Aristóteles. Quem defendia outras teorias era candidato às fogueiras da Inquisição.
“Da Revolução dos Corpos Celestes” foi obra de grande impacto de forma que seguiu-se logo uma segunda edição. Ambas chegaram a cerca de 500 volumes. Para o mundo científico da época 500 exemplares já era edição voluminosa. Da primeira edição de 1543 restam raríssimos exemplares espalhados nas melhores bibliotecas do mundo.
Na noite de 2 de setembro de 2004 a “Herzogin Anna Amalia Bibliothek” (Biblioteca Duqueza Ana Amália) de Weimar, cidade do Estado da Turíngia, no sudoeste da Alemanha, foi parcialmente destruída por um incêndio que irrompeu no teto de uma das alas da edificação. A biblioteca foi fundada em 1691 pelo duque Guilherme Ernesto. Em 1991, por oportunidade dos festejos de seu 3° Centenário, a biblioteca recebeu o nome de Biblioteca Duqueza Ana Amália que fora sua grande incentivadora.
A biblioteca não é a maior do mundo mas é uma das mais importantes por seu incomparável acervo de mais ou menos 1 milhão de exemplares especialmente da literatura alemã do Iluminismo até ao fim do Romantismo. Entre as raridades encontram-se cerca de 2 mil livros manuscritos, entre os quais um evangelho carolíngio do século 9, 427 incunábulos e coleções da época da Reforma e centenas de riquíssimas iluminuras da Idade Média. Além disso encontram-se as bibliotecas completas da família von Arnim, Liszt, Nietsche, Haar e a da Sociedade Shakespeare da Alemanha. A biblioteca é mundialmente conhecida por seu belíssimo salão ovalado, com três andares, em estilo rococó.
Após a morte da duqueza Ana Amália seu filho, Grão-Duque Carlos Augusto (1757-1828), assumiu os negócios de Estado. Carlos Augusto foi grande admirador de Johann Wolfgang von Goethe. Foi ele quem o convenceu de vir de Frankfurt à Weimar onde o grande literato permaneceu até a sua morte sempre às custas de verbas públicas. Em 1797 Carlos Augusto nomeou Goethe, além das outras tarefas às quais já respondia, diretor da Biblioteca Ana Amália.
Mas Goethe, apesar de ter sido um gênio erudito de cultura universal, foi um grande safado. Como diretor andava sempre a comprar livros para a Biblioteca Ana Amália que pagava com verba pública mas surripiava as obras mais importantes para a sua biblioteca particular. Mesmo assim, Goethe não foi um safado egoísta. Deixou em testamento que, após a sua morte, o seu acervo deveria passar à propriedade do Estado.
Conservou-se, desta forma, toda a sua biblioteca particular de 43 mil volumes, 18 mil pedras preciosas e semipreciosas do Brasil que colecionara durante sua vida, além de milhares de documentos sobre botânica, geologia e mineração e obras de arte, principalmente italianas e da Grécia Antiga. Tudo isto pode ser visto, tal e qual como ele o deixara, em sua mansão de 42 cômodos na Praça Frauenplan em Weimar. Todo o acervo de Goethe faz parte da Biblioteca Ana Amália.
Na ala na qual irrompeu o incêndio encontravam-se 196 mil volumes, a maioria dos quais no Salão Rococó, dos quais 50 mil foram totalmente devorados pelo fogo. 118 mil volumes sofreram sérios danos por fogo, altas temperaturas, água dos bombeiros, fuligem, fumaça e demais sujeira. Muitas das 3 mil partituras musicais manuscritas são consideradas como perdidas entre as quais partituras de Orlando di Lasso, Johann Nepomuk Hummel e Karl Siegmund von Seckendorf.
Os 80 funcionários da biblioteca, apoiados por centenas de voluntários, começaram a catar nos escombros à procura de restos chamuscados, de páginas soltas, meia páginas e, inimaginável mas verdadeiro, até as cinzas passaram por um processo de filtragem à procura de restos de papel, por menor que fossem, mesmo tendo apenas uma ou duas letras, tudo foi guardado para eventual uso na restauração.
O trabalho de restauração é tarefa complicada, um verdadeiro puzzle, que exige experiência e equipamentos adequados. A maioria dos 118 mil volumes danificados foi entregue a 27 institutos especializados em diversos países europeus. São instituições que mais parecem laboratórios altamente sofisticados do que oficinas artesanais.
Os custos para a reconstrução do prédio com o Salão Rococó seriamente danificado e a restauração de 118 mil compêndios são astronômicos. As verbas vêm do governo alemão, do Estado da Turíngia, de empresas e pessoas particulares que fizeram donativos. Verbas adicionais vieram de países europeus. Muitas bibliotecas ao redor do mundo ofereceram exemplares quando tinham mais de um em seu acervo. Até o presidente Barak Obama, que em 2009 esteve em Weimar, levou em sua bagagem dois valiosos livros que presenteou à biblioteca.
Uma das obras que tinha sido dada como perdida e que foi encontrada recentemente entre a montanha de livros altamente danificados foi o “De Revolutionibus Orbium coelestium, Libri VI” de Copérnico. Segundo Michel Knoche, diretor da biblioteca, a obra se encontra em mãos de uma firma especializada em Weimar encarregada da restauração.
A alegria em encontrar esta raridade bibliográfica foi grande pois afinal a obra representa um marco histórico na História da Astronomia e, segundo especialistas, é de inestimável significado para a ciência e a história cultural da Idade Moderna que teve início com um médico, cônego e administrador eclesiástico que só nas horas vagas se dedicara à matemática e à astronomia: Nicolau Copérnico, grande sábio da Idade Média.
Os esforços da equipe de técnicos da Biblioteca Ana Amália de Weimar juntamente com os especialistas de 27 instituições localizadas em diversos países europeus para restaurar 118 mil livros danificados pelo fogo, sem falar nos custos que o projeto, que poderá durar entre 30 e 40 anos, acarretará, são admiráveis. O zelo e o empenho empregado demonstra que a conservação de tesouros culturais de épocas passadas representa riqueza cultural para as gerações futuras.
Tanto mais triste e desolador é o que vem acontecendo em outra parte do mundo onde uma horda de bárbaros faz exatamente o contrário: Em junho de 2014 radicais do Estado Islâmico (IS) se apoderaram de Mossul, segunda maior cidade do Iraque. Dezenas de mesquitas e igrejas foram dinamitadas até aos alicerces entre as quais o famoso Mausoléu do profeta Jonas, na região, símbolo de interrelacionamento religioso. A famosa Mesquita Vermelha, do século 12, no centro de Mossul, também foi transsformada em escombros. Em janeiro de 2014 membros das mesmas hordas devastaram a Biblioteca da Universidade e atearam fogo na Biblioteca Central de Mossul transformando em cinzas mais de 8 mil documentos manuscritos de inestimável valor cultural histórico.
As imagens que percorreram o mundo em fins de janeiro passado mostrando elementos do IS destruindo a martelaço obras de arte milenares são apenas a ponta do iceberg. Tudo isto num lugar chamado Mesopotâmia que, durante séculos, foi visto como o berço da Humanidade.
Enquanto em Weimar especialistas se empenham em recuperar livros até das cinzas que sobraram de um incêndio, em Mossul, e em outras partes do Iraque e da Síria, bárbaros do IS fazem o contrário, transformam livros em cinzas. Dois mundos, duas culturas e dois comportamentos, segundo parece, incompatíveis.
A reportagem “Trânsito — Interior mais violento que capital”, assinada por Gabriela Lima, de “O Popular”, parece, como diz o jargão jornalístico, “redondinha”. Só parece. Serva das fontes, sobre as quais não reflete—, a repórter tão-somente apresenta dados crus do Observatório de Mobilidade e Saúde do Estado de Goiás. “Primeiro lugar do ranking, o município de Uruaçu registrou 50,7 mortes no trânsito por 100 mil habitantes. O índice é quase o dobro da média do Estado, que é de 29,9”, registra a jornalista. Eduardo Belchior de Paula, apresentado como “analista”, ressalva sobre Uruaçu: “Lá existe uma malha viária muito intensa com grande fluxo de pessoas nas estradas”. O técnico deu o mote para o trabalho da repórter, que não quis fazê-lo. Ela sequer foi atrás dos dados sobre as mortes, para saber de onde eram as pessoas que morreram na cidade. Elas são de Uruaçu, de outras cidades, de outros Estados? A repórter deveria ter explicitado os dados exclusivos do município — sem omitir os acidentes da BR-153, é claro — para que a comparação com as outras cidades fosse precisa e justa. O “Pop” acrescenta: “O município [Uruaçu, no Norte de Goiás] é uma confluência de eixos rodoviários, como as GOs 060 e 040 e BR-153”. Como diz um professor de Uruaçu, “Gabriela Lima fugiu das aulas de Geografia e Lógica”. Leia texto enviado pelo jornalista Jota Marcelo, de Uruaçu A BR-153 corta Uruaçu. A GO-237 liga Uruaçu a Niquelândia e se estende para outras cidades do Nordeste goiano. Parte da BR-080, sentido sul, liga Uruaçu a Santa Rita do Novo Destino (zona rural/Povoado da Placa) e Barro Alto (zona urbana). Em terra uruaçuense no sentido norte, a BR-080 só existe no papel (a parte existente vinha sendo pavimentada [sentido São Miguel do Araguaia-Uruaçu, mas as obras estão paralisadas há tempos, em Mara Rosa]). Detalhe, partindo de São Miguel: a BR-080 terá encontro com a BR-153, no chamado Trevo Sul [quando o usuário parte de Porangatu, o segundo trevo dentro de Uruaçu, sentido Goiânia]); o usuário percorrerá cerca de 13 quilômetros na BR-153 e, no denominado Trevo que dá acesso à Santa Rita/Barro Alto, a BR-080 tem reinício, indo até o Trevo que dá acesso para Vila Propício/Padre Bernardo (sentido Brasília) e, daí por diante, finalizando no limite com o DF, exatamente na satélite Brazlândia. BR-060: Anápolis-Brasília. GO-040: Goiânia-Inaciolândia. Resumo: em Uruaçu, apenas BR-153, BR-080 (uma parte, só no papel) e GO-237.
Quanto mais se anuncia a morte do jornal impresso mais a circulação volta a crescer. A “Folha de S. Paulo” (jornal de maior circulação do país), “O Globo”, “Super Notícia”, “Estadão” e “Zero Hora” terminaram o primeiro semestre de 2015 com um crescimento de 4% (comparação com o mesmo período de 2014). Os dados são do Instituto de Verificação de Comunicação. O Portal dos Jornalistas informa que, “somados, os cinco jornais circularam no primeiro semestre com a média mensal de 1,429 milhão de exemplares, contra 1,375 milhão em 2014. O maior crescimento foi do ‘Zero Hora’ (14%), seguido por ‘Estadão’ (4%), ‘Folha’ (3,6%), ‘Super Notícia’ (1,9%) e ‘O Globo’ (0,8%)”. Os números são expressivos. Pesquisas têm sugerido que as pessoas que decidem ainda consultam mais jornais e revistas impressos. O curioso é que se assiste um renascimento do vinil, e no momento em que o moderno CD começa a “morrer”, e a permanência do livro, tanto que as editoras anunciam vendas extraordinárias — apesar da crise econômica — e grandes editoras internacionais chegam ao Brasil e apostando no livro impresso e não fortemente nos livros digitais (representam apenas 3% do mercado). Parece que há algo errado com julgamentos peremptórios.

Marcelo Miranda sabe que, em momentos de crise, união é imprescindível para fazer os ajustes necessários

[caption id="attachment_43452" align="alignright" width="350"] Deputada e primeira-dama do Estado, Dulce Miranda: “Defendo a bandeira da assistência social técnica”[/caption]
A deputada federal Dulce Miranda, vice-líder do PMDB, vai integrar a Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Social na Câmara dos Deputados, em Brasília. A Frente reúne 216 deputados com o objetivo de dar apoio às políticas públicas de assistência social, inclusive na hora de definição do Orçamento da União.
Membro da Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) e da Comissão da Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência (CPD), ambas da Câmara, a deputada vê a participação na Frente Parlamentar, um modo de fortalecer a pauta da assistência social e o Sistema Único de Assistência Social, que está completando dez anos de existência.
Para a parlamentar, a assistência social tem que promover e garantir as mais diversas formas de cidadania. “Estou defendendo a bandeira da assistência social técnica com janela de saída. Não podemos manter os cidadãos reféns da assistência social. É preciso dar aos atendidos, maneiras e perspectivas de um futuro garantido pelo seu trabalho e esforço com dignidade”, afirma Dulce Miranda.
A deputada tem atuação focada na área do desenvolvimento e assistência social, saúde e empoderamento das mulheres e defesa das comunidades tradicionais. A parlamentar é membro da Comissão de Seguridade Social e Família, da Secretaria da Mulher, Subcomissão Permanente de Assistência Social, Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Comissão Permanente Mista de Combate à Violência Contra a Mulher.

Itamar Pires é um dos intelectuais e escritores mais plurais do país. É poeta com ampla compreensão da história da poesia, dialogando com a tradição sem se tornar um de seus diluidores. Escreve contos de primeira linha. Suas incursões na ficção científica são de amplo interesse. É romancista (“Lygia Entre os Dragões”). Escreve críticas literárias de qualidade. Sobretudo, sua obra surpreende, pela manutenção da qualidade em áreas tão variadas. Na terça-feira, 25, às 19 horas, na Rádio Universitária (Alameda das Rosas, nº 2200, Setor Oeste), lança dois livros: “Poemas Reunidos — 1990-2015” e a terceira edição, revista, ilustrada e ampliada de “Contos de Solibur”.

[caption id="attachment_43449" align="aligncenter" width="620"] Deputado Ricardo Ayres: “Condição para o Estado restabelecer equilíbrio”[/caption]
O estudo da Comissão de Reestruturação das Carreiras Públicas, proposição do deputado Ricardo Ayres (PSB), deve ser concluído nos próximos 30 dias. “A reestruturação é condição essencial para que o Estado restabeleça seu equilíbrio e recupere seu poder de investimento”, argumenta o parlamentar.
Ayres observa que os ganhos incorporados ao patrimônio do servidor não podem ser alterados, como estabelece a legislação. “Mas prevemos que novos provimentos, mediante concurso público, deverão ter tabelas de ganhos alteradas, a fim de que se deixe a máquina administrativa mais enxuta”.
A comissão foi criada no mês de maio, quando a primeira reunião deu início aos trabalhos. É formada por técnicos dos três poderes, que com base em levantamentos nos seus respectivos órgãos, realiza um cruzamento de dados e análise dos gastos com pessoal e folha de pagamento, bem como o que isso representa para a atual condição de despesas do Estado.
De acordo com o socialista, após a conclusão do estudo, os sindicatos também serão chamados para uma discussão conjunta do tema com as respectivas categorias.
Criada na semana que passou uma comissão especial de parlamentares, na Assembleia Legislativa, para intermediar um acordo entre Governo do Estado e professores, com vistas ao fim da greve da Educação. A definição ocorreu após ouvir as reinvindicações dos servidores durante audiência pública, no auditório da Assembleia Legislativa, na quinta-feira, 20 A comissão é composta por parlamentares e membros do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sintet). O debate reuniu professores da rede estadual de ensino de todo o Tocantins, diretores, o presidente do Sintet, José Roque, e 14 deputados que discursaram em apoio aos manifestantes. O secretário estadual da Educação não compareceu, mas mandou um representante, o superintendente de Tecnologia, Maurício Reis. O Governo do Estado No entanto, apresentou no final da tarde de quinta-feira, 20, uma nova proposta para tentar finalizar a greve da categoria. O documento foi entregue oficialmente na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet) pelos secretários de Estado da Educação, Adão Francisco de Oliveira e da Administração, Geferson Oliveira Barros. A nova proposta reduz o prazo para pagamento das progressões de 2013 para cinco parcelas entre os meses de agosto e dezembro de 2015. Anteriormente, este valor, que soma mais de R$ 6,6 milhões, seria pago em seis parcelas. Outra mudança trazida na nova proposta do Governo foi com relação ao passivo gerado quanto às progressões do ano de 2014, que gira em torno de R$ 15,6 milhões. Inicialmente, com a proposta de iniciar o pagamento em janeiro de 2016, a nova tratativa prevê a antecipação da primeira parcela do pagamento para dezembro de 2015. Desta forma, mantidas as quatro parcelas do pagamento, o Governo propôs que este seja feito nos meses de dezembro/15, janeiro/16, fevereiro/16 e março/16. A incorporação de 5.030 professores, referente ao ano de 2014, o que acarreta em um impacto de mais de R$ 4,2 milhões na folha de pagamento, será dividida em duas vezes, entre setembro e outubro de 2015, da mesma maneira como estava na proposta anterior. Outra proposta que ficou mantida foi com relação às progressões de 2015, que serão incorporadas e suas diferenças pagas nas folhas de agosto a dezembro de 2016. O Sintet ficou de avaliar a proposta do Governo para, depois, colocá-la em votação na assembleia geral da categoria.
O deputado Eduardo Siqueira Campos (PTB) apresentou dez requerimentos na terça-feira, 18, destinados ao governo estdual visando propor medidas para que o Estado enfrente a crise instalada no Tocantins. Dentre as propostas, o parlamentar sugere a redução de secretarias no Poder Executivo, a redução para seis horas na jornada de trabalho dos servidores públicos, apoio aos municípios com manutenção de máquinas, ônibus escolares e estradas; a inclusão digital de alunos, o envio da carreta da Saúde aos municípios, dentre outros. Eduardo Siqueira relembrou que em 2011, ao assumir o governo, Siqueira Campos buscou implantar medidas para enfrentar a crise, uma vez que o Brasil se preparava para sediar a Copa do Mundo, mas o Tocantins não estava contemplado com recursos para investimentos. “Chegamos ao governo com uma crise financeira sem precedentes no Estado e implantamos medidas para enfrentá-la e a forma encontrada foi investir nos municípios, que é onde moram as pessoas”, disse. O deputado de oposição usou uma metáfora na tentativa de orientar o chefe do Executivo: “Em uma casa de quatro quartos, a família se junta em um só para economizar e o governo deveria fazer o mesmo, reduzindo secretarias e a jornada dos servidores para seis horas”. Eduardo Siqueira destacou a carência financeira das prefeituras do interior do Estado, que, apesar de terem recebido máquinas do governo federal, não dispunham de condições de arcar com a manutenção preventiva e nem o combustível. “Eu disse para a ministra Ideli Salvati, à época, que se ela doasse as máquinas, os municípios não tinham condições de buscá-las em Palmas nem recursos para o combustível”, afirmou. Como solução, o parlamentar disse que a gestão Siqueira Campos assinou convênio com as prefeituras que se organizaram em consórcios. O Estado enviou máquinas abastecidas para recuperação de estradas vicinais e os caminhos das escolas dos 139 municípios. “O município entrava com o alojamento e a alimentação dos operadores. Ficou bom, barato e eficiente”, observou.
Representantes da Procuradoria da República no Tocantins (PR/TO) e da Polícia Militar (PM) se reuniram no in´cio da semana passada para tratar da divulgação e coleta de assinaturas da Campanha 10 Medidas Contra a Corrupção. Estivaram presentes na reunião, que ocorreu no Quartel do Comando Geral, o procurador-chefe, João Gabriel de Queiroz, o procurador da República Álvaro Manzano, o comandante-geral da PM, Glauber Santos, e uma comitiva de oficiais da instituição. Após um resumo sobre a campanha feito pelos procuradores, o comandante-geral Glauber Santos ressaltou que a PM do Tocantins não tolera a corrupção e que desde o curso de formação os militares já recebem orientação nesse sentido. João Gabriel ressaltou que uma das metas da campanha é a coleta de 1 milhão e meio de assinaturas em todo país e que o Tocantins deve colher 10 mil assinaturas. O comandante afirmou que a instituição apoiará o projeto e que se empenhará na arrecadação das assinaturas junto à corporação, “Nossos comandantes em todos os municípios do Estado divulgarão o projeto para a o efetivo e estarão empenhados para conseguir o maior número de assinaturas possíveis dentro de nossos quartéis, junto aos nossos militares.”

Economista da Sedetur diz que é necessário investimento em torno de R$ 6 bilhões no modal

[caption id="attachment_43442" align="aligncenter" width="620"] Presidente da Fieto, Roberto Pires: “Canal aberto com o governo do Estado é importante para a indústria”[/caption]
Durante encontro com o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (Fieto), Roberto Pires, na quarta-feira, 19, o governador Marcelo Miranda anunciou a intenção de criar um conselho consultivo que englobe representantes de diferentes setores ligados ao desenvolvimento do Estado. A iniciativa contou com o apoio do comandante da instituição.
A ideia é firmar parcerias, perspectivas e projetos para o desenvolvimento do setor industrial do Tocantins. O encontro foi na sede da Fieto, e o presidente Roberto Pires falou sobre a importância deste canal aberto com o governo do Estado. “É de extrema importância para a indústria do Tocantins este diálogo que mantemos com o governo do Estado para que as potencialidades e até mesmo as dificuldades do segmento sejam compartilhadas e, assim, as soluções sejam desenvolvidas de forma conjunta e satisfatória”, sustentou ele.
Balança comercial
Levantamento realizado pela Federação das Indústrias mostra que a balança comercial do Tocantins vem apresentando resultados positivos nos últimos anos. No primeiro semestre deste ano, o saldo foi superior em 77% se comparado com o mesmo período de 2014. O que contribuiu para isso foi o aumento de 30% nas exportações, mas também a redução de -46% nas importações.
Confirmando a vocação agrícola do Estado, 98% das exportações são de produtos básicos e apenas 2% de produtos industrializados. Oleaginosas/grãos (81%) e carnes e miudezas comestíveis (17%) são os dois principais produtos, sendo que o primeiro teve um aumento de 46% no valor exportado se comparado com o mesmo período de 2014.
No primeiro semestre de 2015, os principais destinos dos produtos tocantinenses foram a China (43%), Espanha (16%), Arábia Saudita (6%) e Rússia (5%). Em termos de bloco econômico o maior parceiro é a Ásia (51%), seguido da União Europeia (28%).
Já nas importações ocorre o inverso das exportações, apenas 2% dos produtos são básicos, enquanto 98% são de produtos industrializados. Desses, 10% são produtos semimanufaturados e 90% manufaturados. Mais de 63% dos produtos importados pelo Tocantins são originários da China (34%) e dos EUA (29%). O restante das importações tem origem em países da União Europeia e da Ásia.
Comparando os dados de 2015 e 2014, o Tocantins reduziu as importações dos produtos oriundos dos EUA (-72%), China (-28%) e Israel (-27). Entretanto, aumentou a importação de produtos do Peru (472%), especialmente devido a importação de fosfato de cálcio.

[caption id="attachment_43440" align="alignright" width="345"] Governos estadual e federal selam parceria em prol da saúde no TO[/caption]
Ao assinar o Termo de Execução do Educa Sanear, na semana que passou, o governador Marcelo Miranda comparou a importância da iniciativa da Agência Tocantinense de Saneamento (ATS) ao Programa Governo Mais Perto de Você, desenvolvido na sua gestão anterior. O comparativo ocorreu durante o discurso, na solenidade em que estavam prefeitos de todas as regiões do Tocantins, deputados, secretários de Estado e também os presidentes da ATS, Eder Fernandes, e da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), Henrique Pires.
“O Educa Sanear é a ação concreta da coisa que mais prezo, que instituí neste Estado, que é o Governo Mais Perto de Você, mais perto da população, de poder levar a esses 80 municípios a possibilidade de transformar os jovens e agentes multiplicadores das práticas de saneamento ambiental”, afirmou o governador, destacando que ações simples podem sim ajudar a resolver uma série de problemas, sobretudo quando as atividades têm relação com a educação e com a saúde pública.
O programa terá investimentos de R$ 902.500,00 oriundos da Funasa, mais contrapartida de R$ 90.250,00 da ATS, e levará uma extensa programação a nove cidades-polo da Agência Tocantinense, com foco na saúde e educação ambiental. Segundo a ATS, inicialmente serão 7 mil pessoas contempladas, entretanto, com a participação dos multiplicadores das 80 cidades atendidas, será possível chegar a um número muito maior e a um resultado bem melhor.
“Esse programa é o único motivo que temos de transformar nossas cidades e o ambiente em que vivemos em espaços mais saudáveis e de convivência social. Vamos mudar os paradigmas. Eu não estou atrás de partido B ou C. Eu estou atrás do bem-estar social de cada cidade”, frisou Marcelo Miranda.
A pedido do Ministério Público Estadual (MPE), um grupo de empresas fornecedoras de medicamentos e produtos hospitalares de Goiás foi proibido de participar de licitações e contratar com entes públicos no Tocantins. Os proprietários foram denunciados pelo MPE, por meio da 5ª Promotoria de Justiça de Porto Nacional, por associação criminosa e fraude à licitação. Segundo a decisão do juiz Alessandro Hofmann Teixeira Mendes, as empresas Stock Comercial Hospitalar Ltda., Star Odontomédica Ltda., Dental Rezende Ltda., Dose Produtos e Medicamentos Hospitalares Eireli-Epp, Utildrogas Distribuidora de Produtos Farmacêuticos Ltda., Hospfar Indústria e Comércio de Produtos Hospitalares e Pharma Distribuidora Ltda. foram utilizadas, reiteradamente, para a prática de crimes, fraudando licitações em Porto Nacional e em vários municípios do Tocantins e Goiás, viciando certames licitatórios que totalizaram mais de R$ 2 milhões. Na ação penal, o MPE sustenta que os réus Edgar Luiz de Freitas, André Luiz de Freitas, Zanone Alves de Carvalho Júnior, Túlio da Cunha Alves, Terezinha Caetano de Freitas e Ricardo de Almeida Rosa criaram o grupo de empresas, cujos sócios eram parentes e conhecidos, para simular concorrências e fraudar o caráter competitivo das licitações, dentre elas um pregão presencial para aquisição de medicamentos em Porto Nacional. “O valor dos lotes do Pregão n° 009/2013 do Fundo Municipal de Saúde de Porto Nacional, em que o Ministério Público investigou e constatou fraude, somou mais de R$ 2 milhões”, explicou o Promotor de Justiça Vinícius de Oliveira e Silva, autor da denúncia. As investigações foram realizadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPE e pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra a Administração Pública de Goiás. Com a decisão judicial, as empresas ficam proibidas de participar de qualquer tipo de licitação e de contratarem com entes públicos no Tocantins. A decisão determina que a Secretaria da Fazenda do Estado, o Tribunal de Contas e todos os gestores dos 139 municípios tocantinenses sejam comunicados para que a proibição seja observada pelos gestores estaduais e municipais.
A primeira etapa do Circuito Matopiba de Armazenagem será debatido nesta quarta-feira, 26, no município de Luis Eduardo Magalhães (BA). O evento é promovido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). O debate é motivado pela necessidade de se discutir alternativas estruturais à crescente produção agrícola nos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. “Estamos iniciando um processo importante de avaliação das perspectivas para o Matopiba”, ressalta o presidente da companhia, Rubens Rodrigues dos Santos. “A região representa a nova fronteira agrícola brasileira e seu desenvolvimento precisa estar acompanhado também de avanços no setor de armazenagem, para que a logística de estoque e escoamento funcione bem”, avalia. Podem participar do Circuito Matopiba de Armazenagem produtores, empresários do ramo e demais interessados. As inscrições e a programação estão disponíveis no site da Conab. Durante o evento, será apresentado a planta da nova unidade armazenadora que será construída pela Conab na cidade baiana. O novo armazém estará em uma localização estratégica, permitindo formação de estoques públicos, o que facilitará o abastecimento de milho para o Nordeste do país, reduzindo os custos de logísticas e possibilitando um atendimento mais rápido e de melhor qualidade aos produtores. “É importante e urgente a construção deste armazém no Oeste da Bahia. Ele será fundamental para o planejamento da safra e ganho de competitividade para a região”, destacou o presidente da Aiba, Júlio Cézar Busato.