Notícias
Sem Leandro Vilela no páreo, o prefeito de Jataí, Humberto Machado (PMDB), bem-sucedido como gestor, desesperou-se. Não tem outro nome, mas costuma dizer que elege até uma pedra ou, quem sabe, um poste. Os dois postulantes do PSDB, empresário Victor Priori e o vereador Vinicius, exultaram com a desistência de Leandro Vilela. Agora, admitem, todos são “japoneses” em Jataí. Priori é mais candidato do que nunca. Mas Vinicius Luz também está colocando seu nome, e como símbolo da renovação.

[caption id="attachment_46273" align="alignright" width="620"] Deputado estadual Lissauer Vieira[/caption]
Rio Verde caminha mesmo para ter três candidatos competitivos a prefeito: o deputado estadual Lissauer Vieira (PSD, mas pode migrar para outro partido), o deputado federal Heuler Cruvinel (PSD) e o médico Paulo do Vale (PMDB). O petista Karlos Cabral (PT) corre por fora, por falta de estrutura. O PT do município tem tradição de disputar, mesmo sabendo que não tem condições de eleger o prefeito.
O médico Paulo do Vale e o ex-deputado Karlos Cabral podem se unir, pois PMDB e PT se consideram aliados preferenciais em Goiás. Mas há conversação entre Karlos Cabral e Heuler Cruvinel. A disputa para a Prefeitura de Rio Verde está pegando fogo. E vai pegar mais fogo ainda.
O empresário Carlos Cachoeira (cuja sentença judicial estaria prestes a ser divulgada) estaria trabalhando para um dos candidatos a presidente da OAB-Goiás.
O governador de Goiás, Marconi Perillo, tem uma série de compromissos políticos e com empresários na segunda-feira, 21, e na terça-feira, 22,em São Paulo. Fará palestras e almoçará com o governador Geraldo Alckmin, do PSDB. Cada vez mais, o tucano-chefe se consolida como um político nacional.
O auditor fiscal Jeovalter Corrêa, secretário das Finanças da Prefeitura de Goiânia, estaria aconselhando o governo de Rodrigo Rollemberg em Brasília no ajuste da máquina pública e das finanças.
Luas azuis do governo torcem para que o deputado federal Daniel Vilela seja ungido como “o” candidato da oposição em 2018 ao governo. Pesquisas qualitativas apontam o filho do prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB), como mais fácil de ser batido do que Ronaldo Caiado (DEM). Tais levantamento sugerem que falta “pegada” ao peemedebista e o democrata excede em termos de “pegada”.
A secretária da Fazenda do governo de Goiás, Ana Carla Abrão Costa, apresentou a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estadual e outras propostas de controle dos gastos do governo em reunião com a equipe de secretários do governo do Estado.
Depois que Daniel Vilela intensificou os ataques ao governo do Estado, a base aliada resolveu investir pesado na sucessão de Maguito Vilela. A meta é derrubar o maguitismo a qualquer custo do controle de Aparecida de Goiânia. A conquista do vice-prefeito do município, Ozair José, foi o primeiro passo.
A capacidade de articulação do governador de Goiás, Marconi Perillo, impressiona líderes políticos nacionais. O tucano-chefe mantém relação republicana com a presidente Dilma Rousseff e, ao mesmo tempo, mantém relacionamento estreito com o senador Aécio Neves — provável candidato a presidente da República do PSDB em 2018 — e com a cúpula nacional do partido. Até Aécio Neves admite que o goiano Marconi Perillo está cada vez mais mineiro e tancrediano como político.

[caption id="attachment_46262" align="alignright" width="620"] Adriano Avelar é ligado ao deputado Alexandre Baldy[/caption]
O PTN não está mais inativo em Goiás. Adriano Avelar, ligado ao deputado Alexandre Baldy, assumiu a presidência do partido e, workaholic, está trabalhando em tempo integral para reorganizá-lo. Seu objetivo é instalá-lo em 200 dos 246 munícipios goianos para, nas eleições de 2016, eleger pelo menos de oito a dez prefeitos e 100 vereadores. Avelar trabalhou durante anos com o ex-deputado federal Sandro Mabel e, agora, assessora Baldy.
Baldy disse ao Jornal Opção que a conquista do PTN não foi importante apenas para seu grupo político. “Nós tiramos o partido do controle da oposição e o passamos para a base do governador Marconi Perillo.” O tucano frisa que, se a “janela” for aprovada, é provável que o PTN consiga a adesão de pelo menos dois deputados estaduais.
O Daia parecia inexpugnável. Acreditava-se que a crise chegaria à sua porta, mas não entraria. Até os laboratórios gigantes começam a demitir e, se as encomendas continuarem diminuindo, vão demitir mais — sem esperança de recontratação. A gigante Hyundai, que monta automóveis coreanos, estava parada, em férias coletivas, mas voltou a funcionar. Ninguém está bem no Brasil e, como Anápolis não é uma ilha, o desemprego começa a crescer no município. O Daia é um dos maiores distritos industriais do país e se tornou uma referência para empresários de vários Estados. O ex-secretário da Indústria e Comércio Ridoval Chiareloto afirma que “é preciso olhar o Daia com carinho. Porque se trata de um propulsor de desenvolvimento para praticamente todos os municípios goianos”.

[caption id="attachment_46259" align="alignright" width="620"] Na foto, Jayme Rincón | Foto: Fernando Leite[/caption]
É praticamente certo que Jayme Rincón (foto) será o candidato do PSDB a prefeito de Goiânia. Ele está mais ou menos “quieto”, porque o momento é de articulação nos bastidores. Está sondando e costurando alianças. Mesmo assim, Vanderlan Cardoso (PSB) tem dito que gostaria de tê-lo como vice e que, como a reeleição caiu, poderia apoiá-lo na disputa de 2020.
Por ter o apoio de uma aliança ampla, Jayme Rincón por certo não aceitará ser vice de Vanderlan Cardoso. Mas o que se comenta é que uma chapa Vanderlan-Rincón seria “imbatível” na capital.

Lúcio Flávio não está mais preocupado com campanha. O clima é de já ganhou e as discussões giram em torno da divisão de cargos. Fontes de dentro da campanha contam que até o lobby da OAB e as possíveis ações advindas do status de diretoria da Ordem estão sendo loteados, afinal, estão dizendo que a instituição foi sempre cartão de visita para abocanhar grandes causas.

[caption id="attachment_46254" align="alignright" width="620"] Daniel Vilela pode sair enfraquecido da disputa para presidente do PMDB regional | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
Quatro dos cinco deputados estaduais — Ernesto Roller, Bruno Peixoto, José Nelto e Adib Elias, exceto Paulo Cezar Martins (que é visto como “o mais tucano dos peemedebistas”) — fecharam questão na semana passada: bancam José Nelto para presidente do PMDB regional.
O deputado Ernesto Roller diz que José Nelto, como deputado estadual, está baseado em Goiânia e, por isso, terá mais facilidade de comunicação com as bases do partido em todo o Estado. “A bancada do PMDB na Assembleia Legislativa é um agente da oposição ao governo de Marconi Perillo. Portanto, é legítimo que um deputado estadual assuma a presidência estadual do partido. Eleger José Nelto é valorizar aqueles que fazem oposição diária e sistemática à gestão tucana”.
Se Daniel Vilela perder para José Nelto, a derrota poderá enfraquecê-lo para a disputa do governo em 2018. Porque, se é incapaz de ganhar uma eleição para dirigir um partido, como se articulará para uma eleição mais pesada como a do governo de Goiás?
A turma do arranja-tudo está em campo para sugerir que Daniel Vilela desista da disputa. Mas não será nada fácil. “Como candidato a governador, ele não deveria disputar a presidência do partido”, sugere José Nelto.