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Lula sanciona lei e fala em "estatuto de bom comportamento do homem"

Ex-prefeito e médico, Juraci Martins é um político popular e reforça a base política que apoia Carrijo e Walter Baylão para prefeito e vice-prefeito

Entre as pautas debatidas estavam questões de acessibilidade nas seções eleitorais, implementação de um programa de inteligência artificial para identificação de notícias falsas

Possibilidade da chapa em questão foi revelada na coluna Bastidores no último fim de semana

Aeronave promete revolucionar viagens aéreas com uma velocidade que pode dobrar as atuais, alcançando até 1.800 km/h sobre o mar

Dois meses atrás ela realizou uma cirurgia para alterar a voz, no processo de transição de gênero, desde então ela não fala nas redes sociais

Segundo o movimento, a proibição da maconha é usada como justificativa para perseguição da população negra que vive em áreas às margens da cidade

Centroavante da seleção francesa diz que extremistas estão próximos de ganhar o poder

Tudo teve início em 2013, no Rio de Janeiro, quando uma admiradora, na época, compartilhou o elevador com a artista e solicitou uma foto

Alteração resultaria na punição de mulheres que realizassem aborto legal

Em viagem, condenado como mandante da execução de Valério é procurado pela Polícia Civil

Esquerda mundial tolera genocídios e violações aos direitos humanos promovidos por determinados regimes autoritários

Ao Jornal Opção, José Ricardo Lopes, ginecologista obstetra e ex-titular do ambulatório de Apoio às Vítimas de Violência Sexual do Hemu analisa PL 1904/24

Processo de seleção dos vereadores discutiu violência de gênero na política

O fim de semana foi marcado por novas manifestações - em ao menos oito capitais do país - em desfavor do projeto que tramita na Câmara dos Deputados, que equipara o aborto após 22ª semana ao crime de homicídio, mesmo nos casos de estupro. No domingo, 16, os protestos ocorreram em Vitória e Palmas. Já no sábado, 15, em outras seis cidades, entre as quais, São Paulo e Belo Horizonte.
A forte reação contrária dos usuários das redes sociais, o projeto deve ter sua votação postergada na Câmara dos Deputados. O autor do texto, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), militante da bancada evangélica, admite que a análise no plenário pode ser deixada para o fim do ano, ou logo após as eleições municipais. Segundo o parlamentar, apesar da aprovação da urgência - que prevê votação a partir da sessão seguinte da Câmara - não há pressa para que a iniciativa seja pautada.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), havia feito uma promessa aos evangélicos quando se candidatou à reeleição no comando da Casa, em 2021. Em todo caso, ele tem até o fim do ano, quando acaba seu mandato, para cumprir. Para chegar no atual estágio, Lira promoveu votação relâmpago – 25 segundos – e aprovou a urgência do projeto. Entretanto, nesse momento e após o "grito das ruas" - em direção diametralmente oposta - diz que não há previsão de quando será definido um relator, nem tampouco quando o mérito do texto será colocado em pauta. Lira foi, diga-se de passagem, um dos principais alvos dos protestos, desde a semana passada, por ser quem controla a pauta da Casa.
O apoio de Lira a iniciativas de direita e ligadas ao bolsonarismo tem sido absorvida por parlamentares como uma tentativa do presidente de fortalecer a candidatura de um aliado para sucedê-lo no cargo. Os liberais possuem 95 deputados, a maior bancada, e terá um papel decisivo na disputa interna, marcada para fevereiro de 2025.
Artilharia do governo vai ao campo de batalha. A ordem é evitar o desgaste
Negligente, o governo federal - que não se opôs à aprovação da urgência para a tramitação da proposta, na semana passada - após a repercussão dos protestos, afirma agora que vai atuar para barrar o avanço da iniciativa no Congresso.
A primeira-dama Rosângela Silva, popularmente Janja, foi a primeira a criticar o projeto nas redes sociais, sendo seguida por todas as ministras mulheres do governo. Em viagem à Europa, Lula inicialmente evitou se posicionar, mas mudou de ideia no sábado e chamou a proposta de “insanidade”. O petista afirmou ser contra o aborto, mas disse que é preciso tratar o assunto como uma questão de saúde pública.
O líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE), assim como a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) adotaram o discurso que vão procurar integrantes da bancada evangélica para demovê-los da ideia de aprovar a proposta. Os argumentos? A intensa mobilização da sociedade e protestos em todo país contrários ao texto.
O fato concreto é que, nos bastidores, a posição do governo é, nada mais, nada menos, que uma tentativa de evitar desgastes com o público evangélico, de quem o presidente Lula quer se reaproximar no curso das eleições 2024. Eleitorado fiel às ideias conservadoras, idealizadas pela direita e pelo Bolsonarismo, esse público representa entre 22% e 25% dos votantes. Naturalmente, para Lula, para o PT e para a esquerda como um todo, seria extremamente desgastante enfrentar as urnas em confronto com tais eleitores. A decisão do governo é lógica: recuar e, pelo menos, adiar a votação! “Após 06 de outubro, a gente volta a conversar!”