Mbappé critica extremismo político na França e convoca jovens para eleições

Ídolo da seleção da francesa, Kylian Mbappé criticou o avanço da extrema direita na Europa e convocou os jovens para a eleição francesa que acontece em 30 de junho. “É um momento sem precedentes na história francesa. Quero falar para todos os franceses, principalmente para os jovens. Os extremistas estão próximos de ganharem o poder. Temos a chance de escolher o futuro do nosso país”, disse neste domingo durante coletiva de imprensa.

No começo do mês, o presidente Emmanuel Macron dissolveu o Parlamento e convocou novas eleições legislativas, marcadas para o final deste mês, após ter sido derrotado nas eleições europeias pelo partido de extrema-direita de Marine Le Pen. O National Rally (RN), partido de Le Pen, obteve cerca de 32% dos votos na votação de domingo do Parlamento Europeu, mais do que o dobro dos 15% da chapa de Macron, de acordo com as primeiras pesquisas de boca-de-urna. Os socialistas ficaram a um passo de Macron, com 14%.

Convocação

Apesar de não citar o partido de Le Pen, que tem como uma de suas plataformas o endurecimento da legislação contra imigrantes, o centroavante francês — filho de camaronês e mãe argelina — declarou apoio ao seu companheiro de seleção Marcus Thuram, que recentemente, convocou a população a votar contra o partido.

“Compartilho os mesmos valores que Marcus”, disse ao ser questionado sobre o colega. “Para mim, ele não foi longe demais. Acho que ainda vivemos em um país onde existe a liberdade de expressão. Ele deu sua opinião e eu concordo com ele”, respondeu.

O jogador destacou a importância da população mais jovem comparecer às urnas e ressaltou a importância de entender o cenário político do País. “Espero que a minha voz ajude o máximo possível”, disse ele, destacando ainda os seus valores de “tolerância, diversidade e respeito”. “Eu confio na França, toda voz conta. Realmente espero que a gente faça a escolha certa e que tenhamos orgulho de vestir essa camisa no dia 7 de julho”, enfatizou.

Respaldo

O atual treinador da seleção francesa respaldou as declarações do centroavante e disse compartilhar das mesmas visões e compatriotas que expressaram preocupação sobre o avanço da extrema direita na política europeia. “Acho que há algo que ainda é importante, o que pode bloquear os extremos, é ir votar, então vá votar — declarou o astro. — Eu, pessoalmente, sou contra tudo o que divide e um pouco mais a favor do que pode unir”, disse.

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