Bastidores

O advogado de Júnior Friboi, Robledo Rezende, descobriu que o PMDB é um dos partidos mais desorganizados de Goiás. Ele disse para Friboi: “Aposto, nem que seja uma Coca-Cola, que você continua filiado ao PMDB”. Friboi teria dito: “Não quero apostar, mas gostaria de saber o que está acontecendo”. Robledo foi ao Tribunal Regional Eleitoral e confirmou o que suspeitava: embora expulso do PMDB, Júnior Friboi continua filiado ao partido e, se quiser ser candidato em 2016, pode. “O irismo, que trabalhou pela expulsão de Júnior, ainda não pediu baixa.”

[caption id="attachment_45371" align="aligncenter" width="620"] Foto: Renan Accioly[/caption]
Dois advogados suspeitam que, se estiver condenado por improbidade administrativa — o processo está no Tribunal de Justiça de Goiás —, o empresário Vanderlan Cardoso não poderá disputar a Prefeitura de Goiânia em 2016.
Talvez seja por isso que Vanderlan Cardoso não demonstre tanto ânimo e teria chegado a oferecer a vaga de candidato para o ex-reitor da UFG Edward Madureira.

[caption id="attachment_24143" align="aligncenter" width="620"] Friboi em 2018? | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
O empresário Júnior Friboi disse aos seus aliados políticos e amigos que até pode ajudar algum candidato a prefeito em 2016. Mas que vai se concentrar, entre 2015 e 2017, nos negócios, na expansão de sua empresa, a JBJ. Em 2018, voltará a articular, avaliando que ainda tem um capital político considerado.
Friboi disse a dois aliados: “Meu sonho é servir ao Estado de Goiás e, por isso, pretendo ser candidato a governador”.
O empresário considera o PMDB como “carta fora do baralho”. Se for candidato, em 2018, será por outro partido.

[caption id="attachment_16053" align="aligncenter" width="620"] Robledo Rezende no Jornal Opção | Foto: Fernando Leite / Jornal Opção[/caption]
Ao saber que Eronildo Valadares disse ao Jornal Opção que o ex-prefeito José Osvaldo deve apoiar sua reeleição, o advogado Robledo Rezende contestou: “Preciso verificar, pois José Osvaldo está conversando com o grupo que pretende lançar um candidato da terceira via”.
Robledo diz que o eleitorado de Porangatu está cansado da polarização entre Eronildo Valadares, do PMDB, e Júlio da Retífica, do PSDB. “A cidade quer e até exige uma alternativa. Hoje, Eronildo só tem o apoio de sua família e dos funcionários de sua empresa, alguns deles empregados na prefeitura. O prefeito nunca esteve tão isolado.”
Segundo Robledo, Júlio da Retífica garante que tem o apoio de 14 partidos. “É fato que tem partido em demasia no país, mas é provável que ele não tenha tanto apoio assim. Na verdade, neste momento, os líderes dos partidos estão conversando com todo mundo.”
Se os políticos de Porangatu estivessem satisfeitos com a polarização tucana versus peemedebismo, sublinha Robledo, “meu escritório de advocacia não receberia tanta gente da cidade buscando orientação sobre uma alternativa política”.
Enquanto Eronildo Valadares, do PMDB, e Júlio da Retífica, do PSDB, trocam farpas afiadas, atacando-se publicamente e nos bastidores, o engenheiro Valdemar Lopes, com muito dinheiro no bolso e na conta bancária, já está praticamente em campanha para disputar a Prefeitura de Porangatu. Ligado ao presidente da Ceasa, Edivaldo Cardoso, Valdemar Lopes estaria dizendo que, com uma estrutura razoável, vai romper a polarização de vários anos entre o tucanato e o peemedebismo.
Até peemedebistas dizem que o prefeito de Jataí, Humberto Machado, está desesperado com a notícia de que o ex-deputado Leandro Vilela, do PMDB, desistiu de disputar a prefeitura, em 2016. Machado, tido como o político mais teimoso do Sudoeste — superando até as mulas em teimosia —, continua insistindo que Leandro será candidato, o que o jovem político, em entrevista ao Jornal Opção, não confirma. Enquanto Machado não apresenta seu plano B, porque está desnorteado, peemedebistas começam a se movimentar para encontrar outro candidato a prefeito. O agricultor Antônio “Toninho” Cazarini, presidente da Associação dos Produtores de Grãos, é filiado ao DEM, mas, grande amigo de Machado, pode ser candidato pelo PMDB. Basta que o prefeito diga-lhe: “Mude de partido”. Trata-se de um político sem experiência mas respeitado no município. Há notícia de que um dos vereadores do PMDB pode disputar a prefeitura. O secretário de Obras, o engenheiro Tales Augusto Machado, afinadíssimo com Machado, é outra aposta do partido. O fato é que, sem Leandro Vilela, o PMDB não tem candidato natural em Jataí.


[caption id="attachment_25124" align="alignleft" width="189"] Foto: Fernando Leite[/caption]
O processo de registro do Partido Liberal, presidido pelo ex-deputado goiano Cleovan Siqueira, deve ser julgado na terça-feira, 29, pelo Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília.
“Aí”, afirma Cleovan Siqueira, “se o registro for autorizado, como acreditamos que será, teremos até o dia 2 — quer dizer, três dias — para fazer as filiações. Nós as faremos e vamos disputar eleições em várias cidades do Estado e do país”.
O PL, segundo Cleovan Siqueira, “cumpriu todos os requisitos exigidos pela legislação eleitoral. Para obter o registro, precisávamos de 482 mil apoiamentos. Levamos 488 mil ao TSE”.
Todas as impugnações do DEM e do PMDB foi respondidas “ponto a ponto”, sublinha o ex-parlamentar.
Cleovan Siqueira é um liberal histórico. “Estou no PL desde 1985, com Álvaro Valle. São 30 anos de uma vida. Não é pouca coisa, não.”

[caption id="attachment_45527" align="aligncenter" width="620"] Foto: Marcos Kennedy[/caption]
O deputado estadual Jean Carlo, do PHS, é uma máquina de fazer política. Parece que nem dorme. Quando não está na Assembleia Legislativa, onde é assíduo, está fazendo política no interior. Na sexta-feira, 25, o Jornal Opção localizou-o em São Francisco. Presidente estadual do PHS, estava articulando filiações ao partido.
O presidente da Câmara, Cleuton Gomes de Moura, deixou o PROS e filiou-se ao PHS e deve ser candidato a prefeito de São Francisco. Já o prefeito deve trocar o PMDB pelo PP.

[caption id="attachment_27452" align="aligncenter" width="620"] Reprodução / Celg[/caption]
O senador Ronaldo Caiado (DEM) tentou convocar o governador de Goiás, Marconi Perillo, para depor no Senado sobre a venda da Celg. Porém, como o responsável pela privatização da companhia é o presidente da Celg Par, Fernando Navarrete, é ele que vai ao Senado explicar a questão.
Fernando Navarrete vai comparecer ao Senado na segunda-feira, às 14h30. Navarrete é responsável pelo governo do Estado de Goiás nos assuntos da Celg junto aos ministérios, ao BNDES e, junto com a Eletrobrás, em relação à privatização

[caption id="attachment_43738" align="aligncenter" width="620"] Foto: Renan Accioly / Jornal Opção[/caption]
A Rede Sustentabilidade conseguiu seu registro e tende a nascer como um partido de médio porte, com filiações importantes em todo o país. Liderado por Marina Silva, em nível nacional, a Rede é um partido diferente. Não tem presidentes, por exemplo, e sim dois porta-vozes — uma mulher e um homem. Em Goiás, é dirigido pelo procurador federal Aguimar Jesuíno e pela professora Zélia.
Na semana passada, mesmo com o auxílio de secretárias e aliados, Aguimar Jesuíno não conseguia atender todos os que queriam se filiar na Rede. Entre os filiados está o vereador Djalma Araújo, ex-PT e ex-Solidariedade.
Sobre o deputado-delegado Waldir Soares, Aguimar Jesuíno diz que se trata de um político interessante, diferente da média. “Porém, como a Rede é um partido humanista e pacifista, parece incongruente acolhê-lo. As ideias de Waldir Soares são diferentes das nossas, exceto, tudo indica, no campo ético.”
Aguimar Jesuíno frisa que a Rede deve aliar-se a outros partidos de esquerda para disputar a Prefeitura de Goiânia. “PDT, PPS e PSB têm a ver com o nosso ideário, mas o PPS e o PSB já estão comprometidos com Vanderlan Cardoso. Estamos conversando com o PSDC e com o PPL.”
O engenheiro Martiniano Cavalcante vai se filiar à Rede, mas sem militância, informa Aguimar Jesuíno. Elias Vaz comunicou que vai permanecer no PSB.
“Em Inhumas, a Rede terá candidato a prefeito. Será o vereador Pacheco, que deixou o PP. Em Catalão, devemos lançar candidato a prefeito, possivelmente o economista Fernando Safatle [que tratou de um câncer num ouvido, em São Paulo, e já está bem]. Devemos ter bons nomes em Uruana, Goianira, Aragarças, Rio Verde e Luziânia”, sublinha Aguimar Jesuíno.
Com o objetivo de não criar feudos ou castas, a Rede muda com frequência seus porta-vozes. “Deixo de ser porta-voz no dia 8 de novembro. Aí faremos convenção e podem assumir Edson Braz, Uarian Ferreira, Arsênio Neiva Costa ou Fernando Safatle.”
O prefeito cansou-se de ser sabotado pelo ex-prefeito, que se considera dono ou sócio remido do município
O presidente do PP de Goiás, o senador Wilder Morais, vai bancar Eurípedes Pankão, do PP, para prefeito de Acreúna.
O compromisso é que, em 2018, Pankão, ex-prefeito de Acreúna, deve apoiar a reeleição de Wilder Morais.
Pankão era ligado ao senador Ronaldo Caiado, do qual coordenou a campanha em 2014.
Depois de se filiar ao PSDB, o vice-governador José Eliton lidera missão internacional no Peru e na Colômbia, com o objetivo de atrair investimentos para Goiás. O vice e secretário de Desenvolvimento viaja neste fim de semana.
O ex-tucano vai disputar mandato de vereador e apoia Alcides Ribeiro para prefeito de Aparecida de Goiânia