Bastidores
Para 2018, o deputado José Nelto afirma que o PMDB vai procurar montar uma aliança ampla. “Nós queremos derrotar o PSDB para o governo do Estado e por isso vamos buscar alianças com Alexandre Baldy, do PTN, com Armando Vergílio, do Solidariedade, com o deputado federal João Campos, do PRB, e com a deputada federal Magda Mofatto, do PR. Hoje, Baldy, João Campos e Magda estão na base do governador Marconi Perillo, mas amanhã, se não tiverem espaço para seus projetos políticos, podem compor com outras bases políticas.” Daniel Vilela ou Ronaldo Caiado: quem será o candidato do PMDB a governador em 2018? “Nosso candidato, desde já, é o deputado federal Daniel Vilela.”
Os deputados José Vitti e Chiquinho Oliveira, chamados de Jon Jones e Daniel Cormier, estão se atacando com frequência e não será surpresa se se atracarem qualquer dia desse, como se estivesse num octógono. A guerra entre Vitti e Chiquinho deixou de ser fria e passou a ser quente. Por isso é provável que a base governista opte por uma terceira via. Um candidato mais moderado e agregador, no estilo de Helio Sousa, pode acabar superando os brigões.
Pesquisas qualificadas registram duas coisas. Primeiro, a ação de José Eliton (PSDB) na Secretaria de Segurança Pública tem o apoio da sociedade, que percebe que a polícia está mais presente e eficiente. Ao mesmo tempo, tem o apreço tanto da Polícia Militar quanto da Polícia Civil. Segundo, o potencial do secretário e vice-governador, por ser jovem, ousado e atuante, é apontado como imenso por pesquisadores experimentados. Dará muito trabalho para os medalhões na disputa pelo governo do Estado, em 2018. Sobretudo, numa disputa contra a velha guarda da política de Goiás, José Eliton tende a surpreender. É o novo. Até o “novo do novo”.

[caption id="attachment_44727" align="alignright" width="620"] Coronel Silvio Benedito[/caption]
Parecia favas contadas que o coronel Silvio Benedito, do PP, seria o vice de Alcides Ribeiro, do PSDB, na disputa pela Prefeitura de Aparecida de Goiânia. “Parecia” é o termo apropriado. Na verdade, baseado em pesquisa qualitativa, o PP pretende bancar Silvio Benedito para prefeito, deixando a aliança para um possível segundo turno.
Por que o PP parece ter mudado de ideia? Os líderes do partido, como o senador Wilder Morais, não mudaram de ideia. É que pesquisas sugerem que o tema da segurança pública — o combate à violência — é um dos mais caros, senão o mais caro, aos eleitores de Aparecida. Como comandante da Polícia Militar, o coronel Silvio Benedito teve uma atuação firme e presente em Aparecida de Goiânia, sobretudo tem um discurso azeitado a respeito do assunto. Com um marketing eficiente, se traduzir suas ideias para a linguagem comum das ruas, pode-se tornar um candidato altamente competitivo. O PP decidiu bancá-lo e, insista-se, não para vice.
Pré-candidato a prefeito de Goiânia pelo PSDB, o deputado federal Giuseppe Vecci diz que nada o entusiasma mais do que ouvir dos fofoqueiros que não vai disputar mandato e vai acabar jogando a toalha. “Trata-se de coisa de quem não tem o quer fazer. Não tenho preguiça, levanto cedo e, nos dias que estou em Goiânia, percorro bairros, converso com eleitores e, ao mesmo tempo, com os segmentos organizados da sociedade. O que ouço, nas conversas formais e informais, é que o goianiense está cansado da mesmice, das figuras carimbadas e quer um gestor competente, presente e criativo e que tenha ideias claras de como administrar a capital.”

[caption id="attachment_64768" align="alignright" width="620"] Arquivo[/caption]
No lançamento do livro “Vida, Lutas e Sonhos”, de Tarzan de Castro, o secretário das Cidades e Meio Ambiente do governo de Goiás, Vilmar Rocha (PSD), sempre brincalhão e diplomático, encontrou-se com Iris Rezende e disse: “Iris vem cá, por favor. Vamos fazer uma fotografia para eu enviar por whatsapp pro Marconi”. Todos riram — até o sisudo peemedebista.

[caption id="attachment_57053" align="alignright" width="620"] Arquivo[/caption]
O “presidente” Michel Temer teria confidenciado a dois políticos que Daniel Vilela pode ser melhor candidato a prefeito de Goiânia do que Iris Rezende, que, em termos políticos e administrativos, estaria “superado”. A tese é que Iris tende a sair em 1º lugar e, aos poucos, perder musculatura eleitoral. Daniel pode sair atrás e, durante a campanha, ganhar musculatura.
Desde que se filiou ao PPS, há pouco mais de um mês, o deputado estadual Virmondes Cruvinel deixou um pouco as articulações políticas na capital para se dedicar ao interior e à sua atuação parlamentar. Na Assembleia Legislativa, é o único, por exemplo, que se manifestou sobre a possibilidade de limitação no acesso à internet de banda larga fixa com aval da Anatel. Via redes sociais, Virmondes começou uma tomada de opinião popular para se posicionar melhor sobre o tema. Mas já adianta: “Essa limitação é uma espécie de restrição ao acesso à rede, o que afronta o Marco Civil da Internet, bem como o Código de Defesa do Consumidor”, afirmou o deputado. Depois de reunir a opinião de seus seguidores, Virmondes levará esse posicionamento à bancada goiana em Brasília e cobrará respostas dos órgãos competentes. Virmondes visitou a Comissão de Direito Digital da OAB, presidida pelo expert Rafael Maciel. O objetivo foi discutir dois projetos de lei apresentados pelo deputado. Um deles regulamenta o comércio eletrônico em Goiás e o outro trata da venda de ingressos de meia-entrada também pela internet. Antes de apresentar as propostas, o deputado também ouviu setores empresariais.
Primeiro o deputado estadual Adib Elias (PMDB) conseguiu suspender na Justiça concurso público da Prefeitura de Catalão para preencher 292 vagas em diversas áreas. O peemedebista tanto fez que obteve também a suspensão do certame da SAE, a companhia de água do município, já em fase de homologação. Nada menos que 140 aprovados aguardavam chamamento para tomar posse. Na cidade, a versão corrente é de que Adib Elias, pré-candidato declarado à prefeitura, agiu contra os concursos — via legítima, transparente e democrática de acesso ao emprego público — simplesmente para garantir, em caso de vitória, o maior número possível de cargos para seus cabos-eleitorais. Até aí, nada muito diferente do que se vê Brasil afora. O interessante é que num arroubo questionável de moralismo, supostos aliados de Adib Elias passaram a divulgar na internet uma falsificação de ranking da revista “Exame” que mostra as cidades brasileiras com maior proporção dos chamados cargos de confiança. Numa montagem simplória, aliados do deputado peemedebista chegaram a divulgar que Catalão estaria em segundo lugar nesta lista. Mentira. Davinópolis ocupa tal posição, precedida pela também goiana Aruanã. Estivessem, Adib e aliados, tão preocupados com a redução do aparelhamento da administração pública, não teriam agido contra o concurso. Neste caso, seriam 292 cargos de confiança a menos. A cidade estaria, com certeza, entre aquelas com menor porcentual de comissionados do Brasil.
O deputado federal sabe que o cabeleireiro, que prefere ser apresentado como barbeiro, tem as mãos mágicas
O PSL é a família Calil, leia-se Benitez e Lucas. Bastou Benitez ganhar um cargo na Prefeitura de Goiânia para o partido migrar para a base do PT na capital

O compromisso do tucano-chefe é com a candidatura de Giuseppe Vecci, do PSDB. O resto é fofoca política
[caption id="attachment_64664" align="alignleft" width="620"] Lucas Calil: negociação solo com o PT de Goiânia | Foto: Alexandre Parrode/ Jornal Opção[/caption]
É oficial. O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), não tem nada a ver com a aliança do PSL de Benitez Calil e do deputado Lucas Calil com o PT do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, e com a pré-candidata a prefeita da capital pelo PT, Adriana Accorsi.
A aliança é uma decisão solo de pai e filho. Não tem o apoio do tucano-chefe e não faz parte de nenhuma articulação do Palácio das Esmeraldas.
O compromisso do governador Marconi Perillo é única exclusivamente com o deputado federal Giuseppe Vecci, pré-candidato a prefeito do PSDB a prefeito de Goiânia. O resto é fofoca política. Quem viver, se quiser, verá.
Uma das missões de um possível governo de Michel Temer é rediscutir o pacto federativo

A recuperação da empresa depende de um comando profissional, voltado para o mercado e sem esquemas políticos

O tucano-chefe de Goiás avalia que é preciso agir com responsabilidade e pensar mais na recuperação e crescimento da economia do que em eleições