Bastidores

Rosângela Magalhães pode ser uma das advogadas bancadas pelo grupo do presidente da OAB-Goiás, Lúcio Flávio de Paiva, para o cargo de desembargadora. O desembargador Geraldo Gonçalves aposenta-se em junho deste ano.
Carlos Márcio, sócio de Lúcio Flávio, cotado para o cargo de desembargador, é visto como “ainda muito jovem”. Dificilmente, ao menos no Tribunal de Justiça de Goiás, alguém se torna desembargador, sobretudo se do quinto constitucional, com menos de 50 anos. Ele estaria sugerindo a colegas que está fora da disputa.
Carlos Márcio é filho do desembargador aposentado Jamil Macedo, uma das figuras mais respeitadas do Judiciário goiano.

[caption id="attachment_67826" align="aligncenter" width="488"] Leon Deniz (à esquerda) e Lúcio Flávio[/caption]
A entrevista bombástica de Leon Deniz ao Jornal Opção foi campeã de acesso na semana passada. O advogado fez críticas contundentes à gestão do presidente da OAB-Goiás, Lúcio Flávio de Paiva. “Não é o presidente que queremos”, sintetizou a insatisfação generalizada com o gestor da Ordem.
Nada agregador, Lúcio Flávio de Paiva dificilmente conseguirá ser reeleito. É provável que nem mesmo seja candidato à reeleição.

[caption id="attachment_90345" align="aligncenter" width="620"] Balestra e Wilder Morais[/caption]
Prefeitos do PP sugerem que o deputado federal Roberto Balestra e o senador Wilder Morais comam a picanha da paz o mais rápido possível.
Wilder Morais planeja ser candidato à reeleição. Roberto Balestra, depois de oito mandatos de deputado federal, também ser candidato a senador. É o “drummond” no meio do caminho de ambos.

[caption id="attachment_47857" align="aligncenter" width="620"] Senadora Lúcia Vânia | Foto: George Gianni[/caption]
A senadora Lúcia Vânia decidiu seguir os passos de Wilder Morais e está visitando várias cidades, retomando o diálogo com líderes e prefeitos e comentando as emendas — recursos financeiros — que leva para o interior.


[caption id="attachment_95158" align="aligncenter" width="620"] Fotos: Agência Senado/ Palácio Piratini/ Agência Brasil[/caption]
Na votação do projeto de recuperação fiscal, o senador Ronaldo Caiado criticou, de maneira ácida, os governadores José Ivo Sartori, do Rio Grande do Sul, e Luiz Fernando Pezão, do Rio de Janeiro. Os líderes do PMDB foram apontados como incompetentes.
O senador quer, porém, o apoio político do PMDB para disputar o governo de Goiás. É um contrassenso.

[caption id="attachment_61901" align="aligncenter" width="620"] Ronaldo Caiado, senador por Goiás | Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado[/caption]
Dois integrantes da cúpula nacional do DEM criticam o senador Ronaldo Caiado, que, na opinião deles, não faz o jogo do partido, e sim o próprio jogo. O líder do Democratas em Goiás, como pretende disputar o governo de Goiás, estaria encenando para a plateia.
O DEM sempre defendeu o presidente Michel Temer. Caiado o ataca.

[caption id="attachment_77265" align="aligncenter" width="620"] Ronaldo Caiado, Daniel Vilela e Maguito Vilela: a foto pode ser repetida em 2018?[/caption]
De um peemedebista histórico: “Se Ronaldo Caiado se filiar ao PMDB estará dando uma prova de que confia no deputado federal Daniel Vilela e no ex-prefeito de Aparecida de Goiânia Maguito Vilela. Se não se filiar, estará mandando o recado de que não confia nos dois”.
Um democrata sugere que o senador teme se filiar e, na convenção, os Vilelas puxarem seu tapete e impedirem sua candidatura a governador.
Maguito Vilela (em 1998), Henrique Meirelles, Júnior Friboi e Vanderlan Cardoso tentaram ser candidatos a governador pelo PMDB, mas foram barrados por Iris Rezende. Espécie de gato escaldado, ante tantos exemplos, Ronaldo Caiado teme ser Maguito, Meirelles, Friboi e Vanderlan amanhã.

[caption id="attachment_89231" align="aligncenter" width="620"] Foto: Edilson Rodrigues[/caption]
De um integrante do PSB, em off (“absoluto”, insiste): “Lúcia Vânia, se deixar a base política do governador Marconi Perillo, não leva nem sua própria base. Fica apenas com o deputado federal Marcos Abrão, o presidente da Agehab, Luiz Stival, e a prefeita de Nova Veneza. E só”.
Dois prefeitos disseram ao Jornal Opção que, se sair da base, Lúcia Vânia o fará “sozinha”. Eles não vão acompanhá-la. São pragmáticos e dizem que precisam mais do governo do que da senadora.

Em Planaltina, no Entorno de Brasília, durante o encontro do programa Goiás na Frente (e “a oposição para trás”, dizem tucanos), o governador Marconi Perillo, do PSDB, e o prefeito de Formosa, Ernesto Roller, do PMDB, conversaram longamente. No seu discurso, o peemedebista agradeceu o tucano-chefe. “Os dois pareciam pertencer ao mesmo partido, e a não legendas que se criticam de maneira figadal”, afirma um líder do PP.

[caption id="attachment_80725" align="aligncenter" width="620"] Joesley Batista, Júnior Friboi e Wesley Batista: irmãos que comandaram a ascensçao da JBS; Júnior não integra mais o grupo[/caption]
Controladores da JBS-Friboi e de outras empresas, os Batista — leia-se Joesley, Wesley e Júnior Friboi — romperam com o governador de Goiás, Marconi Perillo, em 2011.
De lá pra cá, alinhando-se às vezes ao PMDB, Júnior Friboi decidiu criticar Marconi Perillo em encontros políticos — tentou ser candidato a governador pelo peemedebismo — e em entrevistas à imprensa. Rasteirado por Iris Rezende, voltou ao mercado de carne, com o frigorífico Mataboi e entrou para o ramo imobiliário, em sociedade com Ilésio Inácio Ferreira, da Construtora Consciente, na edificação do nebuloso megaempreendimento Nexus (conhecido como “Fiascus” por corretores de imóveis).
Talvez devido ao rompimento político — Júnior Friboi filiou-se ao PMDB, na Assembleia Legislativa de Goiás, com a presença ilustre do então presidente do PMDB, Michel Temer —, a JBS-Friboi não doou dinheiro à campanha do governador de Goiás, Marconi Perillo, em 2014. “Nem antes nem depois da campanha.”

Em 2016, Ricardo Holanda apoiou Vanderlan Cardoso no primeiro turno e, a pedido do presidente do DEM, Iris Rezende no segundo turno
O bispo Ricardo de Holanda, da Igreja Mundial, envia comunicado ao Jornal Opção para esclarecer uma nota publicada na coluna Bastidores, na qual se relata que evangélicos, acionados pelo prefeito de Goiânia, começam a apoiar a candidatura de Ronaldo Caiado a governador. O texto arrola o religioso como um dos apoiadores do senador ao pleito estadual, o que ele contesta.
“Não possuo qualquer ligação político-partidária com o prefeito Iris Rezende ou manifestei apoio a suposta candidatura ao governo do Estado de Goiás pelo senador Ronaldo Caiado”, afirma Ricardo de Holanda. Na eleição de 2016, o bispo apoiou Iris Rezende no segundo turno, a pedido do presidente do DEM.

O relacionamento dos dois jovens políticos é cordial. Tucanos e peemedebistas vilelistas mantêm relações republicanas
Carlos Eduardo Honorato empreende uma construção de grande porte na Alameda dos Buritis, em frente à sede da Assembleia Legislativa de Goiás: um hotel de 12 andares. Executivo eficiente e atilado, Carlos Eduardo é mencionado, na Operação Lava Jato, como o operador do ex-prefeito de Goiânia Maguito Vilela e do deputado federal Daniel Vilela junto à Odebrecht.

O senador não tem simpatia pelo peemedebismo, visto como fisiologista, mas está de olho na sua estrutura no interior