Bastidores
Um promotor de justiça teria provas de como um empresário milionário bancou a fuga de Marcos Vinicius, açougueiro envolvido na morte do radialista Valério Luiz, para Portugal. O empresário teria alugado o jato para a fuga de Marcos Vinicius para Portugal, onde estaria vivendo de uma polpuda mesada. Culpar juiz pela fuga de Marcos Vinicius é, no mínimo, falta de bom senso. O magistrado que está com o processo é, além de competente, absolutamente íntegro.
Há indícios de que sumiram 2 milhões de reais de um veículo deixado no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia. Deixaram no automóvel euros e dólares. Detalhe: o carro estava fechado. A Polícia Militar terá de se explicar a respeito ou não? A Polícia Federal está investigado a possibilidade de lavagem de dinheiro (tudo indica que não é do dono do carro), cerca de 3 milhões de reais, e o sumiço de parte da grana. Estranhamente, no estacionamento do Aeroporto Santa Genoveva, as câmaras filmam quando o veículo entra. Mas no pátio não tem câmaras. Se alguém abrir um carro, como ocorreu recentemente, as câmeras não flagram o ato criminoso.
Não convidem os ex-deputados Wagner Guimarães e Ivan Ornelas para comer a picanha maturada da Churrascaria Montana Grill na companhia de Júnior Friboi. Pode sair muito sangue e não será da picanha. Guimarães e Ornelas podem fazer picadinho da picanha e, se brincar, até de Friboi.
O líder de um pequeno partido garante que um político está oferecendo 5 milhões para obter seu apoio. Ele assegura que o “candidato” daria 2,5 milhões agora e mais 2,5 milhões entre agosto e setembro. Anote: o esquema de grana deste candidato vai virar, brevemente, escândalo nacional.
Quem frequenta o Empório Piquiras do Bougainville começa a reclamar do “aterro sanitário” do shopping. O Bougainville armazena seu lixo nas proximidades das casas dos militares do Exército e o mau-cheiro está cada vez mais insuportável. É um vexame para um shopping que se pretende para a classe média e para a classe média alta.
De um petista: “Iris Rezende tem raiva tanto de Marconi Perillo quanto de Júnior Friboi. Ele não perdoa o fato de Friboi tê-lo ‘atropelado’ e se filiado ao PMDB num esquema arranjado pela cúpula nacional. Não perdoa também a maneira pouco católica de o empresário conquistar apoio dos peemedebistas”. Friboi, por seu turno, fala cobras e lagartos de Iris. Mas só nos bastidores, é claro. Porque, claro, não é louco de falar publicamente. Porque ele acredita que, no final das contas, Iris vai apoiá-lo para governador. Mas Iris, dizem os friboizistas, se for candidato, vai precisar da estrutura montada por Friboi.
O empresariado de Anápolis torce pelo sucesso do prefeito João Gomes (PT), que é empresário respeitado na cidade. João Gomes é empresário e, como tal, entende os pleitos e problemas dos colegas. Ele é visto como uma pessoa arrojada e, por isso, não deverá deixar a peteca cair.
O marqueteiro Duda Mendonça vetou, de vez, o uso de berrante na campanha de Júnior Friboi. O empresário pode até achar engraçado, alguns apaniguados podem até aplaudir, mas o publicitário não quer caipirismo na campanha do peemedebista. No último encontro com Friboi, Duda Mendonça lidou como se ele fosse candidato. Definitivamente candidato.
A posição de Antônio Gomide, pré-candidato a governador de Goiás pelo PT, é a seguinte: Iris Rezende, embora esteja se lançando como pré-candidato, ainda não é o candidato do PMDB a governador. Portanto, como se precisa ir à final, a convenção, o veterano peemedevista não pode cobrar apoio do petismo. Gomide mantém a candidatura. Segundo o aliado que conversou com o Jornal Opção, a candidatura de Gomide não depende da decisão de Iris. Mais: o petismo avalia que Iris, antes de tentar conquistar aliados, tem de, primeiro, barrar a candidatura de Júnior Friboi. Até agora, Friboi não foi "seguro" — continua como pré-candidato e seus aliados frisam que irão para a convenção.
O Jornal Opção sempre publicou que o PMDB vivia uma situação complexa: tinha um pré-candidato a governador, Júnior Friboi, e um candidato a governador, Iris Rezende. O que mudou? Iris finalmente lançou-se candidato... a pré-governador? Na verdade, não. Iris é "o" candidato a governador. Friboi permanece como pré-candidato a governador.... quem sabe, até 2018. O que vai fazer o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, principal articulador do grupo de Friboi? Por certo, como fez em 1998, apoiar Iris Rezende, o político que foi decisivo para que se elegesse governador em 1994, quando era praticamente desconhecido dos goianos. A turma de Friboi continua dizendo que ele não recua. Mas um amigo do empresário admite que ele está prestes a jogar a toalha.

Com a definição da candidatura de Antônio Gomide a governador de Goiás pelo PT, três políticos passam a ser fortemente cotados para compor a chapa majoritária. A preferência é por um vice de outro partido, como Flávia Morais ou Dioji Ikeda, ambos do PDT. No entanto, o PDT é sempre uma incógnita e depende das articulações dos líderes nacionais. Uma ligação da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula da Silva "colocaria" Flávia ou Ikeda nas mãos de Gomide. Mas tanto Lula quanto Dilma temem desagradar o PMDB de Iris Rezende e Júnior Friboi, ou melhor, de Michel Temer, Renan Calheiros, Romero Jucá, Jader Barbalho, Valdir Raupp e Eduardo Cunha.
Se o PDT escapar, o que é possível — dadas as ligações de Flávia Morais com Júnior Friboi e, sobretudo, com Vanderlan Cardoso, pré-candidatos do PMDB e do PSB, respectivamente —, é possível que a chapa do PT seja pura. O ex-reitor da Universidade Federal de Goiás Edward Madureira é cotado para ser o vice. Acredita-se que acrescenta mais como vice do que como candidato a deputado federal, dada certa inexperiência política e falta de colégios eleitorais. O vice em geral é uma pessoa de prestígio na sociedade e alguns nichos. Edward Madureira é respeitado na sociedade e tem uma força considerada incrível na UFG. É o vice dos sonhos — inclusive de Júnior Friboi. Gomide é de Anápolis (mais de 200 mil votos) e Edward Madureira é de Goiânia (900 mil votos), ou seja, somariam votos das duas mais importantes e emblemáticas cidades do Estado.
Para o Senado, um nome é quase hors concours. A ex-deputada Marina Sant'Anna desistiu de disputar mandato de deputada federal e se pôs à disposição do PT para compor a chapa majoritária. Ela tem forte presença em Goiânia, atua ao lado de segmentos sociais diferenciados e é integrante da tendência política do ex-prefeito Pedro Wilson e do pré-candidato a deputado federal Olavo Noleto e tem o respeito do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia. É possível também que Paulo Garcia queira lançar um nome de seu grupo para compor a chapa majoritária, mas um de seus aliados afirma que a preferência do prefeito é outra: quer eleger pelo menos um deputado federal (Tayrone di Martino. Olavo Noleto, embora não pertença à tendência do prefeito, terá seu apoio) e dois deputados estaduais (Adriana Accorsi e Paulo de Tarso), para ampliar sua força em Brasília e em Goiás.
Quem conhece bem Antônio Gomide, que deixa a Prefeitura de Anápolis na sexta-feira, 4, garante: será candidato a governador de qualquer maneira, exceto se o PT nacional disser que sua candidatura está vetada — o que dificilmente ocorrerá. "Gomide é mais teimoso do que uma mula, ou melhor, do que duas mulas. Ele vai ser candidato e acredita, piamente, que será eleito", afirma um petista goianiense. "Ninguém consegue demovê." O petista diz que o ex-presidente Lula da Silva tem incentivado Gomide, mas com certa discrição, para não incomodar o PMDB. O petista-chefe estaria comparando Gomide a Alexandre Padilha, o pré-candidato do PT a governador de São Paulo. "É o novo", frisa o petista. Gomide não quer ficar na história como refém político de Iris Rezende. Seus aliados garantem que o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, vai embarcar em sua campanha. O ex-prefeito Pedro Wilson também já hipotecou apoio à sua candidatura.
Quem manda num partido político é quem tem mandato legislativo federal (o que significa voto no Congresso Nacional) ou executivo. Portanto, quem manda no PDT de Goiás é a deputada federal Flávia Morais, politicamente mais próxima de Vanderlan Cardoso, pré-candidato a governador de Goiás pelo PSB, e, em segundo lugar, de Júnior Friboi, pré-candidato a governador pelo PMDB. Ligada à cúpula nacional do PDT, ela vai escolher o candidato a governador do PDT. É incontornável. (Dizem que seu marido, George Morais, prefere uma composição com o governador Marconi Perillo e que não estaria "satisfeito" com Friboi.) Porém, se depender do prefeito de Inhumas, Dioji Ikeda, o PDT vai caminhar ao lado do pré-candidato a governador do PT, Antônio Gomide. Mais: Dioji Ikeda, se bancado pelo partido, aceita ser vice do petista. A operação é complicada, é claro, dado o tempo exíguo para decisão. Ikeda tem mandato, mas não tem voto no Congresso Nacional. Quer dizer, tem força, mas não a mesma de Flávia Morais. Ademais, dadas as incertezas da política, aliados de Ikeda recomendam que não renuncie.
Sem o PT, e possivelmente com Iris Rezende desmotivado, o pré-candidato a governador de Goiás pelo PMDB, Júnior Friboi, está no mato sem cachorro nem gato. Está caçando com vaca e a onça é brava e, ao contrário do cantor Roberto Carlos, adora carne. Resultado: descobriu em Vanderlan Cardoso, o pré-candidato do PSB a governador, sua salvação. Na sua tese, Vanderlan daria um ótimo candidato a vice ou a senador. Mas é preciso combinar com os russos. Se Friboi cometer a sandice de negociar diretamente com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, candidato a presidente da República e suserano do PSB, sem levar junto Vanderlan, como se este não mandasse no partido em Goiás, estará cometendo o mesmo erro de quando “atropelou” Iris Rezende e filiou-se ao PMDB pelo alto, com o apoio do vice-presidente da República, Michel Temer, e do presidente nacional do partido, senador Valdir Raupp. Friboi poderá apoiar Eduardo Campos para presidente? Primeiro, o PMDB nacional pode vetar a aliança. Segundo, o governador de Pernambuco já teria esquecido que o empresário deixou o PSB a deus-dará para se filiar ao PMDB?
O goiano Olavo Noleto deixa a subchefia de Assuntos Federativos da Presidência da República na sexta-feira, 4. Há 11 anos no governo federal, Olavo trabalhou na gestão do ex-presidente Lula da Silva e, em seguida, na administração da presidente Dilma Rousseff. “Desenvolvi um papel durante todo esse tempo no governo federal para melhorar a vida do povo brasileiro.” Olavo será substituído por Gilmar Dominici, ex-prefeito de Franca (SP) e ex-diriginte da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). “Gilmar é um competente servidor e durante sete anos trabalhou comigo na Secretaria de Assuntos Federativos. Gilmar será um grande secretário. É um municipalista, com muita história e muita credibilidade”, sustenta o pré-candidato a deputado federal pelo PT de Goiás. Em Brasília, embora ele não endosse isto, é conhecido como “o candidato da Dilma”. Um goiano, Olmo Xavier, permanece na subsecretaria, como adjunto. Ele vai comandar o grupo que atende prefeitos e governadores em termos de assuntos político-administrativos. “Tenho certeza de que os governadores e os prefeitos continuarão tendo um belo atendimento na Presidência da República. Eles terão o ministro Ricardo Berzoini e a presidenta Dilma Rousseff como líderes. Sei que um grande trabalho será realizado”, frisa Olavo.