A memória da artista venezuelana Julieta Hernández será celebrada em Goiânia, num ato liderado por movimentos sociais e programado para ocorrer nesta sexta-feira, 12. Também conhecida como a palhaça Jujuba, ela foi morta no dia 23 de dezembro, enquanto viajava de bicicleta pelo Amazonas, em uma parada no município de Presidente Figueiredo.

Segundo o governo da Venezuela, que presta auxilio à família da vítima, nesse dia também ocorrerá o sepultamento, na cidade de Puerto Ordaz, naquele país, onde mora a mãe da artista.

O ato em Goiânia, batizado de Pedalada em Homenagem à Palhaça Jujuba, terá concentração a partir das 18 horas, na Praça Universitária. De lá, haverá os manifestantes seguirão até o Beco da Codorna, no Centro, com chegada prevista para 20h30, quando então será realizado um sarau. A organização pede para que as pessoas, de bicicleta ou não, levem narizes de palhaço, flores e instrumentos musicais.

Julieta era uma artista cicloviajante de 38 anos, que cortava o País pedalando sozinha e promovendo a arte circense. Ela foi assassinada no Amazonas, no município de Presidente Figueiredo. Os suspeitos são Thiago Agles da Silva e Deliomara dos Anjos Santos, que confessaram o crime e foram presos preventivamente. Ambos responderão por latrocínio, estupro e ocultação de cadáver.

O assassinato de Julieta Hernández ocorreu enquanto ela voltava a sua terra natal e descansava em um ponto de apoio para viajantes às margens da Rodovia BR-174, em Presidente Figueiredo, a cerca de 130 quilômetros de Manaus.

Julieta Hernández viajava de volta para sua terra natal, a Venezuela | Foto: Reprodução

Sua próxima parada seria em Rorainópolis (RR), mas a artista foi não chegou ao local e foi dada como desaparecida até o dia 5 de janeiro, quando o crime foi desvendado, após uma mobilização pelas redes sociais questionar seu paradeiro. O corpo de Julieta foi encontrado numa cova rasa, no terreno de um imóvel, apresentando sinais de violência. Pedaços de sua bicicleta foram encontrados nas proximidades.

A venezuelana havia chegado ao Brasil em julho de 2016 e durante os últimos quatro anos viajava de bicicleta. No Instagram, onde tinha mais de 10 mil seguidores, Julieta se apresentava como “migrante nômade, bonequeira, palhaça e viajante de bicicleta”. Seu lema era “Minha casa é o movimento”.