A Câmara Municipal de Goiânia lançou nesta segunda-feira, 13, o projeto Expedição pelo Rio Meia Ponte. Entre os dias 22 (Dia da Água) e 27 de março, pesquisadores irão percorrer os 40 quilômetros de extensão do rio no perímetro urbano de Goiânia, com início na Região Noroeste da capital até o Parque Atheneu, na região leste.

Goiânia possui em seu território 80 córregos, quatro ribeirões e um rio, o Meia Ponte. O Rio Meia Ponte é um dos mais importantes de Goiás. Ele nasce na Serra do Brandão, em Itauçu, e abrange mais de 30 municípios ao longo dos quase 500 quilômetros até sua foz no Rio Paranaíba, no município de Cachoeira Dourada. Estima-se que cerca de 50% da população goiana utilize as águas do rio para atividades como de uso doméstico, criação de animais, irrigação e indústrias.

O objetivo do projeto é fazer um diagnóstico do rio, nos limites do município de Goiânia, e criar um documento, a Carta das Águas do Meia Ponte, que possa nortear os gestores públicos em suas próximas ações buscando a preservação e o uso adequado do rio.

As atividades serão divididas por duas equipes: uma por terra e outra embarcada, descendo o rio, para observar e identificar pontos de degradação, assoreamento, poluição, descarte irregular de lixo e esgoto, ocupação e desmatamento indevido das margens, qualidade de água e condições da fauna e da flora, entre outros.

A iniciativa do projeto foi da vereadora Kátia Maria (PT) e tem parceria com órgãos e entidades como a Saneago, UFG, IFG, as secretarias estadual e municipal de Meio Ambiente e Centro de Zoonoses, entre outros.

“A expedição não tem um caráter punitivo ou fiscalizatório, mas sim de diagnosticar as condições do mais importante rio da Região Metropolitana de Goiânia”, explicou a vereadora Kátia Maria, coordenadora da expedição.

Abastecimento da capital

A Bacia Hidrográfica do Rio Meia Ponte é a principal fornecedora de água para a Região Metropolitana de Goiânia e a captação no leito do rio é responsável por mais da metade da água que chega às torneiras da população da região.

“É um rio de extrema importância e que cumpre uma função estratégica do ponto de vista sócio-econômico e ambiental, mas que, infelizmente, ao atravessar Goiânia, enfrenta os maiores problemas de poluição e degradação”, pontua a professora Angelita Pereira de Lima, reitora da UFG, parceira na expedição.