O ex-ministro da Justiça José Gregori morreu ontem, 3, aos 92 anos, em São Paulo. Ele estava internado há cerca de dois meses e sofreu complicações devido a uma pneumonia. Formado em Direito pela USP, era reconhecido por se opor à ditadura militar.

No governo de Fernando Henrique Cardoso, foi secretário nacional de Direitos Humanos, entre 1997 e 2000, e ministro da Justiça, de 2000 a 2001. Também foi um dos fundadores da Comissão Arns, criada para monitorar violações de direitos humanos. O ex-ministro será velado e sepultado nesta segunda-feira, das 8h às 14h, na Funeral Home, no bairro da Bela Vista (região central de São Paulo)

O presidente Lula (PT) também lastimou a morte de José Gregori em texto nas redes sociais.

"Soube agora do falecimento de José Gregori, ex-Ministro da Justiça e ex-Secretário Nacional de DH. Sua vida foi marcada por um firme compromisso com os direitos humanos e com a consolidação da democracia. Muito obrigado, José Gregori. Seu legado jamais será esquecido."

O ex-ministro repetiu o feito da Ditadura Militar em 2022, quando apoiou a mobilização que teve uma nova versão de carta aos brasileiros, intitulada “Carta aberta aos brasileiros e brasileiras – Estado Democrático de Direito Sempre” e defendeu a eleição de Lula.

A Fundação FHC expressou seu luto com a morte de José Gregori, ao defini-lo como “um democrata e um defensor dos direitos humanos em mais de 60 anos de vida pública”.

Partido ao qual o advogado era integrante, o PSDB prestou condolências aos familiares e afirmou que “a democracia brasileira e o sistema judiciário devem muito à luta” de Gregori.

"Fica o sincero agradecimento por todo seu trabalho para garantir uma vida mais digna para as pessoas. Nossos sentimentos à família."