A cantora Leny Andrade morreu no Rio nesta segunda-feira, 24. Ela tinha 80 anos e estava internada no Hospital de Clínicas de Jacarepaguá, Zona Oeste. O comunicado sobre seu falecimento foi feito através das redes sociais. “A diva do Jazz Brasileiro, Leny Andrade, foi improvisar no palco eterno”, diz a postagem.

Leny havia sido internada na última semana após uma piora em seu quadro clínico. Ela estava se recuperando de uma pneumonia desde junho, quando precisou ser intubada. Após receber alta médica, a cantora estava sob cuidados de home care no Retiro dos Artistas. No entanto, seu estado de saúde piorou durante o fim de semana e ela acabou não resistindo.

Por conta de questões de saúde, Leny ausente dos cenários musicais, mas em 2022, gravou sua última música: um single com o pianista Gilson Peranzzetta em comemoração à data especial. A canção é uma composição de 1957, de Antonio Carlos Jobim e Dolores Duran.

Ao longo de sua carreira, lançou 34 álbuns entre 1961 e 2018, destacando-se títulos como “A sensação” (1961) e “Estamos aí” (1965). Leny sempre se orgulhou de dar voz a composições de autores brasileiros e cantava em português tanto dentro como fora do país.

Ela foi uma intérprete notável de compositores como Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994), Djavan, Ivan Lins e Roberto Menescal, entre outros gênios da música brasileira. Leny se formou no Conservatório Brasileiro de Música e, ao longo de sua vida, viveu em diferentes países, incluindo México, Estados Unidos e várias nações europeias, mas seu coração carioca sempre pertenceu ao Rio de Janeiro, cidade onde era flamenguista.