Apesar do rendimento médio dos goianos ter voltado a subir depois de quatro anos de queda, a desigualdade apresenta nova alta em Goiás. Isso foi o que revelou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua referente ao ano de 2022, divulgada nesta quinta-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a pesquisa, 63,3% dos 7,3 milhões de pessoas que moram em Goiás tinham algum tipo de rendimento no ano passado. O rendimento médio mensal real de todas as fontes dos goianos foi de R$ 2.511, o que representa um aumento de 9,1% em relação ao valor em 2021. Esse foi o primeiro aumento real depois de quatro quedas seguidas entre 2018 a 2021. Mesmo assim, esse rendimento, em 2022, ficou 4,7% abaixo do rendimento em 2014 (R$ 2.634), o maior da série histórica goiana.

No Brasil, o rendimento médio mensal real foi de R$ 2.533, 2% superior ao ano de 2021 (R$ 2.483). E mesmo com o crescimento do rendimento nacional não tendo sido superior ao do Estado, Goiás ainda não conseguiu registrar um valor superior à média brasileira.

Desigualdade em alta

O que também cresceu em Goiás em 2022 foi a desigualdade. Os 5% mais pobres em Goiás receberam por mês R$ 161 no ano passado enquanto que o 1% com maiores rendimentos tiveram renda domiciliar per capita foi R$ 17.080.

A desigualdade no Estado também pode ser constatada pelo índice de Gini, que é capaz de medir a concentração de distribuição de renda. Seu valor varia de zero (que seria a perfeita igualdade) a um (a desigualdade máxima). Em Goiás, esse valor foi de 0,434. Acima do esperado (0,428), porém abaixo da média nacional (0,486).

Mas vale frisar que o índice de Gini do rendimento domiciliar per capita, no entanto, caiu: passou de 0,467 em 2021 para 0,456 em 2022. E, segundo o IBGE, o que explica esse fenômeno seria o aumento da renda entre as classes com menores rendimentos em detrimento das classes com maiores rendimentos.