A Justiça condenou 18 integrantes de um esquema que utilizava advogados como “garotos de recado” no presídio de segurança máxima de Planaltina de Goiás. Eles foram julgados pelos crimes de organização criminosa e associação para o tráfico de drogas. As penas variaram entre 6 a 13 anos em regime fechado, sem chances para recorrer.

Segundo investigação Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), o grupo criminoso foi descoberto durante a captação de mensagens entre detentos e advogados. O esquema foi descoberto em 2022, mas o levantamento prevê que já ocorriam desde 2019.

De acordo com a Polícia Civil de Goiás (PCGO), os advogados atuavam como intermediares na comunicação entre os grupos criminosos. Eles levaram ou traziam informações a respeito do tráfico de drogas para os envolvidos do grupo. Cada profissional da advocacia recebia cerca de R$ 5 a 20 mil pelos crimes.

Na época, o delegado do caso, Thiago Martimiano, contou que os advogados chegaram a levar informações até traficantes para as favelas do Rio de Janeiro.

Os 16 advogados envolvidos no esquema foram condenados em 2023 com penas que variaram entre 8 e 10 anos. Sendo que alguns conseguiram recorrer para cumprir a pena em liberdade.

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