Na manhã de hoje, 25, o governador Ronaldo Caiado denunciou tentativa da Enel, empresa italiana do ramo de geração e distribuição de energia elétrica, de tentar boicotar e “melar” a licitação de ônibus elétricos para Eixo-Anhanguera.

Essa licitação está prevista para próxima segunda-feira, 27, e ação é uma das mais importantes iniciativas do Governo de Goiás que visa a melhoria do transporte público na região Metropolitana de Goiânia.

“Isso não surpreende. Nunca vi a Enel como uma empresa. A Enel é uma facção criminosa, um braço da máfia italiana que quase destruiu o sistema de energia do Estado e agora está querendo impedir e prejudicar as melhorias no transporte coletivo de Goiânia, num gesto de retaliação pela saída de Goiás”, disse Caiado.

Entenda:

O último prazo previsto para recursos no processo de licitação dos ônibus elétricos era na última quinta-feira, 23. Às 22 horas, a Enel entrou com mais de 100 questionamentos em âmbito administrativo, solicitando a suspensão do certame. A Metrobus respondeu a todos os questionamentos na sexta-feira, 24. No mesmo dia, a Enel entrou na Justiça com um mandado de segurança para suspender a licitação em andamento, que ainda não foi julgado.

Caiado destaca ser uma clara manobra da Enel para prejudicar a licitação, uma vez que muitos dos pontos que a empresa questiona compõem o Plano de Manifestação de Interesse (PMI), que a própria Enel ajudou a construir no início das discussões do processo licitatório para a troca dos ônibus. Ou seja, a Enel está questionando a modelagem que ela, ao lado de outras empresas, propôs que fosse a mais correta.

Histórico

Após descumprir seguidamente os planos de investimentos na rede de distribuição de energia em Goiás e prestes a perder a concessão pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em dezembro de 2022 a Enel transferiu o controle da distribuição da energia em Goiás para a Equatorial Energia.

No período em que a empresa atuou em Goiás, desde 2016, o governador Ronaldo Caiado denunciou diversas vezes a Enel pela falta dos investimentos previstos, do péssimo serviço prestado ao consumir goiano e ainda de travar o desenvolvimento do Estado.

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