A Prefeitura de Goiânia afirma que está enfrentando desafios financeiros devido à queda de receita. Com isso, o esse cenário de cortes de custos que teve início no início deste ano, ganhou intensidade durante o segundo semestre e deve continuar em 2024. O secretário municipal de Finanças, Vinícius Alves, enfatiza que a administração está empenhada em otimizar a arrecadação e reduzir os gastos em todas as áreas.

Dentre as áreas consideradas importantes para essa otimização, estão a folha de pagamento, o subsídio do transporte público e os serviços de limpeza urbana. Em agosto, os gastos brutos com pessoal atingiram a marca de R$ 340 milhões.

O secretário já havia ressaltado anteriormente que as duas maiores despesas da Prefeitura atualmente são relacionadas à folha de pagamento e à limpeza urbana. O contrato atual com a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), responsável pela limpeza urbana, representa um custo mensal de R$ 44 milhões para os cofres municipais.

Vinícius Alves explica ainda que o alerta sobre os problemas financeiros se tornaram mais críticos entre janeiro e fevereiro, quando a análise mensal das despesas revelou que os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) não estavam seguindo o mesmo ritmo registrado em 2022.

No dia 31 de agosto, a Prefeitura comunicou a todas as suas secretarias a implementação de medidas para cortar custos, incluindo a redução de até 50% nas horas extras dos servidores e um corte de 25% nos gastos com a locação de veículos.

O secretário municipal ressalta que é necessário aguardar mais tempo para avaliar completamente o impacto dessas medidas. Quanto à folha de pagamento, está sendo planejada uma auditoria que ainda está em fase de análise. O histórico dessas ações sugere a possibilidade de uma redução entre 5% e 7%.

Adicionalmente, questões como o aumento de 583% nos precatórios, a revisão dos planos de carreira dos servidores e a modificação das porcentagens das emendas impositivas tiveram influência na elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA) para o ano de 2024.