O presidente da Câmara Municipal, Romário Policarpo (PRD), garantiu nesta quarta-feira, 14, que o projeto do Programa de Requalificação do Centro de Goiânia, o Centraliza, não será votado antes das eleições municipais, em outubro. Segundo o líder do Legislativo, existe uma recomendação para não votar a matéria em período eleitoral.

“Existem vedações eleitorais para votar o projeto, já que existem benefícios fiscais dentro do Centraliza”, afirma Policarpo, em entrevista exclusiva para o Jornal Opção. “Então, por óbvio, essa matéria deve ficar após as eleições municipais. Essa é uma recomendação, inclusive, que a Câmara repassou para os vereadores”, acrescenta.

Segundo o líder do Legislativo goianiense, o período eleitoral também deve limitar um “pouco” a discussão de matérias importantes na Casa. Além do Centraliza, os vereadores também precisam votar nos projetos de desafetação de áreas públicas, por exemplo. As duas matérias estão em trâmite, mas só as discussões só serão retomadas após o pleito.

“Vamos deixar os projetos que dependem de mais debates e de outras participações para depois das eleições. As matérias têm sido votadas e apreciadas, mas é óbvio que em período eleitoral isso é diluído, não só na Câmara, mas também deve ocorrer na Alego (Assembleia Legislativa de Goiás)”, explica o presidente da Câmara de Goiânia.

Por outro lado, Policarpo não descarta que os diálogos serão encerrados e entende o desejo do Paço Municipal em aprovar rápido o programa de requalificação do Centro e outras matérias. “O Centraliza é um legado que a gestão deixará”, destaca.

Paço com pressa

Por outro lado, na última semana, o Jornal Opção antecipou que a vereadora Kátia Maria (PT) seria escolhida para assumir a relatoria do Centraliza. A indicação não teve problemas com base do prefeito Rogério Cruz (Solidariedade), mas eles ficaram receosos que a parlamentar demore com o relatório na Comissão de Finanças, Orçamento e Economia (CFOE).

A base do prefeito deseja aprovar o projeto o quanto antes, inclusive o líder do Paço Municipal na Casa, vereador Anselmo Pereira (MDB), queria aprovar o texto ainda neste mês. “A Câmara tem a obrigação e o dever de entregar o Centraliza até agosto. A matéria traz na no seu bojo uma série de questões cruciais, principalmente a respeito dos incentivos fiscais, por exemplo”, disse o parlamentar anteriormente.

Discussões amplas

Já a relatora da matéria pretende ser rápida nas discussões e debates para o relatoria, mas não quer apressar o processo ao ponto de trazer problemas para o projeto. “Vamos fazer um debate que não envolva política, apenas a importância do centro histórico da nossa capital e para o desenvolvimento sustentável de Goiânia. Eu me sinto preparada para isso, apesar do processo eleitoral, acho que temos maturidade para debater o que interessa o município”, afirmou.

Kátia também havia dito que pretende utilizar as ligações com as instituições de ensino superior público para ajudar no debate do Centraliza. Não apenas a Universidade Federal de Goiás (UFG), mas a Universidade Estadual de Goiás (UEG) e o Instituto Federal de Goiás (IFG).

Atualmente na Comissão de Finanças, o Centraliza precisa ter o relatório aprovado pelos integrantes antes de ir para a segunda votação em plenário.

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