Conheça o projeto de esporte e inclusão para crianças e adolescentes em Goiânia

18 fevereiro 2025 às 17h20

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O Projeto Passaporte da Vitória é gerido pelo Instituto Léo Moura, fundado pelo ex-jogador que atuou em grandes clubes do Brasil, como o Flamengo, onde, mesmo aposentado dos gramados, ainda é considerado um ídolo.
Em Goiânia, o projeto começou em 2022 por meio do vereador Igor Franco (MDB). Ele conta que a iniciativa chegou à cidade por indicação de seus amigos senadores Zequinha Marinho, do Pará, e Davi Alcolumbre, do Amapá, que já trabalhavam com o projeto. “E hoje é o maior projeto esportivo do estado de Goiás”, afirma Igor Franco.

O vereador explica que o projeto teve início quando ele assumiu o mandato em 16 de novembro de 2022, já próximo do prazo para indicação das emendas impositivas, com a execução a partir de junho de 2023.
Atualmente, o projeto atende mais de 4.200 crianças e adolescentes, de 5 a 17 anos, distribuídos em 11 núcleos em Goiânia. “Há planos de expansão para 20 núcleos, visando alcançar 6.000 crianças e adolescentes”, destaca o vereador.
Igor Franco ressalta que o projeto oferece aulas de futebol gratuitas, além de uniformes, meias e chuteiras de boa qualidade. Além disso, ele destina emendas para atendimento odontológico e oftalmológico, incluindo a doação de óculos para quem precisa.
No entanto, o vereador explica que há critérios para a inscrição no projeto. “Para participar, as crianças e adolescentes devem estar matriculados na escola, ter boa frequência e boas notas, além de apresentar disciplina tanto em casa quanto na escola”, afirma.

Ele frisa que o principal objetivo do projeto é promover a inclusão social e oferecer uma atividade para ocupar o tempo das crianças, além de possibilitar a formação de jogadores de futebol. Nesse sentido, o vereador revela que dois participantes do núcleo Jardim Bela Vista foram contratados pelo Vila Nova (sub-13).
Cada núcleo oferece uma hora de treino. Também são realizados aniversários mensais, torneios e amistosos.
O vereador informa que todo o projeto é financiado por meio de emendas impositivas, com um custo médio de R$ 360 mil a R$ 370 mil por núcleo ao ano. “Esse valor cobre salários de quatro funcionários por núcleo, além de uniformes e equipamentos. As emendas impositivas são um mecanismo pelo qual cada parlamentar tem o direito de destinar recursos”, explica.

Além do Projeto Passaporte da Vitória, o vereador também indica emendas para outros institutos voltados à área da saúde, como exames odontológicos e oftalmológicos.
Os núcleos do projeto estão distribuídos em diversos bairros de Goiânia, como Jardim do Cerrado, Vera Cruz, Aruanã, Aroeira, Morada do Sol, Curitiba e Bairro Vitória. Por enquanto, somente o núcleo do Aruanã conta com campo sintético.
A ex-jogadora de futebol Eiriele Patrícia é mãe de Mateus Júnior, da categoria sub-7, que participa do projeto há cerca de um ano. Ela conta que a iniciativa trouxe uma verdadeira transformação para a vida dos participantes. “Não havia nada para as crianças fazerem aqui na região. Com a chegada do projeto, elas passaram a ter uma atividade excelente, que contribui para a formação dos nossos filhos”, diz.

Eiriele destaca que, além de auxiliar no desenvolvimento físico e motor, ela sonha alto e deseja ver o filho se tornar um jogador de futebol. “Descobri que estava grávida enquanto jogava bola. Sofri uma queda repentina, que na verdade aconteceu por causa da gravidez. O médico que fez o parto, sem saber da minha história, disse que estava tirando um craque de futebol. Quem sabe ele estava profetizando?”, brinca.
Danilo Henrique, pai de Wesley, de seis anos, afirma que o filho mudou completamente depois que começou a participar dos treinos. “Ele não interagia muito com as pessoas, mas agora está mais comunicativo e sorridente”, relata.

Danilo também destaca o impacto do projeto na comunidade. “O projeto trouxe mais alegria para o bairro, e a grama colocada no campo serve para o uso da população. Até eu, que não jogava, comecei a vir porque esse campo ficou uma maravilha. O projeto está sendo uma bênção”, elogia.
Paulo Vitor, pai de João Vitor, de cinco anos, diz que a iniciativa tem ajudado muito na criação e na formação pessoal do filho. “Antes, ele não tinha nada para fazer e, querendo ou não, acabava viciado no celular, porque era a única opção de entretenimento em casa”, comenta.

Ele conta que o filho agora está muito mais motivado com os treinos e deixou o celular de lado. “Agora ele só fala dos treinos e quer ser jogador de futebol. Além disso, está mais disciplinado, pois essa é uma das lições que os professores ensinam aqui no projeto. Sou muito grato por tudo”, enfatiza.
O coordenador do projeto, Fábio Leonardo de Souza, ex-jogador de futebol, esclarece que o foco principal não é a formação de jogadores profissionais, mas sim o desenvolvimento pessoal dos participantes. “Nosso objetivo é promover a socialização por meio do esporte. Mas, é claro, se percebemos que algum aluno tem habilidades diferenciadas, contamos com parcerias com clubes de Goiânia e de fora que nos dão suporte”, explica.
Fabinho conta que, antes da implementação do projeto, o local era frequentado por vândalos e usuários de drogas, mas foi totalmente transformado. “Hoje, as famílias frequentam o espaço, que foi revitalizado. O campo de futebol é o melhor da região e atende toda a população”, afirma.
Ele acrescenta que a participação no projeto é rotativa, mas, diariamente, mais de 300 alunos comparecem às atividades.
O Projeto Passaporte da Vitória tem como missão gerar oportunidades para crianças e jovens, contribuindo para sua formação cidadã e socioesportiva.
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